sexta-feira, maio 23, 2008

Desafio: Deixem a vossa opinião sobre o novo Indiana


Cumpriu com as expectativas? É o pior da saga ou supera algum dos clássicos da década de oitenta? O que mais gostaram? O que detestaram? Cate Blanchett convenceu como vilã? Shia LaBeouf foi uma aposta ganha? A zona de comentários fica à disposição de todos os que já viram "Indiana Jones and the Kingdom of the Crystal Skull" para debate, pelo que se avisa os restantes que um clique irreflectido pode trazer muitos spoilers indesejados. Quanto ao filme, confesso que saí da sala de cinema desiludido e desapontado. Bastante. Quem mandou entregar a história do filme ao mesmo guionista das sequelas de "Rush Hour" ou de "Speed 2"? Por isso, e ao contrário do que tem sido dito por esse mundo fora, para mim o que faltou ao novo "Indy" não foi o Spielberg de antigamente... foi a máquina de escrever de Philip Kaufman. É a velha questão dos ovos e das omeletas!

36 comentários:

Anónimo disse...

Saíste desiludido e desapontado? Pois eu também... e pior, durante o filme ainda me vieram as lágrimas aos olhos, pelo que fizeram ao "nosso Indy".
Nunca tinha visto o Indiana Jones no cinema, pois o primeiro foi lançado no ano em que nasci, e ainda era pequena quando lançaram o último, mas a verdade é que esta é um marco no cinema de todos nós, e as dezenas de vezes que vi e revi as suas aventuras dão-me o direito de sair desapontada.

Aquele não era o "meu" Indy. Não era o "nosso" Indy!
- A história - perdoem-me os que defendem que nos anos 50 eram os aliens que estavam em voga - é absolutamente ridícula, e não tem ponta por onde se lhe pegue.

- Os efeitos especiais são exagerados demais, e o "suspense of disbelief" desaparece completamente, quando uma personagem sobrevive a um ataque nuclear que destrói toda uma cidade, dentro de um... frigorífico!!! Sim, nos outros filmes saltou-se de um avuião dentro de uma jangada insuflável, e os efeitos especiais da altura não permitiam disfarçar isso t┌o bem.,.. mas mesmo assim parece mais natural do que qualquer efeito especial do novo século usado neste quarto filme.

- Enquanto algumas personagens secundárias não fizeram mais do que estar para lá com ar de doido (ex: John Hurt), outras, como o Mutt do Shia LaBeouf, tiveram destaque a mais. Tenho uma certa aversão ao actor, é certo, mas mais uma vez pude comprovar que ele não tem categoria para estar frente a frente com grandes estrelas - as lágrimas no canto do olho e as expressões exageradas não me convencem.

- A Cate Blantchett: mal aproveitada e completamente exagerada

- A Marion: seeeca

- O Indiana Jones, quando vê a Marion, torna-se num completo idiota apaixonado - inacreditável. O Indy nunca se comportou assim...

E mais, muito mais... muito mais que me fez passar o tempo a mexer na cadeira, a abanar a cabeça, a sair de lá desapontada e com vontade de ir rever a trilogia, para ver se esqueço este filme.

Há heróis de infância que deveriam permanecer na infância. O Indiana Jones é um deles. Prefiro fazer como na saga do Terminator, e ignorar completamente o novo filme, ficando-me pelos clássicos.

(Já agora - as reacções da blogosfera têm sido favoráveis, o que significa que eu não devo perceber mesmo nada de cinema. Oh well...)

João Farinha disse...

Tirando três cenas ridículas (frigorífico, tarzan e o carro na árvore) que me tiraram do momento, gostei bastante do filme. Não estando à altura do primeiro filme da série, está ao nível dos outros dois, de que que gosto bastante. Penso que gostar deste filme depende principalmente de aceitar ou não o factor de ficção cientifica que é introduzido desta vez(não quero estar aqui a dizer o que é, para quem não viu filme), do qual eu tinha algum receio, mas acabei por achar mais credível até que os artefactos religiosos dos filmes anteriores. Gostei do humor, da química entre personagens, de ver Harrison Ford a fazer novamente de alguém que não dele próprio e gostei sobretudo da realização e do argumento (de David Koepp, não de Philip Kaufman), exceptuando os monentos que já referi.

Anónimo disse...

