segunda-feira, julho 31, 2006
quinta-feira, julho 27, 2006
Citação da Semana (III)
Tenha vergonha Sr.Bush. A partir do momento em que tem o Papa e as Dixie Chicks contra si, não lhe resta muito tempo na Casa Branca.
Por Michael Moore, aquando da recepção do Óscar de Melhor Documentário em 2003
quarta-feira, julho 26, 2006
Tearjerkers
Qual o filme que vos fez chorar que nem Marias Madalenas? Contem lá ao Cinema Notebook e habilitem-se a ganhar... ok esqueçam esta parte! Ficam já a saber que o único a conseguir tal feito para estes lados, foi o miserável e execrável Sweet November, com o piloto autómatico Keanu Reeves e a não menos insensível Charlize Theron. Não, não perguntem porquê, porque não vos sei responder. Só sei que aquele final destroçou-me em mil pedaços.
terça-feira, julho 25, 2006
Rodrigo Santoro em Lost
Segundo alguns sites brasileiros, Rodrigo Santoro, conhecido actor da Rede Globo foi convidado a ser um dos "Outros" na terceira temporada da série Perdidos. "Nos últimos dias os produtores-executivos de Lost, Carlton Cuse e Damon Lindelof, falaram bastante sobre a terceira temporada da série. Disseram que o elenco cresceria. Mas ninguém esperava por uma revelação tão bombástica: Rodrigo Santoro é um dos Perdidos! O colunista do TV Guide Michael Ausiello conseguiu a informação da própria boca de Cuse e Lindelof". Está justo, também já tivemos o nosso Joaquim de Almeida na terceira temporada... de 24.
domingo, julho 23, 2006
Cheira a desilusão...
Cento e trinta e dois critícos de cinema dos mais variados jornais e revistas norte-americanas já deram a sua opinião sobre Lady in the Water, o mais recente filme de Night Shyamalan, e apenas 28 das apreciações não foram negativas. Imaginação a mais e filme a menos, dizem eles. A confirmar, em breve.
sábado, julho 22, 2006
sexta-feira, julho 21, 2006
quinta-feira, julho 20, 2006
Rúbrica de Verão: Não Há Paciência...
Chega o Verão, o calor aperta e o Cinema Notebook lá teve que inventar uma nova rúbrica que não roubasse muito tempo, fosse divertida q.b. e permitisse uma rápida actualização do blogue quando assim fosse necessário. E assim nasce uma nova secção: Não Há Paciência!
Todos temos aqueles ódios de estimação, elementos que nos irritam profundamente sempre que nos deparamos com eles. Pois bem, o CN revoltou-se e liberta agora, numa escala de 10 unidades, o seu grau de irritação para com todos eles. Das mais famosas personalidades, aos mais estúpidos factos e acontecimentos, fique então a conhecer, semanalmente, cinco dessas aberrações inexplicáveis.
Esta semana temos:
Todos temos aqueles ódios de estimação, elementos que nos irritam profundamente sempre que nos deparamos com eles. Pois bem, o CN revoltou-se e liberta agora, numa escala de 10 unidades, o seu grau de irritação para com todos eles. Das mais famosas personalidades, aos mais estúpidos factos e acontecimentos, fique então a conhecer, semanalmente, cinco dessas aberrações inexplicáveis.
Esta semana temos:
Os mais diversos "José Mourinho Wanna Be" (5/10)
José Couceiro, Paulo Bento, José Peseiro, Vítor Pontes etc... etc...! Já chega não?
O cabelo de Pedro Tochas (7/10)
No início tinha a sua piada, depois passou a ser patético e agora o facto de todo o seu trabalho depender daquela "peruada" na tola roça o ridículo. Já dizia o outro, "quem é inocente, não precisa de alíbis!"
A malta que anda por aí na rua vestida à "le Matrix" (8/10)
Os verdadeiros Nerds (com N maiúsculo)! Houve tempos em que se saía à rua com os bastões luminosos da Guerra das Estrelas. Agora, os nerds mentalizam-se que vivem numa dimensão paralela virtual e conseguem ultrapassar todos os limites previamente impostos pelos "Martini Addicts", que julgavam ser o James Bond quando os emborcavam.
O não-lançamento em DVD da popular "Baywatch" (6/10)
Com tanta porcaria que é lançada no mercado, será que custava muito lançar outra, mas que ao menos nos faria recordar os velhos tempos de infância e proporcionar-nos mais alguns momentos de babanço e nostalgia?
Sudoku's (3/10)
Ainda sou do tempo em que se jogava ao STOP ou à Batalha Naval no meio das aulas. Agora é cada um por si, e um Sudoku rasgado da última página de um jornal.
José Couceiro, Paulo Bento, José Peseiro, Vítor Pontes etc... etc...! Já chega não?
O cabelo de Pedro Tochas (7/10)
No início tinha a sua piada, depois passou a ser patético e agora o facto de todo o seu trabalho depender daquela "peruada" na tola roça o ridículo. Já dizia o outro, "quem é inocente, não precisa de alíbis!"
A malta que anda por aí na rua vestida à "le Matrix" (8/10)
Os verdadeiros Nerds (com N maiúsculo)! Houve tempos em que se saía à rua com os bastões luminosos da Guerra das Estrelas. Agora, os nerds mentalizam-se que vivem numa dimensão paralela virtual e conseguem ultrapassar todos os limites previamente impostos pelos "Martini Addicts", que julgavam ser o James Bond quando os emborcavam.
