
Era para ser uma sequela directa do "
Coffy", mas em boa hora a AIP decidiu dar vida própria a uma nova personagem da mitíca Pam Grier, a primeira heroína negra de acção em Hollywood. Um guarda-roupa que é, em si, uma personagem capaz de chocar as psicadélicas na Feira de Carcavelos, uma mulher com atitude, uma pistola, vários rebarbadões rednecks e um valente par de seios, usados constantemente em prol da narrativa. Estou a brincar, usados só porque sim para nos manter entretidos, mas gostei. Ah e tal, estereótipos raciais e de género. O tempo era outro amigos, e sem estas pedradas no charco, esqueçam qualquer revolução - ou sequer evolução - nas mentalidades e na forma de olhar não só para questões sociais, mas principalmente para a própria indústria. Não é sobre sensualidade gratuita, é sobre empoderamento feminino. Banda sonora em jeito de cocktail explosivo de soul, funk e groove, vingança Tarantinesca, castração sugerida que nos faz, homens, apertar os glúteos e uma espécie de mito erótico para a posteridade.
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