
Cada episódio tem um objectivo, um foco, uma perspectiva, um espaço temporal. Mais intima no seio da família, mais ampla no impacto em todos os que rodeiam esta família, seja na escola ou na comunidade. Cada episódio é um prodígio a nível técnico na complexidade dos seus quatro longos planos sequência em quatro episódios. Mas não se deixem enganar pelo brilho e pela astúcia das ferramentas e das luzes do espectáculo de magia: aqui o verdadeiro objecto de contemplação está nos mágicos - do filho ao pai, Stephen Graham, enorme, gigantesco naquela cena final - e na história que ambos vivem. Não há heróis nem vilões, não há lições de moral, não há reviravoltas inesperadas, não há nada que vá de encontro às nossas expectativas quando entramos na espiral de um crime. Pais que me estejam a ler: eu sei que vocês estão a fazer o vosso melhor. O mundo é que está todo f*dido.
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