O não-lançamento em DVD da popular "Baywatch" (6/10)
Com tanta porcaria que é lançada no mercado, será que custava muito lançar outra, mas que ao menos nos faria recordar os velhos tempos de infância e proporcionar-nos mais alguns momentos de babanço e nostalgia?
Sudoku's (3/10)
Ainda sou do tempo em que se jogava ao STOP ou à Batalha Naval no meio das aulas. Agora é cada um por si, e um Sudoku rasgado da última página de um jornal.
quarta-feira, julho 19, 2006
Rankings CN : Angelina Jolie
Alguns parágrafos sobre Angelina Jolie, retirados d'O Zombie :
"não pensem que é só uma coisa física. longe disso. há muito que já percebi e admiro a receita: angelina jolie é um terço de beleza, um terço de atitude e um terço de talento. a atitude e o talento foram herdados do pai, o actor jon voight; a beleza não sei, mas seja lá quem for o responsável, abençoado seja (provavelmente a mãe—minha senhora, abençoada seja; merece um santuário maior que o de fátima!)."..."reservada, mas simpática, angelina tinha uma aura irresistível que denunciava os extremos da sua personalidade, da sua cândida doçura à sua natureza rebelde. a ausência de maquilhagem e a luz natural evidenciavam a sua beleza, os seus olhos grandes, o seu olhar acutilante e os seus lábios, que são, sem sombra de dúvida, o maior atentado de deus à humanidade."..."angelina jolie é uma actriz de talento, mas, infelizmente, é desperdiçada em filmes corriqueiros. nunca é a sua performance que desaponta; é sempre o filme. nunca é a sua performance que fica aquém do filme; é sempre o filme que fica aquém da sua performance."
Angelina Jolie @ Wikipedia
"não pensem que é só uma coisa física. longe disso. há muito que já percebi e admiro a receita: angelina jolie é um terço de beleza, um terço de atitude e um terço de talento. a atitude e o talento foram herdados do pai, o actor jon voight; a beleza não sei, mas seja lá quem for o responsável, abençoado seja (provavelmente a mãe—minha senhora, abençoada seja; merece um santuário maior que o de fátima!)."..."reservada, mas simpática, angelina tinha uma aura irresistível que denunciava os extremos da sua personalidade, da sua cândida doçura à sua natureza rebelde. a ausência de maquilhagem e a luz natural evidenciavam a sua beleza, os seus olhos grandes, o seu olhar acutilante e os seus lábios, que são, sem sombra de dúvida, o maior atentado de deus à humanidade."..."angelina jolie é uma actriz de talento, mas, infelizmente, é desperdiçada em filmes corriqueiros. nunca é a sua performance que desaponta; é sempre o filme. nunca é a sua performance que fica aquém do filme; é sempre o filme que fica aquém da sua performance."
Angelina Jolie @ Wikipedia
terça-feira, julho 18, 2006
House of 9 (2005)
Nove estranhos, sem qualquer relação aparente entre eles, são raptados, drogados e fechados numa casa. As portas estão trancadas e as janelas tapadas com tijolos. Desorientados e furiosos, são recebidos por uma voz no intercomunicador que lhes diz que estão a ser observados e que competem para um prémio de cinco milhões de dólares. Como ganhá-lo? O último sobrevivente fica com o prémio e será liberto. E enquanto não começarem as mortes, a comida servida será cada vez mais escassa.
Há o Jay, o polícia, que decide que vai manter a paz. Há o Vince, um padre que se recusa a aceitar que vão atacar-se uns aos outros. Há o Francis, o compositor fracassado e a mulher Cláudia. Farida, uma jovem perturbada, e Claire, uma antiga estrela do ténis que se transformou numa acompanhante de luxo. Max, o estilista gay. Al-B, um aspirante a estrela de rap, e Lea, uma bailarina exótica. São nove personalidades completamente diferentes fechadas numa casa, sem possibilidade de fugir e que sabem que apenas uma pode sobreviver. A desconfiança instala-se e o ambiente de paranóia e suspeita torna-se cada vez mais pesado. A tensão transforma-se em violência e a violência em morte. De repente, passa a ser cada um por si, numa luta pela sobrevivência. Por que estão ali? Quem vai sobreviver? E o que é que isso irá custar-lhes?
Ora bem, este “House of 9” é a versão inglesa desfocada de dois filmes de sucesso norte-americanos: “Saw” e “Cube”. Se tem comparação possível com algum deles? Nem por sombras. Isto porque neste temos as mamocas de Kelly Brook, a barba de Hopper mas nem metade do talento de montagem, realização e direcção sonora das obras americanas citadas. Começemos mesmo pelo som e coordenação deste com as mais diversas cenas e momentos. Miseravelmente... miserável. Seria o mesmo que os momentos dramáticos do conceituado “The Shining”, de Stanley Kubrick tivessem sido acompanhados com uma música qualquer do vasto reportório de Emanuel, Toy ou Agata. A comparação está longe de ser desajustada, acreditem.
O argumento por sua vez, era uma laranja repleta de sumo, mas que não foi esprimida. Com um conceito tão multidimensional como o que é dado à partida, muito mais imaginação e criatividade era obrigatória. Um excelente final não basta quando todo o resto só atraiu pela ideia e pela agradável fotografia saturada em tons de cinza e branco. As personagens extremamente esteriotipadas permitem, logo de início, adivinhar os bons, os maus, o futuro vencedor e o bronco de serviço. O minímo esforço para fugir a esta inevitabilidade não é sequer esboçado. Não fosse o seu estrondoroso final e “House of 9 – O Rapto” iria directamente para o esquecimento. É que ao contrário de “Three”, nem sequer foram aproveitados os apêndices mamários de Kelly Brook para salvar algumas partes do filme.