Bem, para poupar as teclas vou copiar o que já tinha escrito no fórum da dvdmania, já agora, onde há bastante gente a adorar o filme (eu não sou um deles):

(ESTE COMENTÁRIO ESTÁ CHEIO DE SPOILERS)

Bem, devo ser o único que não gostou assim tanto do filme, principalmente, porque não queria ver um Indiana Jones sci-fi.

À excepção do Indy, do Mutt e da personagem da Cate Blanchett, os restantes personagens são fracos.

Existem poucos enigmas e os que são colocados são resolvidos à pressa.

Abusam de cenas ridículas, como:

- O Indy dentro do frigorífico;
- A da cobra (que até teve a sua graça);
- A dos macacos e do Mutt à Tarzan;
- Quando eles caiem em cima do formigueiro e o outro jipe passa-lhes por cima sem lhes acontecer nada;
- A Marion a saltar com o anfíbio do precipício, aterrando numa árvore (LLLLOOOLLL!)
- As quedas de água, onde o Ox nunca largou a caveira uma única vez.

E quanto aos CGI, não percebo como conseguem dizer que não são fracos. A sequência da selva teve carradas de cenas em CGI onde os efeitos eram bem perceptíveis. Idem, em relação à parte final, na cena do ovni.

Bem, e eu não costumo ser picuinhas em relação a estas coisas, mas ver o Indy a casar foi um bocado estranho, não?

Pela positiva, gostei bastante do início, desde a chegada à Àrea 51 até à explosão, apesar da sequência do genérico ser bastante fraca. Gostei do Harrison, do Shia, das referências à idade avançada do Indy, do estilo James Dean do Mutt, e das piscadelas de olhos aos filmes anteriores. A Cate Blanchett não me desiludiu em nada (o que é normal).

E vou só acrescentar as duas cenas que mais gostei: o Indy a olhar a nuvem cogumelo e a cena dos indígenas, quando se começa a ouvir o som das fundas a cortarem o ar.

João Farinha disse...

Afinal já que se falou aqui dos Extras Terrestres vou só aprofundar a minha opinião nesse aspecto, já que não os tinha mencionado antes para não revelar nada a quem não soubesse esse aspecto da história...



Quando li pela primeira vez que iriam aparecer extra terrestres e a área 51 na história, achei ridículo e esperava que não fosse verdade. Mas o que acontece é que estes não aparecem no filme pelo facto de nos anos 50 os aliens estarem em voga (de recordar que até estariam já que o suposto incidente em Roswell foi em 1949), é uma questão histórica que vai muito para além disso e tem base nas teorias de que as grandes civilizações como a egípcia, maia ou inca só podiam ter chegado a tão grandes níveis de conhecimento com ajuda de entidades extra terrestres, aliás os existem em templos Maias gravuras de seres de que se assemelham a aliens ou até a astronautas. Não que eu acredite nessa teoria, simplesmente para mostrar que é uma com bases histórias e arqueológicas e não me parece minimamente menos credível ou rebuscada que a arca do testamento matar nazis ou a santo graal existir realmente e dar a vida eterna! Quanto ao resto que o Syrin diz, já entra no campo dos gostos pessoais, a única coisa que posso dizer nesse capítulo é que felizmente gostei bastante do filme, apesar de concordar que há um excesso de efeitos especiais (principalmente nas 3 cenas que referi em cima), e com a pouca profundidade dramática dos dois personagens secundários amigos de Indiana Jones.

Anónimo disse...

A syrin, A syrin! ;)
Para quem não sabe, Siryn é uma mutante dos X-Men, irlandesa e ruiva, e que por acaso também se Theresa. Eu sou a versão portuguesa, não ruiva, não irlandesa, com menos um "h" no nome, e com nickname alterado para não me acusarem de andar a roubar personagens à Marvel.

João Farinha disse...

LOL. Peço desculpa então :p


Sou muito ignorante no que toca a BD.

Carlos Martins disse...

Eu gostei do filme, embora - admito - talvez preferisse que o tema não tivesse sido tão "científico" como estes ETs (que ainda por cima voltam à vida no final, com a cena do OVNI ao estilo "Predator II" ou um qualquer episódio dos X-Files.)

