Quatro episódios de vinte minutos que passam num instante, num formato muito interessante que permite compartimentalizar vários momentos narrativos chave num produto de duração semelhante ao de uma longa metragem. Uma mão cheia de liberdades criativas que tanto lhe conferem uma aura de distopia minimalista como lhe retiram algum dramatismo e impacto emocional - um bom exemplo disso é aquele rap inesperado no final do segundo episódio -, numa história que alia os problemas dos dias de hoje com as tecnologias do amanhã. Rendas pagas em criptomoedas, bancos virtuais, atendimentos ao cliente sem presença humana, acidentes de trabalho que salvam vidas, o brutalismo - a beleza do cimento - e os sistemas baseados na confiança. Um parque de estacionamento que serve de casa, uma banheira que serve de cama, um futuro que não serve a ninguém. Mas enfim, nada que uma fraude de seguros não resolva.
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