Há o Jay, o polícia, que decide que vai manter a paz. Há o Vince, um padre que se recusa a aceitar que vão atacar-se uns aos outros. Há o Francis, o compositor fracassado e a mulher Cláudia. Farida, uma jovem perturbada, e Claire, uma antiga estrela do ténis que se transformou numa acompanhante de luxo. Max, o estilista gay. Al-B, um aspirante a estrela de rap, e Lea, uma bailarina exótica. São nove personalidades completamente diferentes fechadas numa casa, sem possibilidade de fugir e que sabem que apenas uma pode sobreviver. A desconfiança instala-se e o ambiente de paranóia e suspeita torna-se cada vez mais pesado. A tensão transforma-se em violência e a violência em morte. De repente, passa a ser cada um por si, numa luta pela sobrevivência. Por que estão ali? Quem vai sobreviver? E o que é que isso irá custar-lhes?
Ora bem, este “House of 9” é a versão inglesa desfocada de dois filmes de sucesso norte-americanos: “Saw” e “Cube”. Se tem comparação possível com algum deles? Nem por sombras. Isto porque neste temos as mamocas de Kelly Brook, a barba de Hopper mas nem metade do talento de montagem, realização e direcção sonora das obras americanas citadas. Começemos mesmo pelo som e coordenação deste com as mais diversas cenas e momentos. Miseravelmente... miserável. Seria o mesmo que os momentos dramáticos do conceituado “The Shining”, de Stanley Kubrick tivessem sido acompanhados com uma música qualquer do vasto reportório de Emanuel, Toy ou Agata. A comparação está longe de ser desajustada, acreditem.
O argumento por sua vez, era uma laranja repleta de sumo, mas que não foi esprimida. Com um conceito tão multidimensional como o que é dado à partida, muito mais imaginação e criatividade era obrigatória. Um excelente final não basta quando todo o resto só atraiu pela ideia e pela agradável fotografia saturada em tons de cinza e branco. As personagens extremamente esteriotipadas permitem, logo de início, adivinhar os bons, os maus, o futuro vencedor e o bronco de serviço. O minímo esforço para fugir a esta inevitabilidade não é sequer esboçado. Não fosse o seu estrondoroso final e “House of 9 – O Rapto” iria directamente para o esquecimento. É que ao contrário de “Three”, nem sequer foram aproveitados os apêndices mamários de Kelly Brook para salvar algumas partes do filme.
segunda-feira, julho 17, 2006
Última aquisição!
Depois de Pai Mei, Bill e a Noiva de Kill Bill, de Marv e Hartigan de Sin City, eis que finalmente acrecento mais uma figura de meio metro à minha colecção "nerd" de estimação! É ele...
Tony Montana
domingo, julho 16, 2006
Exames, Lost e Férias!
Nesta Segunda-Feira passará apenas a Férias e terei mais tempo para o blogue. A Segunda Temporada de Lost foi simplesmente fantástica, os resultados dos exames, espero eu, serão merecidamente positivos e durante as férias, espero conseguir entrar em contacto mais regularmente aqui no Cinema Notebook. De resto, resta aguardar! Aguardar pela terceira temporada de Perdidos. E em breve, algumas teorias sobre a série!
sexta-feira, julho 14, 2006
When a Stranger Calls (2006)
O realizador dos bastante aceitáveis Con Air e Tomb Raider, Simon West aventurou-se desta vez no "difícil de satisfazer" género de Terror. E a verdade, é que consegue novamente alcançar o degrau acima da mediania do costume. Longe de nos presentear com marcos cinematográficos, West consegue trazer-nos sempre um produto final satisfatório. "When a Stranger Calls" é um destes exemplos, do que à partida seria um fracasso esperado transformado num thriller aceitável e bem filmado.
Obrigada a pagar a conta de telemóvel que ultrapassou em muito o limite imposto pelos pais, Jill (a interessante Camilla Belle) vai tomar conta dos filhos de um abastado casal durante uma noite. Porém, a que supostamente seria uma noite de descanso, em que os miúdos já dormiam e o frigorífico ainda estava por esvaziar, torna-se rapidamente num inquietante serão de nervos, em que perturbantes chamadas telefónicas simplesmente esgotam a serenidade de Jill. E quando esta descobre que as mesmas estão a ser efectuadas de dentro de casa, já nada pode fazer senão tentar escapar de um perigo, que parece ser de inevitável confronto.
Podemos dividir este filme em duas, talvez três, partes claramente distintas. Uma primeira, mais longa e que se extende até aos últimos dez a quinze minutos, muito bem construída, e que espelha a formação de um intenso carisma assustador no mais pequeno pormenor da casa e arredores. O medo. A elaboração deste em redor das chamadas telefónicas. Uma realização cuidada e suspanse como nos velhos tempos. Uma verdeira brisa de ar fresco no género, principalmente se tivermos em conta o que tem vindo daqueles lados nos últimos anos. Depois, uma segunda horrivelmente planeada, que se esgota rapidamente e que amarga todo o doce previamente servido. Falo do encontro vitíma-assassíno, em que simplesmente não houve uma única ideia original e que destoa claramente de todo o desenrolar prévio da obra. Por fim, a cena final que é simplesmente brilhante e que evoca as consequências trágicas do incidente na personagem principal.