No entanto convém não esquecer que todos os filmes do Indy apresentam cenas igualmente "impossíveis" - ou já se esqueceram do arrancar de corações do segundo, ou o Indy agarrado ao submarino no primeiro?
(e nem falo do terceiro, que esse aí... )

Portanto, nessa perspectiva, sobreviver a uma bomba nuclear num frigorífico (revestido a chumbo - pormenor da etiqueta) passa a ser algo casual, e que apenas poderá causar alguma raiva a Jack Bauer, por ter batido o seu recorde de sobrevivência a bombas nucleares.
:)

DAGC disse...

Copiando o que eu disse noutro local:

"O que se pode esperar de um filme da saga Indiana Jones? Acção, Perseguições, Aventura até dizer chega, Um filme empolgante, belos momentos de comédia... E este filme tem isso tudo. Harrison Ford só se dá pela idade quando se faz um close-up à sua cara... porque de resto, é o velho Indy de sempre. Shia LeBeouf mais uma vez muito bem... o míudo tem mesmo futuro. A história flui como sempre, muito bem, há emoção do primeiro ao último minuto. Os cenários são fantásticos, a cinematografia, parece-me ter sido feita de forma ao filme parecer ter sido feito logo a seguir ao último, e resulta muito bem. Só tem um senão... o final... está pouco elaborado, e não gostei muito do rumo.

Nota: 8/10"

SPOILER ALERT!

Confesso que gostei bastante, não é tão bom como o 1º e o 3º, mas supera o Temple of Doom. Penso que o que mais custa no filme é o rumo que a história leva, não esperava mesmo a introdução de extra-terrestres de forma tão vincada. Mas não se pode gostar de tudo, senão o filme seria perfeito.

O que me está a fazer impressão são as pessoas dizerem que tem muitas cenas irreais... fonix... os outros 3 também tinham... no Temple of Doom até se tiravam corações das pessoas metendo a mão pelo peito a dentro da vitima...

Em resposta às questões ainda não respondidas:
Cumpriu com as expectativas?
Sim. Não esperava mais, nem menos.
Cate Blanchett convenceu como vilã?
A nível de actuação convenceu, mas esperava mais envolvimento dela no desenrolar da história, foi mais uma espectadora do desenrolar da história do que interveniente no seu desenrolar.
Shia LaBeouf foi uma aposta ganha?
Claramente. O Puto tem pinta.

Anónimo disse...

*Spoilers*

Gostei bastante. Só alterava três coisas: o carro a cair na árvore, o Shia a imitar o Tarzan, e secalhar tirava uma meia-dúzia de murros LOL Mas está completamente ao nível dos outros.
Talvez até supere o Temple of Doom, que sempre achei o mais fraco da colecção, e só seja superado pelo Raiders of the Lost Ark.
A cena do frigorífico, por mais inverosímil que seja, está muito "castiça".

O argumento também me agradou. Acho que acrescenta um novo e interessante elemento às descobertas do Indiana Jones. Tinha receio que soasse muito a déjà vú, e que acabasse por ser uma busca como as anteriores, mas pelo contrário, eleva, e bem a fasquia.

A Cate Blanchett cumpre bem o papel de vilã, mais não seria de esperar, e achei o Shia LaBeouf uma aquisição interessante e uma boa aposta para novas aventuras (como deve acontecer). Mas sempre guiado pelo mestre Indy, claro!

A magia de Indiana Jones continua lá, tal como nos outros filmes. Tem o entretenimento, as cenas imaginativas e icónicas, a adrenalina e aventura do mais alto nível, e o argumento inteligente. Harrison Ford pode ter envelhecido, mas isso não fez o personagem perder a capacidade de encantar, como sempre me encantou.

Claro que é só a minha opinião... vale o que vale, mas voltei a sentir a magia que sentia quando via as aventuras do Indy pela primeira vez, e para dizer a verdade, não esperava que me voltasse a dar essa sensação mágica.

Um grande abraço!

Unknown disse...

Todos querem participar em aventuras mirabolantes em que a morte espreita em cada esquina e um novo amor aparece a cada novo episódio. Indiana Jones é, de facto, a coragem do puro homem, a sedução das frágeis mulheres e a utopia dos constantes sonhadores.(…)"Indiana Jones and the Kingdom of the Crystal Skull" é um excelente entretenimento mas em nível qualitativo encontra-se, decididamente, abaixo dos restantes episódios da saga.

