Quando no início dos anos oitenta o desconhecido James Cameron começou a trabalhar o guião de “The Terminator”, o entusiasmo dos produtores e do público era quase nulo. O seu filme de estreia, “Piranha II: Flying Killers”, assim o condenava à desconfiança geral e a um atraso de vários anos até finalmente conseguir lançar a fita, em 1984. Um quarto de século depois, a apesar do mito de culto criado ao redor do Dia do Julgamento, de John Connor e dos exterminadores da Skynet, o cenário não foi muito diferente quando a notícia saiu de que seria McG a continuar uma saga que, já em 2003, tinha levado um duro golpe dada a diferença abismal de talento e intenções entre Cameron e Jonathan Mostow. Com uma nova contrapartida: McG já não era uma dúvida mas uma certeza que tinha provado por variadas vezes ser um realizador que privilegiava o estilo e acção sobre a narrativa e a profundidade dramática e estrutural. O receio de que um marco do cinema de ficção científica fosse banalizado, uma vez mais, e colocado ao nível de uma qualquer sequela de “Charlie’s Angels”, apoderou gerações de cinéfilos.
Agora que “Terminator Salvation” chegou até nós, é justo dizer que McG superou-se a si próprio, orquestrando o melhor filme da sua ainda curta carreira. Verdade seja dita, tal não era um desafio difícil de alcançar. E, infelizmente, McG fê-lo sem mudar de personalidade artística e confirmou que precisa de usar a sua “muleta” de acção desenfreada para disfarçar incapacidades óbvias de construção narrativa. O que lhe vale é que foi, desta vez, uma “muleta” banhada a ouro, mais do que suficiente para um coxo ganhar uma corrida contra um perneta – entenda-se terceiro capítulo – e dar asas a uma possível nova trilogia, desta vez focada num espaço temporal posterior ao Dia do Julgamento. Venha o que vier, temos que perceber de uma vez por todas que acabaram-se os cem metros olímpicos de Cameron.
Num breve enquadramento, “Exterminador Implacável: A Salvação” tem lugar no ano de 2018, numa pós-apocalíptica Califórnia. A guerra entre humanos e as máquinas pelo domínio total do planeta é uma realidade e John Connor começa a marcar posição enquanto uma das figuras de proa do movimento de resistência humana. Kyle Reese, o seu “futuro” pai, é apanhado e tornado prisioneiro da Skynet, o que obriga Connor a mudar o plano de bombardear a sede das máquinas para um esquema suicida com Marcus Wright, um estranho cuja falta de memória detém o segredo que trilhará o destino da humanidade.
Se a premissa é mais do que aceitável, a sua concretização rapidamente se transforma num guião repleto de falhas e incoerências narrativas. Entre elas, destaque para as personagens, das novas às repetentes, serem muito pouco exploradas – o exemplo mais dramático é o da namorada de Connor, interpretada por Bryce Dallas Howard, cuja gravidez não é sequer referida, apesar de notória, e o seu papel na vida do herói ser resumido a um par de beijos e abraços – ou para o facto de as máquinas da Skynet conseguirem detectar uma música de rádio a quilómetros mas não descobrirem a resistência quando estes lançam um bombardeamento feroz a uma das personagens. Há muitas outras falhas chocantes – entre elas, Reese estar no topo da lista “a exterminar”, mas quando é capturado ser enclausurado ao contrário de tantos outros, rapidamente aniquilados – que conduzem a uma conclusão óbvia: McG perdeu o fio à meada no fantástico espectáculo pirotécnico que criou.
Ao elenco, pelo contrário, poucas lacunas podem ser apontadas. Christian Bale cumpre os requisitos mínimos, ajudando a construir com a sua voz cerrada e interpretação metódica o ambiente enevoado e cinzento da obra, sem dúvida um dos maiores feitos artísticos de McG em “Exterminador Implacável: A Salvação”. O que falta a John Connor, enquanto líder carismático, deve-se à fraca caracterização concedida pelos guionistas – basta dizer que são os mesmos de “Catwoman” e não ao talento inquestionável de Bale. O joven Anton Yelchin conquista a audiência com a sua simplicidade e honestidade dramática, cabendo no entanto a Sam Worthington o melhor papel e, consequentemente, a melhor interpretação da obra. Destinado ao estrelato, a sua presença cativante na tela promete um futuro auspicioso em Hollywood. Moon Bloodgood confirma-se enquanto uma das mais belas e exóticas actrizes da actualidade – mas fica por aí, já que a sua personagem pouco mais necessitou do que isso – e Michael Ironside é completamente arrasado por clichés arrogantes e patéticos.
