quinta-feira, janeiro 18, 2024

Maggie (2015)

Uma pena aqueles trituradores embutidos nos lava-loiças não serem uma realidade habitual na Europa. O cinema europeu teria muito a ganhar. Moral deste filme premonitório das repercussões sociais da pandemia global recente mas com o Schwarzenegger penteadinho a aviar crianças zombies? Pimenta no cu dos outros é refresco; quando toca a mandar a nossa filha para a quarentena, não há iguaria que satisfaça o nosso. Primeiro e último filme deste britânico incógnito de seu nome Henry Hobson, o que atesta o sucesso e o impacto de um filme que, longe de ser descartável, navega constantemente numa relação de intimidade pai-filha muito mal trabalhada e conseguida - excepção talvez uma cena de dois ou três minutos em que Maggie descobre a origem do seu nome. Fica aquele aperto de uma doença sem cura, de um final inevitável para alguém que amamos, na ordem natural inversa do tempo, da idade e do adeus. Era um vírus, mas funciona perfeitamente como uma analogia para qualquer cancro terminal. Vida, ai vida.

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