Anónimo disse...

syrin nao te preocupes, o resto da blogosfera é que...eu só levava as mãos à cabeça, aquilo nao era o indiana jones, aquilo era pior que o tesouro com o nicholas cage, que os últimos piratas das caraibas ou a múmia (isto nao é um elogio, de todo), o filme anda sempre entre o triste e o lamentável, com piadas faceis, argumento idiota, o indy com apaixonado com cara de parvo, os comunistas que comem criancinhas ao pequeno almoço, tudo previsivel, nao havia necessidade. Spielberg what have you done?

DAGC disse...

Mas o Indy andava apaixonado e com cara de idiota, já nos 3 filmes anteriores.

Indy neste filme já é um homem de idade, que reencontra o seu grande amor... claro que ficou com cara de puto, ainda por cima depois descobre que tinha um filho... Ele sempre foi um "easy-lover"... sinceramente não percebo essa implicação com esse facto.

Todos somos livres livres de ter opiniões, apenas estou a referir um facto que acho que muita gente está a implicar sem grande razão.

Cumps ;)

Carlos M. Reis disse...

Syrin, a questão dos heróis de infância lá permanecerem dá pano para mangas. Não sei se concordo com a mesma. Por mim, desde que se saiba o que se faz, adaptando bem os conceitos antigos aos novos estilos cinematográficos, não há problema. Vejamos o recente Rocky Balboa ou Live Free and Die Hard, que funcionaram comigo tal e qual como antigamente. Só quando falha - com este Indiana, com o Terminator por exemplo, entre outros - é que pensamos dessa forma. Quanto às reacções da blogosfera, valem o que valem, tal como a minha ou a tua ;) Eu, como verdadeiro apaixonado pela triologia inicial, não consigo arranjar desculpa nenhuma para gostar deste. Decepção completa! Beijinhos.

João F, a questão é que nunca na vida devia ser preciso ser amante de um género para gostar das aventuras de Indiana Jones. Nunca foi colocada essa questão sequer à 20 anos atrás. Os diálogos foram fraquissímos e as possibilidades de humor e de química entre as personagens exploradas ao mínimo. Cumprimentos.

ZB, concordo. Os CGI eram facilmente notados, o que tirou imenso impacto às cenas de acção. Quanto a algumas das cenas que referes - a do Tarzan, a do anfíbio ou, para mim, aquela em que Mutt luta com uma perna em cada carro, parando de repente as curvas e os tremeliques dos condutores - eram, de facto, completamente excusadas. Um abraço!

Carlos, pelo menos para mim o problema não é ter sido ETs. O problema é nenhuma parte da história ter agarrado o espectador como antigamente. A aventura e as suas motivações foram fraquissímas em termos de narrativa apaixonante. Um abraço!

DAGC, também não gostei nada do final. Uma desilusão apática mesmo. A Cate Blanchett convenceu-me enquanto actriz, mas não a sua personagem. Vilã fraquinha. Um grande abraço!

RJ, apesar da cena final indicar o contrário, também tenho poucas dúvidas que o Shia terá a sua própria saga daqui a uns anos. É quase certo. Um grande abraço!

Fifeco ;) Cumprimentos.

WTF, que a Múmia? Há limites ;D Cumprimentos.

Obrigado a todos pela discussão!

Carlos Martins disse...

Não esquecer que a cena da luta com uma perna em cada jipe, foi um autêntico piscar de olhos à cena passada no Temple of Doom, com a moça a ser puxada entre os dois carrinhos nas minas. Portanto... enquandra-se perfeitamente no espírito Indiana Jones - a única parte excusada era o moço estar a ser constantemente atingido nas partes baixas... mas o humor americano gosta dessas coisas... dou o devido desconto. ;)

NL disse...

Ficou-me a sensação de que a história podia ter sido outra, ou talvez, o desfecho podia ter sido outro.

Por outro lado parece-me que é um filme cheio de referências aos filmes de aventuras à moda antiga e a outros também. Acho que é por isso que a cena à Tarzan lá está, para homenagear o respectivo.

O duelo de espadas a fazer lembrar os velhos filmes de capa e espada. A entrada do Shia LaBeouf à Marlon Brando no The Wild One. Até as inscrições nas paredes «Return Home» fazem lembrar «Phone Home» e há os ET claro...

Ou então não!

José Quintela Soares disse...

Há idades para tudo...

David Santos disse...