Independentemente dos paradoxos resultantes da falta de linearidade temporal das várias histórias que se cruzaram ao longo dos quatro capítulos da saga, o problema real de “Terminator Salvation” foi o argumento ter sido entregue a uma equipa de guionistas que não o merecia. A construção narrativa acabou por meter água por todos os lados e os diálogos – à excepção do discurso de rádio de Connor perto do final – poderiam ter sido escritos por uma criança do ensino básico, tão vácuos e inconsequentes que provaram ser. McG fez o que podia – e da forma que sabia - para salvar o filme da mediocridade, entregando ao público um pacote de acção formidável e um ambiente escuro, tal como os sonhos de Sarah Connor um dia preconizaram. Resta esperar que um próximo episódio, quase certo dado o final aberto da fita, saiba aproveitar todas as potencialidades de uma história e de um universo ficcional único.
terça-feira, junho 30, 2009
segunda-feira, junho 29, 2009
10 Blogues, 5 Filmes, 1 Realizador - Fevereiro de 2009
"Quem Quer Ser Bilionário" e "O Wrestler" claramente uns furos acima da concorrência. E para vocês, caros leitores, qual o vosso favorito de Danny Boyle? Na blogosfera, empate técnico.
Leva a Take 16 para casa - Vencedora
Com 70% dos votos, Maria Sousa é a grande vencedora do passatempo do Cinema Notebook "Leva a Take 16 para casa!". Com maioria absoluta, a legenda "Combatemos juntos na Guerra do Ultramar" arrasou com a concorrência. A vencedora receberá assim uma edição encadernada única e exclusiva da Take 16.
domingo, junho 28, 2009
10 Blogues, 5 Filmes, 1 Realizador - Janeiro de 2009
Tanta estrela, minha nossa. Sem dúvida alguma a edição mais participada da história desta rubrica. Elephant, filme sobre o massacre de Columbine, é claramente a obra favorita de Gus Van Sant da maioria dos bloggers cinéfilos nacionais. Para mim, e falando obviamente do que conheço da filmografia do realizador, é a sua fita menos conseguida. Vicky Cristina Barcelona, de Woody Allen, prima pela mediania.
sábado, junho 27, 2009
10 Blogues, 5 Filmes, 1 Realizador - Dezembro de 2008
Com meio ano de atraso - culpa exclusivamente minha -, voltam as tabelas de classificações que envolvem dez estaminés de referência da blogosfera cinéfila nacional. Como podemos agora relembrar, Dezembro passado foi um mês fraco fraquinho de estreias - ao contrário de Janeiro, como poderão confirmar amanhã. Como é tradição, a tabela de Dezembro marca também a escolha do melhor filme do ano. The Dark Knight e There Will Be Blood, com três nomeações cada, lideram as escolhas.
Nota de Redacção: Aproveito a ocasião para agradecer publicamente a todos os convidados da tabela por continuarem a participar nesta iniciativa.
Passatempo: a decisão está nas vossas mãos
Já foram escolhidas pelo director da Take as três legendas/falas finalistas do passatempo "Leva a Take 16 para casa!". A decisão agora é de todos os visitantes, que podem votar na sua favorita na barra lateral do blogue até às 23:59 de amanhã, domingo. Dada a considerável participação, pode ser que esta seja uma iniciativa que se repita nos próximos meses. Variando os moldes para, tal como a revista, estar sempre a inovar.
sexta-feira, junho 26, 2009
Farrah Fawcett
Não fez um ano que falei dela enquanto símbolo de uma revolução. A fotografia em causa nessa entrada viverá eternamente.