Temos então em "Chamada de um Estranho" um filme de opostos. Se o desenrolar psicológico é muito acima da média, a acção fisíca é, tristemente, mais do que batida e vista. Só desculpável pela notável falta de ambição do realizador, que se contenta em criar algo normal mas credível, invés do ousado mas muito cinematográfico e inacreditável terror. O que não tem desculpa são os fracos diálogos, só compensados pela competente realização pormenorizada de West, que por si só, cria suspanse onde ele não existe. O que prova que, por vezes, uma realização competente é bem mais frutífera do que um argumento original. E o simples bem mais simpático que a espalhatosa reunião de elementos básicos do género. A ver então, sem grandes espectativas, apenas pela oferta lúdica razoável que proporciona.
Obrigada a pagar a conta de telemóvel que ultrapassou em muito o limite imposto pelos pais, Jill (a interessante Camilla Belle) vai tomar conta dos filhos de um abastado casal durante uma noite. Porém, a que supostamente seria uma noite de descanso, em que os miúdos já dormiam e o frigorífico ainda estava por esvaziar, torna-se rapidamente num inquietante serão de nervos, em que perturbantes chamadas telefónicas simplesmente esgotam a serenidade de Jill. E quando esta descobre que as mesmas estão a ser efectuadas de dentro de casa, já nada pode fazer senão tentar escapar de um perigo, que parece ser de inevitável confronto.
Podemos dividir este filme em duas, talvez três, partes claramente distintas. Uma primeira, mais longa e que se extende até aos últimos dez a quinze minutos, muito bem construída, e que espelha a formação de um intenso carisma assustador no mais pequeno pormenor da casa e arredores. O medo. A elaboração deste em redor das chamadas telefónicas. Uma realização cuidada e suspanse como nos velhos tempos. Uma verdeira brisa de ar fresco no género, principalmente se tivermos em conta o que tem vindo daqueles lados nos últimos anos. Depois, uma segunda horrivelmente planeada, que se esgota rapidamente e que amarga todo o doce previamente servido. Falo do encontro vitíma-assassíno, em que simplesmente não houve uma única ideia original e que destoa claramente de todo o desenrolar prévio da obra. Por fim, a cena final que é simplesmente brilhante e que evoca as consequências trágicas do incidente na personagem principal.
Temos então em "Chamada de um Estranho" um filme de opostos. Se o desenrolar psicológico é muito acima da média, a acção fisíca é, tristemente, mais do que batida e vista. Só desculpável pela notável falta de ambição do realizador, que se contenta em criar algo normal mas credível, invés do ousado mas muito cinematográfico e inacreditável terror. O que não tem desculpa são os fracos diálogos, só compensados pela competente realização pormenorizada de West, que por si só, cria suspanse onde ele não existe. O que prova que, por vezes, uma realização competente é bem mais frutífera do que um argumento original. E o simples bem mais simpático que a espalhatosa reunião de elementos básicos do género. A ver então, sem grandes espectativas, apenas pela oferta lúdica razoável que proporciona.
terça-feira, julho 11, 2006
Sugestões televisivas
Para Hoje, Terça-Feira:
Soldados do Universo (Starship Troopers). De Paul Verhoeven, com Casper van Dien, Dina Meyer, Denise Richards. EUA, 1997, 129 min. AXN. 23h15.
Eleito como filme de culto nos circuitos alternativos, Soldados do Universo trouxe ao holandês Paul "Robocop" Verhoeven ("Desafio Total" e "Atracção Fatal") acusações de simpatias nazis. É um facto que o filme brinca explicitamente com essa imagética, para além de fazer uma brilhante e terrorista desconstrução do universo televisivo. A história é a de um grupo de combatentes humanos que luta contra uma invasão de extraterrestres, semelhantes a enormes insectos. Scott E. Anderson, Alec Gillis, John Richardson e Phil Tippett foram nomeados para o Óscar de melhores efeitos especiais de 1998.
Para Amanhã, Quarta-Feira:
Gorilas na Bruma (Gorillas in the Mist). De Michael Apted, com Sigourney Weaver, Bryan Brown, Julie Harris, John Omirah Miluwi. EUA, 1988, 129 min. Hollywood. 21h30.
Nomeado para cinco Óscares em 1989, conta a história real de Dian Fossey (Sigourney Weaver), uma mulher que estudou durante 20 anos os gorilas das montanhas da África Central, uma espécie ameaçada de extinção. A antropologista acabou por ser assassinada, no Ruanda, em 1985, devido aos seus esforços para pôr um fim à mutilação e comercialização de partes destes animais. Sigourney Weaver num dos melhores papéis da sua carreira, pelo qual ganhou um Globo de Ouro.
Fonte: Publico.PT
Soldados do Universo (Starship Troopers). De Paul Verhoeven, com Casper van Dien, Dina Meyer, Denise Richards. EUA, 1997, 129 min. AXN. 23h15.