Quero só deixar uns reparos para o Knox, relativamente ao texto inicial.
Quem fez o argumento dos Salteadores da Arca Perdida foi Lawrence Kasdan a partir das ideias do Lucas e do Spielberg, o Kaufman também participou mas o seu papel não foi tão decisivo.
Relativamente a este novo Indiana, o argumento é do David Koepp, a partir de uma ideia desenvolvida pelo Lucas e com o Jeff Nathanson o tal dos Speeds...etc...
Os argumentos costumam passar sempre por várias mãos, todos eles tem passado, antes de chegar ao draft final.

JB disse...

O filme ate pode ser o pior dos 4, mas não deixa de ser muito bom. Tem tudo o que um Indiana Jones deve ter: aventura, enigmas, comédia, acção, etc...

Ouvi e li dizer que o filme não era bom porque estava cheio de cenas impossiveis e extra-terrestres, mas para esses eu digo que se lembrem bem dos filmes anteriores. Que me lembre, arrancavam corações, insuflável cai de um avião, combate nas linhas férreas, e muito mais... E em relação aos extra-terrestres, bem o filme passa-se na década de 50, por isso é coerente. Com a polémica de Roswell e a Area 51, era normal pegar-se no tema. O final é que até posso concordar que foi exagerado. Mas Spielberg estava entusiasmado e deixou-se levar.

E depois o filme está cheio de piscadelas à saga: seja com a cobra, Marion, a Arca Perdida faz o seu cameo, Pancho Villa da série do jovem Indiana, etc.

Depois tem uma vilã memorável, um Shia LaBeouf que parece saído do Grease, mas impecávgel...

Por tudo isso e muito mais, Spielberg dá umas lições a esses realizadores da nova geração de como se faz puro entretenimento, sem tirar qualidade.

Resumindo, poderá ser o pior da saga, mas é bem melhor que muitos filmes de aventuras que se têm feito ultimamente como os Tesouros com Cage ou Tomb raiders, etc...

Anónimo disse...

Parece-me insensato culpar o argumentista do Speed 2 e do Rush Hour e desejar o Philip Kaufman, pois tal como o David Santos disse, ambos tiveram uma importância irrelevante na criação desta saga. Até por que o mais importante é mesmo o guião e todos os filmes do Indiana jones tiveram um guionista diferente.

Infelizmente ainda não vi o filme.

Cumps ;)

Anónimo disse...

Não posso dizer que tenha ficado decepcionada de todo mas muito sinceramente os filmes anteriores esmagam este pelo brilhantismo.
Para começar, e indo contra todas as minhas expectativas, nunca vi uma Cate Blanchett ser tão desaproveitada como neste filme.
Contudo, deliciei-me com um Harrison Ford extremamente inspirado, como sempre aliás, o que me leva a dizer que Indiana Jones is THE men!
No que diz respeito ao Shia LaBeouf, bem, para começar não achei muita piada a forma como está vestido, copiando por completo a mota e o estilo da personagem do Marlon Brando em "The Wild One", mas ai a culpa não é dele.
Apesar de ser um actor com um futuro promissor, efectivamente Shia não tem de todo o carisma de River Phoenix, muito menos pernas para dar continuação a sequela Indiana Jones.
Apesar de tudo, Indiana Jones e o reino da caveira de cristal fizeram com que saisse do cinema relativamente satisfeita, apesar de sem duvida achar que Spielberg deveria ficar por aqui e partir para outras paragens!

Cataclismo Cerebral disse...

Considero-o um filme fraco, claramente o pior da saga. Algumas interpretações não me convenceram, especialmente a de Cate Blanchett, que vai muito mal. O argumento não está devidamente trabalhado, a realização de Spielberg não parece ser de quem é e a elevada dose de CGI corrompe a essência desta saga. Uma desilusão!

Abraço

Anónimo disse...

É pior que os anteriores mas não desiludiu. Confesso que esperava pior. O espírito mantém-se intacto, diverti-me bastante com as aventuras do sr. Jones (bem acompanhado pela sempre magnífica Cate e pelo jovem Shia).

Carlos M. Reis disse...

Carlos, NL e Blog da Pipoca, não critico o conceito e a ideia da cena em si, mas a execução. Enquanto que todos os outros filme trazia-nos situações irreais... mas tão bem feitas que se tornavam credíveis, este - e essa cena, por exemplo - não o fez. Cumprimentos ;)

José, tal como já foi discutido, não concordo ;) Um abraço.

David e António, agradeço então a correcção. Tinha ideia que o Kaufman tinha tido um papel preponderante no primeiro e no terceiro filme da saga - que, curiosamente, são os dois melhores para mim. Cumprimentos.