O Rei da Pop e de Ahmadinejad
A morte de Michael Jackson foi o pior que podia ter acontecido aos manifestantes no Irão.
quinta-feira, junho 25, 2009
E tudo a Academia nomeará...
The Motion Picture Academy announced Wednesday that for the first time in more than 65 years, the field of best picture nominees will be expanded to 10 contenders for the 82nd Annual Academy Awards. "Having 10 best picture nominees is going allow Academy voters to recognize and include some of the fantastic movies that often show up in the other Oscar categories but have been squeezed out of the race for the top prize," said Acad prexy Sid Ganis in announcing the shift. "I can't wait to see what that list of 10 looks like when the nominees are announced in February."Eu percebo e até tolero a alteração estrutural, apesar da possível e provável banalização da categoria. Mas não pelas razões apresentadas por Sid Ganis, como é óbvio. A única justificação para esta medida tem que passar pelo combate à semi-crise que ataca Hollywood. Como todos sabem, qualquer filme nomeado a "Melhor Filme" pela Academia vê as suas receitas serem triplicadas ou quadriplicadas em poucas semanas. Esta é uma forma de levar mais gente ao cinema e, provavelmente, conseguir maior audiência para a cerimónia. Não há mal, é negócio. Mas haja frontalidade para o admitir. Só espero que as restantes categorias não sofram mudanças semelhantes, pois seria descredibilizar todos aqueles que lutaram vidas inteiras para terem, por vezes, apenas uma ou duas nomeações na sua carreira. Começar a "vendê-las de barato" a qualquer um que tenha uma interpretação simplesmente acima da média ou um trabalho de realização "jeitoso" será um insulto grave a dezenas de grandes players do cinema que nunca tiveram essa oportunidade.
O cérebro é um lugar estranho
O Miguel descobriu isto - que, por acaso, fez-me correr que nem um louco há uns anos por lojas online canadianas e americanas à procura, sempre sem sucesso - e eu, não sei bem porquê, lembrei-me destas duas:
Saudades do tempo em que os trabalhos de casa de Matemática eram a nossa maior preocupação e não perder um único episódio de séries banais como estas tornava-se, muitas vezes, uma verdadeira odisseia entre VHS de marcas estranhas e correrias dos treinos para casa, para delirar com o genérico "saltitante" das nadadoras de fato-de-banho vermelho.
Saudades do tempo em que os trabalhos de casa de Matemática eram a nossa maior preocupação e não perder um único episódio de séries banais como estas tornava-se, muitas vezes, uma verdadeira odisseia entre VHS de marcas estranhas e correrias dos treinos para casa, para delirar com o genérico "saltitante" das nadadoras de fato-de-banho vermelho.
quarta-feira, junho 24, 2009
Stallone com Woody Allen
Eu que sou admirador confesso de Woody Allen e tenho umas quantas prateleiras cá de casa reservadas para a sua filmografia, não fazia ideia que o nova-iorquino e Sylvester Stallone já tinham estado juntos na tela. É por estas e por outras que aqui o nosso amigo xunga ainda é o maior desta aldeia!
Festival de Cinema de Humor
Vai arrancar dia 4 de Julho, em Albufeira, a primeira edição do Festival Internacional de Cinema de Humor (FICH), reunindo em território nacional 45 obras, oriundas de mais de 23 países. O mote é "deitar abaixo o mau humor". Com o objectivo de "dar visibilidade às diferentes formas de humor cinematográficas no mundo" e de "ser uma festa anual de referência nacional e internacional", o FICH conta com diversos membros da comunidade humorística portuguesa e internacional, como Terry Jones, dos Monty Python. [F]
terça-feira, junho 23, 2009
Já os viram por aí?
O Brain-Mixer mostra-nos que os exterminadores da Skynet começam a tomar conta da capital portuguesa. Ou será que não passa de uma ilusão? Dê por onde der, a verdade é que o artigo Take do Pedro Soares e do João Paulo costa sobre a saga de Cameron, Mostow e McG está um mimo. E nem as entrevistas exclusivas de Paulo Portugal aos três protagonistas - em fotografia aqui, num desafio que, como podem ver agora, deixava no início do mês uma grande pista sobre esta edição da revista - faltaram para abrilhantar a coisa.