Eleito como filme de culto nos circuitos alternativos, Soldados do Universo trouxe ao holandês Paul "Robocop" Verhoeven ("Desafio Total" e "Atracção Fatal") acusações de simpatias nazis. É um facto que o filme brinca explicitamente com essa imagética, para além de fazer uma brilhante e terrorista desconstrução do universo televisivo. A história é a de um grupo de combatentes humanos que luta contra uma invasão de extraterrestres, semelhantes a enormes insectos. Scott E. Anderson, Alec Gillis, John Richardson e Phil Tippett foram nomeados para o Óscar de melhores efeitos especiais de 1998.
Para Amanhã, Quarta-Feira:
Gorilas na Bruma (Gorillas in the Mist). De Michael Apted, com Sigourney Weaver, Bryan Brown, Julie Harris, John Omirah Miluwi. EUA, 1988, 129 min. Hollywood. 21h30.
Nomeado para cinco Óscares em 1989, conta a história real de Dian Fossey (Sigourney Weaver), uma mulher que estudou durante 20 anos os gorilas das montanhas da África Central, uma espécie ameaçada de extinção. A antropologista acabou por ser assassinada, no Ruanda, em 1985, devido aos seus esforços para pôr um fim à mutilação e comercialização de partes destes animais. Sigourney Weaver num dos melhores papéis da sua carreira, pelo qual ganhou um Globo de Ouro.
Fonte: Publico.PT
segunda-feira, julho 10, 2006
House M.D - Primeira Temporada
O Dr. Gregory House é um dos mais brilhantes médicos à face da terra. Por outro lado, o seu feitio é dos mais intragáveis e desgastantes possíveis para os seus colegas de trabalho. Além disto, House é viciado em analgésicos, gosta de ver telenovelas, não confia num único dos seus doentes e tem o péssimo hábito de dizer sempre tudo aquilo que realmente pensa. É, portanto, uma personagem absolutamente brilhante e uma base sólida para tudo o que acontece à sua volta.
Gregory House lidera uma equipa de jovens e brilhantes médicos das mais variadas especialidades. Em todos os episódios, estes fazem praticamente uma corrida contra-relógio em busca da “cura” e da identificação das doenças que afectam os pacientes que acorrem à clínica. Numa reinvenção completa do drama médico tradicional, “House M.D” é sem margem para dúvida um magnífica série médica, capaz de seduzir mesmo aqueles que são alérgicos ao género, como eu. O habitual conceito médico de televisão ganha em “House M.D” uma dimensão de investigação quase policial, onde os médicos são os detectives e as doenças os criminosos. Juntamos a isto o interessantemente habilidoso e maravilho carácter de Gregory House, e temos então uma das mais interessantes propostas televisivas dos últimos anos.
Quem comprar os dvd’s desta primeira temporada leva ainda com uma série de extras bastante interessantes, que de entre os quais destaco a sessão de casting de Hugh Laurie (Dr.House) e o passeio entre os cenários da série.
Gregory House lidera uma equipa de jovens e brilhantes médicos das mais variadas especialidades. Em todos os episódios, estes fazem praticamente uma corrida contra-relógio em busca da “cura” e da identificação das doenças que afectam os pacientes que acorrem à clínica. Numa reinvenção completa do drama médico tradicional, “House M.D” é sem margem para dúvida um magnífica série médica, capaz de seduzir mesmo aqueles que são alérgicos ao género, como eu. O habitual conceito médico de televisão ganha em “House M.D” uma dimensão de investigação quase policial, onde os médicos são os detectives e as doenças os criminosos. Juntamos a isto o interessantemente habilidoso e maravilho carácter de Gregory House, e temos então uma das mais interessantes propostas televisivas dos últimos anos.
Quem comprar os dvd’s desta primeira temporada leva ainda com uma série de extras bastante interessantes, que de entre os quais destaco a sessão de casting de Hugh Laurie (Dr.House) e o passeio entre os cenários da série.
domingo, julho 09, 2006
sábado, julho 08, 2006
Hard Candy (2005)
“Hard Candy” é um thriller provocador baseado num encontro entre um predador sexual pedófilo de 32 anos e a sua “presa”, uma rapariga aparentemente inocente de 14 anos. Mas o “doce” esconde uma armadilha de difícil evasão, numa autêntica inversão de papéis, em que o capuchinho vermelho mostra os dentes e o lobo mau é preso no armário.
Longe do habitual drama tipo sobre a pedofilia, a principal virtude de “Hard Candy” é o revelar de uma grande actriz para o futuro, Ellen Page. Com uma grande segurança a todos os niveís, um olhar fixo e penetrante e poucos tiques corporais, Page promete ser, já em breve, um nome que vai dar que falar. A última vez que vi algo do género, se bem que numa fase mais precoce, foi em “Leon”, e a rapariga era, nada mais nada menos, do que a agora conceituada Natalie Portman.
Provocador e intrigante, “Hard Candy” esbanja, já perto do seu final, todos os atributos que constrói ao longo da história. Com um jogo psicológico entre as personagens bem montado, David Slade, tenta no fim “enfiar-nos” cenas completamente incompatíveis com o estatuto da predadora, ou seja, de Hayley (Page). Tornar o aceitável “pouco provável” num cenário completamente irrisório é o grande problema de “Hard Candy”, que tenta ser gigante quando só tinha condições para ser enorme. Consequência? Nem grande chega a ser. Só mesmo ao nível dos diálogos, todos eles dignos de merecer uma estatueta própria.