Cara Rosa Tavares, não discuto o carisma de Shia - muito menos entro em comparações com River Phoenix, onde perde claramente - mas tenho poucas dúvidas que terá pernas e pente para continuar com a sua própria saga. A criação de tiques - pentear, dominío das facas, ser filho de Indy etc etc - parece-me ser propositado para esse objectivo. Cumprimentos.

Cataclismo, concordo por completo quando ao CGI. É engraçado que algumas das criticas positivas ao filme - Nuno Markl, por exemplo - foquem a acção de duplos e o pouco CGI usado. Vimos todos o mesmo filme? Um grande abraço!

H. ;) Beijinhos.

Anónimo disse...

E os cavalos? Nem 1????

Guilherme Alves disse...

Sim, nem um cavalo. Tudo excessivamente motorizado, tecnologizado secando a riqueza de personagens anteriores e interacção dos mesmos. Há umas apresentações iniciais das principais características de cada um mas tudo desvanece com o desenrolar do filme que não nos agarra pelo pescoço como os outros. King Kong teve cenas idênticas a este Indiana na selva. A ideia dos Extraterrestres é coerente em termos de argumento próprio mas NUNCA compatíveis com o gene cinematográfico de Indiana. NUNCA!

À sombra da bananeira disse...

Não há muito a acrescentar.
Não sendo objectivamente um filme mau, é-o por comparação com os seus míticos antecessores. Por isso, a enorme decepção. O melhor é esquecer isto e guardar as boas recordações da fantástica trilogia inicial.

brain-mixer disse...

Deveria haver um cartaz enorme à entrada da sala antes de entrar para ver este Indy 4: "A quarta aventura passa-se nos anos 50, em plena Guerra Fria, homenageando assim os filmes de série B de Ficção científica". Quem diz mal ou é por opinião pessoal (totalmente aceite) ou por ignorância (relativamente aceitável, para a próxima estudem!) ou apenas por birra estúpida (isso então, se fosse assim, que não se lembrassem de sair de casa agarrados aos VHS com mais de 10 anos....)
Isto é só um desabafo para exemplificar que todos os heróis mudam consoante a época. Lembrem-se da saga "Alien" com os quarto filmes totalmente diferentes uns dos outros. Talvez o terceiro Indy é que era muito parecido ao primeiro, isso é que deu cabo das contas todas :S

E Knox, abração ;)

Carlos M. Reis disse...

Guilherme, de acordo. Trocava aquelas híbridos e as carradas de CGI por alguns cavalos e um bando de duplos. Cumprimentos.

Bananeira, indeed! Cumprimentos.

Edgar, não julgo que seja assim tão linear. Isso parece desculpa de quem se julga dono da razão ;D Acho que pegar numa das personagens mais míticas da história do cinema para servir como base a uma homenagem aos filmes de série B é uma autêntica parvoíce. Spielberg não precisava de homenagear nada mais além do que o próprio Indiana, que por si só tem pano para mangas. Um grande abraço, fico à espera do marketing viral para a Take :D

David Santos disse...

A minha maior desilusão é o facto como foi desenvolvido o tema principal que na minha óptica seria ver Indy no papel de pai.
Principalmente em comparação com a Grande Cruzada.
O filme quer ser tudo e no final fica a meio de nada.
1)Quer reflectir os anos 50, epoca atomica, do caso Roosevelt e dos ET, da espionagem, das caças à bruxa.
2)Quer ser divertido
3)Quer ser romântico
4)Quer ter grandes cenas de acção

Não há nada para contar, a relação pai/filho é desperdiçada, com meia dúzia de piadas banais, a relação amorosa com Marion é resolvida numa frase banalissima, "já tive várias, mas nenhuma tinha as tuas qualidades", então o casamento nem se percebe, pessoas que já não se viam há tanto tempo bem....
O pai e o Marcus Brody são reduzidos a fotografias.
Fiquei desiludido...mais pelo lado humano que caracterizava os outros filmes, versus este que parece uma sequela do Múmia.
Estou de luto...

spring disse...

A magia de Indiana Jones foi substituída pelo desejo de facturar na box office e os resultados são bem visiveis... resta-nos esperar por "Lincoln" para perceber os novos caminhos traçados por Spielberg.
abraço cinéfilo
paula e rui lima

Carlos M. Reis disse...