Eu ainda tenho fé em Shyamalan
The story follows the adventures of Aang, a ten year old successor to a long line of Avatars, who must put his childhood ways aside and stop the Fire Nation from enslaving the Water, Earth and Air nations.
segunda-feira, junho 22, 2009
Take 16 - Junho de 2009
Por mais que a conquista seja, grande parte das vezes, um acaso que depende mais das falhas dos vencidos do que do génio do vencedor, a verdade é que esta edição de Junho da Take Cinema Magazine marca uma evolução clara na capacidade de manobra de todo um projecto. Prova disso são as cinco entrevistas totalmente exclusivas - ou seja, feitas por colaboradores internos e não, como é tradição em Portugal, compradas ou recebidas gratuitamente para tradução por parceiros editoriais – desencantadas para este número, num rasgo de vontade que deixa claro que queremos mais, muito mais do que já fizemos até aqui. E, acima de tudo, que não nos rendemos ao fado português de que basta fazer o suficiente, neste país pequenino plantado à beira-mar, para ser bom. Não! Os elogios e as propostas de colaboração vindas de alguns dos mais ilustres e conceituados cinéfilos nacionais enchem-nos de orgulho, mas continuaremos a quebrar barreiras e fronteiras. Porque é esse desafio que nos dá uma razão para continuar a existir, contra todas as dificuldades – e o nosso director é o principal alvo de todas elas.
Mas é bom também deixar algo claro. Um dia tudo isto será uma memória. Não é possível garantir que a boa vontade de toda uma equipa e a disponibilidade pessoal e profissional do “faz tudo” da revista não termine, subitamente, de um momento para o outro. Não há contratos ou garantias financeiras associadas à Take que permitam uma atenção especial e única ao projecto ou que justifiquem que o futuro dos que, arduamente, tornam este sonho antigo uma realidade constante nos últimos dezoito meses possa ser prejudicado. Ingenuamente, alguns de nós sonhámos nos primeiros meses de 2008 que hoje o amadorismo já teria sido substituído por uma estrutura profissional, que garantisse retornos financeiros suficientes para assegurar a sobrevivência desta iniciativa marginal. Tal não aconteceu e, provavelmente, não virá a acontecer. Por isso, cada nova edição é trabalhada como se fosse a última. Resta aproveitar e esperar que aquele e-mail milagroso apareça a tempo.
domingo, junho 21, 2009
Band of Brothers v.2.0
Executive produced by Steven Spielberg and from the creators of “Band of Brothers”, "The Pacific" is a a 10-part HBO mini-series which tells the intertwined stories of three Marines, Robert Leckie (played by James Badge Dale), Eugene Sledge (Joe Mazzello) and John Basilone (Jon Seda), during America’s battle with the Japanese in the Pacific during World War II.
Produced on a reported budget of more $200 million (some have reported $250 million), and shot on location in Australia, the series follows (from an early press release) “The extraordinary experiences of these men and their fellow Marines take them from the first clash with the Japanese in the haunted jungles of Guadalcanal, through the impenetrable rain forests of Cape Gloucester, across the blasted coral strongholds of Peleliu, up the black sand terraces of Iwo Jima, through the killing fields of Okinawa, to the triumphant, yet uneasy, return home after V-J Day.” [F]
sábado, junho 20, 2009
Citação da Semana (XXIX)
"As grandes nações sempre agiram como gangsters; as pequenas, como prostitutas." Stanley Kubrick.
sexta-feira, junho 19, 2009
"Ghostbusters: The Videogame" lançado hoje
"Ghostbusters: The Videogame" é lançado hoje para Playstation 2 e Playstation 3, no âmbito das celebrações do 25º aniversário do filme original. O jogo foi escrito pelos autores originais do filme, Harold Ramis e Dan Aykroyd, contando ainda com Bill Murray e Ernie Hudson, que emprestam as suas vozes e imagens à trama. Paralelamente, a versão em Blu-ray do filme "Ghostbusters" será lançada em Julho, como complemento às celebrações. [F]
E se "Perdidos" fosse uma sitcom dos anos 90?