Com alguns truques baratos de realização, Slade consegue mesmo assim efectuar um bom trabalho atrás da camerâ nesta sua estreia cinematográfica. Certo que é notório algum amadorismo nas transições, mas não fosse a ambição desmensurada deste, e “Hard Candy” teria sido facilmente considerado um filme de culto. A escolha final de transformar Hayley numa justiceira de sangue-frio, invés de apenas uma pré-adolescente inteligente e matreira, acaba por tirar toda a credibilidade ao que tinhamos visionado anteriormente e acrescentar uns quantos buracos ao argumento. Slade ainda há-de me explicar como é que Hayley conseguiu pendurar um homem com mais 40 Kg do que ela no tecto da cozinha. Este e tantos outros que só aparecem porque Hayley é transformada, perto do final, em justiceira adivinha, que calcula todos os seus passos com uma antecedência genial, mas convencional.
Longe do habitual drama tipo sobre a pedofilia, a principal virtude de “Hard Candy” é o revelar de uma grande actriz para o futuro, Ellen Page. Com uma grande segurança a todos os niveís, um olhar fixo e penetrante e poucos tiques corporais, Page promete ser, já em breve, um nome que vai dar que falar. A última vez que vi algo do género, se bem que numa fase mais precoce, foi em “Leon”, e a rapariga era, nada mais nada menos, do que a agora conceituada Natalie Portman.
Provocador e intrigante, “Hard Candy” esbanja, já perto do seu final, todos os atributos que constrói ao longo da história. Com um jogo psicológico entre as personagens bem montado, David Slade, tenta no fim “enfiar-nos” cenas completamente incompatíveis com o estatuto da predadora, ou seja, de Hayley (Page). Tornar o aceitável “pouco provável” num cenário completamente irrisório é o grande problema de “Hard Candy”, que tenta ser gigante quando só tinha condições para ser enorme. Consequência? Nem grande chega a ser. Só mesmo ao nível dos diálogos, todos eles dignos de merecer uma estatueta própria.
Com alguns truques baratos de realização, Slade consegue mesmo assim efectuar um bom trabalho atrás da camerâ nesta sua estreia cinematográfica. Certo que é notório algum amadorismo nas transições, mas não fosse a ambição desmensurada deste, e “Hard Candy” teria sido facilmente considerado um filme de culto. A escolha final de transformar Hayley numa justiceira de sangue-frio, invés de apenas uma pré-adolescente inteligente e matreira, acaba por tirar toda a credibilidade ao que tinhamos visionado anteriormente e acrescentar uns quantos buracos ao argumento. Slade ainda há-de me explicar como é que Hayley conseguiu pendurar um homem com mais 40 Kg do que ela no tecto da cozinha. Este e tantos outros que só aparecem porque Hayley é transformada, perto do final, em justiceira adivinha, que calcula todos os seus passos com uma antecedência genial, mas convencional.
Mas que raio é feito do Blinkar?
Alguém sabe o que se passa com o Blinkar? É que, a brincar a brincar, lá se vai o meu histórico de artigos faz uma semana. Alternativas, alguém conhece?
sexta-feira, julho 07, 2006
Quem se lembra de... Lane Smith?
Descobri hoje que uma das minhas caras favoritas de infância faleceu no ano passado. Falo de Lane Smith, conhecido pela sua participação em mais de uma dezena de séries de televisão, entre elas "V" e "Lois & Clark: The New Adventures of Superman" ou em filmes como "My Cousin Vinny" e "Air America".
Tem sido uma verdadeira epopeia de sentimentos revê-lo como director do Daily Planet. Aliás, adquiri a primeira temporada de "Lois & Clark: The New Adventures of Superman" mesmo por sua culpa. Quando era mais novo, lembro-me de passar tardes agarrado à TVI, com o intuito de o ver em acção, com o seu incorruptível bom humor, misturado numa autoridade pouco ortodoxa. Os ídolos passam, os valores ficam. E eu, dificilmente esquecerei todos os bons momentos que Lane Smith me proporcionou. E em silêncio, fica esta tardia homenagem.
Tem sido uma verdadeira epopeia de sentimentos revê-lo como director do Daily Planet. Aliás, adquiri a primeira temporada de "Lois & Clark: The New Adventures of Superman" mesmo por sua culpa. Quando era mais novo, lembro-me de passar tardes agarrado à TVI, com o intuito de o ver em acção, com o seu incorruptível bom humor, misturado numa autoridade pouco ortodoxa. Os ídolos passam, os valores ficam. E eu, dificilmente esquecerei todos os bons momentos que Lane Smith me proporcionou. E em silêncio, fica esta tardia homenagem.
quinta-feira, julho 06, 2006
Citação da Semana (II)
"Porque é que uma tão esmagadora supremacia militar, diplomática, económica e tecnológica não suscita sobejas críticas ou resistências? Porque a América exerce, além disso, uma hegemonia no campo cultural e ideológico. Ela detém o domínio do simbólico que lhe dá o acesso àquilo que Max Weber designa como "dominação carismática"."
Por Ignacio Ramonet, em "Propagandas Silenciosas", da editora Campo das Letras.
Em questão a ameaça que o consumo massivo dos produtos americanos representa para a identidade cultural de cada um dos países europeus e para a aceitação dos valores culturais e políticos americanos.
Por Ignacio Ramonet, em "Propagandas Silenciosas", da editora Campo das Letras.
Em questão a ameaça que o consumo massivo dos produtos americanos representa para a identidade cultural de cada um dos países europeus e para a aceitação dos valores culturais e políticos americanos.
quarta-feira, julho 05, 2006
Interessa é que haja saúde...
