
É uma salganhada de ideias que apenas funciona no primeiro e no último episódio. No primeiro porque tudo é mistério, tudo é novidade, e o conceito apocalíptico promete muito mais do que aquilo que acaba por entregar, e no último porque dão palco - e púlpito - a Robert De Niro para brilhar, finalmente, sozinho. Não faltam analogias ao estado político actual dos Estados Unidos, como é óbvio, mas toda a conspiração é tão mal orquestrada e escrita pela equipa de guionistas que nem uma realização ousada a espaços consegue compensar a confusão, a falta de ritmo e o aspecto deslavado e insonso de quatro episódios intermédios que pouco ou nada serviram para agarrar e convencer o espectador. "24" fê-lo muito, muito, melhor, várias temporadas, durante muitos, muitos, mais episódios para "encher". Amiguinhos, é meter o dinheiro debaixo do colchão e esperar que venha um ex-presidente salvar o mundo, como aqui.
Sem comentários:
Enviar um comentário