domingo, setembro 28, 2025

Humane (2024)

Duas partes completamente distintas: uma primeira, assente no conceito semi-apocalíptico, num jantar misterioso, na construção de uma realidade e de um universo tão distópico quanto credivelmente assustador; aguenta-se bem, muito por responsabilidade directa da personagem - e do trabalho - de Peter Gallagher. Depois, o trambolhão. Narrativo, visual, conceptual. Tudo o que tinha sido construído pela filha mais nova de Cronenberg atirado ao lixo em troca de um slasher familiar manhoso, repleto de mini reviravoltas de facas e ferraduras sem sentido nem impacto emocional de qualquer tipo. O final, ainda pior, qual jumpcut para um futuro próximo, sem explicação do que aconteceu entretanto entre vitimas e vilões. Sim, porque aqui não há heróis. Jay Baruchel, horrível, sempre a arrastar o drama, mesmo que sem intenção, para a comédia. É o que dá ter cara de parvo.

Sem comentários:

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...