Hoje estava à espera de colocar aqui um galo depenado. Nem sempre as coisas correm como planeado, por isso ficam com um: Buona Fortuna Italia! Interessa é que haja saúde, e que nunca nos falte comida na mesa. E de preferência um bom filme no leitor. Uma boa noite!
terça-feira, julho 04, 2006
segunda-feira, julho 03, 2006
"The Grid" estreia hoje na RTP1
Estreia hoje na RTP1 por volta das 22:25 uma das mini-séries mais faladas dos últimos anos. Com 6 episódios, "A Ameaça" promete uma semana bem passada nos serões da RTP. De hoje até Sexta-Feira será passada toda a temporada, sempre no mesmo horário. Aqui vai a sinopse retirada do site da RTP:
Uma grande série, uma grande produção que aborda as questões de momento do terrorismo global, tratado de uma maneira inteligente, num empolgante thriller. A acção de "A Ameaça" centra-se numa célula de uma organização terrorista que opera a nível mundial e uma equipa de agentes antiterroristas americanos e ingleses que têm como objectivo detê-los. Única na forma de tratar um tema tão delicado como o terrorismo, "A Ameaça" mostra-nos ambos os lados de um conflito terrorista. Apesar de se centrar principalmente na acção dos agentes antiterroristas e no seu trabalho também explora os motivos dos terroristas e o impacto que estas acções violentas têm nas suas famílias. O trama desta série arranca com um atentado mortal com "gás sarin", em Londres. A directora da agência antiterrorista americana, Maren Jackson, decide formar um grupo de agentes de alto nível para ajudar a investigação deste atentado, do qual fazem parte o agente do FBI, Max Canary e a analista da CIA Raza Michaels, originária do Médio oriente. Também nesta equipa especial fazem parte Emily Tuthill, directora de operações da agência M16 e Derek Jennings, da unidade antiterrorista M15. Por parte dos terroristas está Muhammad, chefe de uma nova organização terrorista, Kaz Moore, um extremista tchetcheno que trabalha com ele e o doutor Raghib Mutar um devoto médico muçulmano do Cairo que se debate entre a sua interpretação espiritual da fé muçulmana e o ponto de vista de Muhammad, muito mais violento e radical. O resultado é um dos retratos mais dramáticos e realistas da guerra e do terrorismo que alguma vez se fez em televisão.
Uma grande série, uma grande produção que aborda as questões de momento do terrorismo global, tratado de uma maneira inteligente, num empolgante thriller. A acção de "A Ameaça" centra-se numa célula de uma organização terrorista que opera a nível mundial e uma equipa de agentes antiterroristas americanos e ingleses que têm como objectivo detê-los. Única na forma de tratar um tema tão delicado como o terrorismo, "A Ameaça" mostra-nos ambos os lados de um conflito terrorista. Apesar de se centrar principalmente na acção dos agentes antiterroristas e no seu trabalho também explora os motivos dos terroristas e o impacto que estas acções violentas têm nas suas famílias. O trama desta série arranca com um atentado mortal com "gás sarin", em Londres. A directora da agência antiterrorista americana, Maren Jackson, decide formar um grupo de agentes de alto nível para ajudar a investigação deste atentado, do qual fazem parte o agente do FBI, Max Canary e a analista da CIA Raza Michaels, originária do Médio oriente. Também nesta equipa especial fazem parte Emily Tuthill, directora de operações da agência M16 e Derek Jennings, da unidade antiterrorista M15. Por parte dos terroristas está Muhammad, chefe de uma nova organização terrorista, Kaz Moore, um extremista tchetcheno que trabalha com ele e o doutor Raghib Mutar um devoto médico muçulmano do Cairo que se debate entre a sua interpretação espiritual da fé muçulmana e o ponto de vista de Muhammad, muito mais violento e radical. O resultado é um dos retratos mais dramáticos e realistas da guerra e do terrorismo que alguma vez se fez em televisão.
domingo, julho 02, 2006
Three (2006)
Kelly Brook, mamocas e mais mamocas. Kelly Brook, bikini e mais mamocas. É impressionante como certos filmes permitem que as suas únicas qualidades sejam expressas em tão poucas palavras. Aquela que foi considerada a mulher/modelo mais sexy do mundo em 2005 pela FHM, entra no universo do cinema pelo caminho do costume, o mais curto e fácil para o estrelato. Já todos devem ter percebido que estou a falar do típico "mostra muito mas fala pouco", que tão famoso ficou nos tempos de Cindy Crawford ou Pamela Anderson.
Longe de ter dado más indicações representativas, o problema de Brook é ter sido criado todo um argumento que a usasse como objecto explosivo sexual, em que o enredo roda à volta da necessidade da mesma andar de bikini (ou mesmo várias vezes sem ele) durante toda a extensão do filme. O desconhecido Stewart Raffill pensou: "faz décadas que ando nisto e ninguém sabe quem eu sou. Já que tenho esta boazona no elenco, e já provei que não sei escrever um bom argumento, vou mas é aproveitar-me da gaja e fazer uns quantos planos de larga intensidade sexual. Se ela recusar, digo que tenho muitas mais candidatas, ela fica receosa de perder o papel e lá acaba por fazer". Não tenho a menor dúvida.