David, a ideia do "Quis ser tudo e acabou por não ser quase nada" parece-me perfeitamente adequada. O filme vai buscar uns pózinhos aqui e ali mas falha completamente num aprofundamento fértil em qualquer uma das vertentes. Cumprimentos!

Paula e Rui Lima, não me parece que seja uma desculpa a do Box-Office. O filme, fosse o que fosse, iria sempre ganhar centenas de milhões na Box-Office. O nome Indiana Jones vende por si próprio. Esperemos que Lincoln seja mesmo um regresso em grande força de Spielberg. Cumprimentos!

Anónimo disse...

Finalmente fui ver o Indy, já depois de ler todas as criticas, e assim, em vez de ter as expectativas altas, tinha as expectativas baixas, e portanto não foi tão mau, como eu estava à espera!!!

Existe um facto que tem sido pouco referido, é que 1981 os Salteadores foram um novo genero de fazer Cinema, e desde então 'milhares' de filmes parecidos foram feitos, como por exemplo o National Treasure. O desafio de fazer algo fiel ao original Indiana Jones, sem repetir nada daquilo que foi nos ultimos 27 anos, era enorme.
Outra tentação enorme, foram os efeitos especiais, nos 3 primeiros filmes, as filmagens foram feitas 'in location', na India, no Cairo, na Jordânia, em Veneza, entre outros, hoje em dia poucas são as produções que se dão a esse luxo, e assim perde-se magia. Neste filme além dos campus de New England, resolveram fazer praticamente tudo em Blue Screen(ou Green)...
Só tivemos uma tribo de Selvagens, e as cenas de acção não conseguiram ser tão credíveis, como as anteriores.
Agora sobre ET, discordo um pouco da tendência geral, em todos on Indys houve situações Sobrenaturais, a Arca assassina nos Salteadores, as Pedras, e o tirar o coração com os dedos no Templo, e o Cruzado com mil anos a guardar o Santo Graal, sempre um tema religioso, e existem alguns(excêntricos) que pensam, que os grandes profetas de todas religiões do passado, não eram mais do que ET!!! encontros imediatos, transformados em mitos religiosos...!!!
Faltaram também os enigmas, nas ruinas, foi tudo muito fácil...

Vi o filme com um Puto(13 anos), que teve o descaramento de admitir que nunca tinha visto os Indys anteriores, no final ele estava contente...!!!

Carlos Martins disse...

O Abidos focou um ponto que realmente me deixou saudades: as armadilhas.

Isso sim, deveriam ter havido mais algumas surpresas. Quando eles chegam ao cemitério, dá a impressão que vai haver "coisa", quando o Indy pára o filho, para que este não se precipite por lá dentro... mas não deu em nada...
(Ou então foi uma cena que acabou cortada e fica reservada para a "extended version." :)

Carlos M. Reis disse...

Como disse atrás Abidos, o meu problema não é ser ET's ou Cruzados. É a falta de suspanse na cena final, por exemplo, e a credibilidade inexistente em tudo o que foi usado e criado para abordar a temática extraterrestre. Enquanto que nós olhavamos para o Cruzado e acreditava-mos naquilo, olhavamos para o arrancar do coração e acreditavamos naquilo, neste Indy, para mim pelo menos, foi indiferente. Como já disseram, tentou abordar de tudo um pouco e acabou por não aprofundar nada. Um abraço.

Carlos, sem dúvida. Esse foi um dos aspectos completamente negligenciados (ou melhor, trocado pela cena do formigueiro, que como já sabemos o seu desfecho, não cria qualquer expectativa). Um abraço.

DAGC disse...

Sinceramente acho que o que afectou em grande parte a opinião da maior parte das pessoas, foi a expectativa... foram anos e anos de expectativa e depois como todos sabemos isso sobe sempre a fasquia de qualquer filme.
Depois juntando ao facto (perdão agora é fato... :D) de o filme ter uma temática pouco consensual... dá a maior parte das criticas de que se fala.

A questão que se põe é: «Será que o script de Frank Darabont, que o Spielberg tanto gostou e o o george Lucas rejeitou, estaria melhor que este?»... uma questão a pensar...

Carlos M. Reis disse...

Dada as provas já dadas pelo Darabont e a estranha incapacidade do que foi aprovado em arrebatar a audiência, tenho quase a certeza que sim. Pode ser que um dia vaze para a internet... Um abraço DAGC!

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