Se a tagline "Looks Can Kill" já é completamente despropositada com o real desenrolar da história, nem sequer me aptece falar do grande, e desculpem o termo, "enrrabanço" que levei com o cartaz. Como podem ver aqui, dá-nos a ideia de uma assassina de sangue frio, que mata tudo e todos com um arpão artesanal e que numa guerra na lama com a Uma Thurman era bem capaz de levar a melhor. Pois bem meus amigos, devem haver poucas mulheres mais inocentes neste mundo, que a personagem da Kelly Brook neste "Three". Um arpão na mão e aquele ar matreiro no poster, neste momento, só me dá vontade de rir, com a não existência de limites no que toca a vender um produto.
A história? Bem, a história poderia ter sido suficientemente interessante para um bom filme de baixo orçamento. Um naufrágio em alto mar faz com que um casal (o reconhecido Billy Zane e a já falada Kelly Brook) e o ajudante do capitão do barco (um daqueles macho latinos muito atraentes, que pesca tubarões com os dentes e parte cocos com a cabeça) vão parar a uma ilha deserta. O macho latino apaixona-se pela mulher, que por sua vez ama o seu marido e não cai em tentações. Mas o tanso do marido mete na cabeça que eles já tiveram um caso às escondidas durante os dias em que o mesmo ficou a boiar longe da ilha, e lá se cria um pau de "três" bicos. Até aqui tudo bem e qualquer desfecho seria aceitável. Qualquer um menos o que Raffill inventou: que toda aquela intriga, pancadaria e arpoadas eram obra - e preparem-se porque roça mesmo o ridículo - ... de actos de Voodoo da antiga namorada do macho latino.
Será possível? Credo, fiquei sem palavras com a fértil (mas inútil) imaginação de Raffill. Qual era a necessidade? Já estou novamente a ver o que pensou este desgraçado: "Isto está a ficar com uma qualidade aceitável, e ainda se esquecem que a Brook está aqui, faz sexo duas vezes com tudo à mostra e passou metade do filme semi-nua. E depois o DVD não vende. Deixa lá inventar algo muito mau para as pessoas falarem dela e não do filme!". Objectivo cumprido. Transformou o aceitável em intragável. O supostamente credível em ridículo. Um thriller solitário num cruzamento de sessão fotográfica da Sports Illustrated com o "Weekend at Bernie's Two".
Nota de Redacção: se fosse apenas pelos apêndices mamários da Kelly Brook levava nota máxima.
Longe de ter dado más indicações representativas, o problema de Brook é ter sido criado todo um argumento que a usasse como objecto explosivo sexual, em que o enredo roda à volta da necessidade da mesma andar de bikini (ou mesmo várias vezes sem ele) durante toda a extensão do filme. O desconhecido Stewart Raffill pensou: "faz décadas que ando nisto e ninguém sabe quem eu sou. Já que tenho esta boazona no elenco, e já provei que não sei escrever um bom argumento, vou mas é aproveitar-me da gaja e fazer uns quantos planos de larga intensidade sexual. Se ela recusar, digo que tenho muitas mais candidatas, ela fica receosa de perder o papel e lá acaba por fazer". Não tenho a menor dúvida.
Se a tagline "Looks Can Kill" já é completamente despropositada com o real desenrolar da história, nem sequer me aptece falar do grande, e desculpem o termo, "enrrabanço" que levei com o cartaz. Como podem ver aqui, dá-nos a ideia de uma assassina de sangue frio, que mata tudo e todos com um arpão artesanal e que numa guerra na lama com a Uma Thurman era bem capaz de levar a melhor. Pois bem meus amigos, devem haver poucas mulheres mais inocentes neste mundo, que a personagem da Kelly Brook neste "Three". Um arpão na mão e aquele ar matreiro no poster, neste momento, só me dá vontade de rir, com a não existência de limites no que toca a vender um produto.
A história? Bem, a história poderia ter sido suficientemente interessante para um bom filme de baixo orçamento. Um naufrágio em alto mar faz com que um casal (o reconhecido Billy Zane e a já falada Kelly Brook) e o ajudante do capitão do barco (um daqueles macho latinos muito atraentes, que pesca tubarões com os dentes e parte cocos com a cabeça) vão parar a uma ilha deserta. O macho latino apaixona-se pela mulher, que por sua vez ama o seu marido e não cai em tentações. Mas o tanso do marido mete na cabeça que eles já tiveram um caso às escondidas durante os dias em que o mesmo ficou a boiar longe da ilha, e lá se cria um pau de "três" bicos. Até aqui tudo bem e qualquer desfecho seria aceitável. Qualquer um menos o que Raffill inventou: que toda aquela intriga, pancadaria e arpoadas eram obra - e preparem-se porque roça mesmo o ridículo - ... de actos de Voodoo da antiga namorada do macho latino.
Será possível? Credo, fiquei sem palavras com a fértil (mas inútil) imaginação de Raffill. Qual era a necessidade? Já estou novamente a ver o que pensou este desgraçado: "Isto está a ficar com uma qualidade aceitável, e ainda se esquecem que a Brook está aqui, faz sexo duas vezes com tudo à mostra e passou metade do filme semi-nua. E depois o DVD não vende. Deixa lá inventar algo muito mau para as pessoas falarem dela e não do filme!". Objectivo cumprido. Transformou o aceitável em intragável. O supostamente credível em ridículo. Um thriller solitário num cruzamento de sessão fotográfica da Sports Illustrated com o "Weekend at Bernie's Two".
Nota de Redacção: se fosse apenas pelos apêndices mamários da Kelly Brook levava nota máxima.
sábado, julho 01, 2006
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