A resposta está no TV Squad. Enquanto não chega a temporada final da série de culto - até custa pensar que já só faltam 16 ou 17 episódios para tudo acabar -, há que encontrar novas formas de matar o bichinho.
quinta-feira, junho 18, 2009
Passatempo: Leva a Take 16 para casa!
Passatempo: a melhor legenda/fala para a fotografia é premiada com uma edição impressa encadernada da próxima edição da Take Cinema Magazine, ou seja, a nº16, de Junho.
A participação é feita através do e-mail do blogue - cinemanotebook[at]gmail.com. Condições para participação válida:
- o leitor do Cinema Notebook tem que estar registado na newsletter da Take Cinema Magazine com o mesmo e-mail com que participa;
- só serão aceites participações enviadas até às 23:59 do dia 25 de Junho de 2009;
- só será considerada válida uma participação por leitor;
- serão escolhidas as três legendas/falas mais criativas e originais, por mim e pelo director da revista, sendo posteriomente submetidas, no dia 26, a votação pública no Cinema Notebook durante 24 horas. A participação mais votada pelos leitores será a vencedora deste passatempo.
quarta-feira, junho 17, 2009
Quais os limites do marketing cinematográfico?
No cartaz promocional do novo capítulo - o terceiro - da saga "Goal", podemos ler: "Featuring Superstars David Beckham, Wayne Rooney and Ronaldinho". Não vi o filme - aliás, como nenhum dos restantes -, mas a polémica já estalou um pouco por toda a internet: pelos vistos, as estrelas supra mencionadas apenas aparecem em imagens de arquivo de jogos de futebol do Mundial de 2006, numa televisão dentro do filme. Alguns dos craques, entre muitos outros como Petit - a refilar com o árbitro - ou Cristiano Ronaldo - a marcar um dos penalties contra a Inglaterra. Que tipo de marketing será este, que engana clara e desavergonhadamente o espectador?
Sequência de Créditos Iniciais Memorávéis (VIII)
Humor negro na sua excelência na abertura de "Harold & Maude", no início da década de setenta, numa sonoplastia perfeita que usa "Don't Be Shy", de Cat Stevens, para dar um pontapé de saída memorável para um filme de culto.
50 websites obrigatórios para cineastas
The Internet offers moviemakers a unique opportunity for sharing their work with the world. But distribution is not the only way the Web can assist aspiring and seasoned auteurs alike. From pre-production through post, millions of Websites help today’s cinema artists further their careers. How can you separate the best from the rest? MovieMaker does it for you.
terça-feira, junho 16, 2009
Portman será "Cisne Negro" de Aronofsky
O "The Hollywood Reporter" noticia que Natalie Portman - que até careca conseguiu despedaçar muitos corações, entre eles o meu - será a protagonista do próximo filme de Darren Aronofsky, "The Black Swan". Thriller sobrenatural anunciado no início de 2007 pelo realizador, a obra marcará o regresso de Aronofsky às origens, depois de conquistar o público e a crítica com o dramático "The Wrestler".
Danny Trejo fora de The Expendables
Danny Trejo é um dos mais estranhos guilty pleasures cá da casa. Gosto dele e acho que tem pinta como poucos, na sua simplicidade e rudeza interpretativa. Infelizmente, confirmou ao "Gordon and the Whale" que nunca foi contactado por Stallone ou ninguém ligado a "The Expendables" para fazer parte de um dos elencos mais falados dos últimos tempos. Negado o rumor, não vale a pena ficar triste: na mesma conversa, Trejo confirma que Robert Rodriguez está a planear avançar com "Machete", um spin-off de "Planet Terror", que terá o próprio Trejo como protagonista.
It will catch you wherever you go...
Segundo noticia o britânico Times Online, parece que o pressuposto narrativo que deu origem aos diversos "Final Destination" ganhou contornos reais.
"An Italian woman who arrived late for the Air France plane flight that crashed in the Atlantic last week has been killed in a car accident."
segunda-feira, junho 15, 2009
Guitarra de Sting, botas do Cristiano ou camisola do Figo?
A guitarra-baixo Fender, doada e autografada por Sting, é um dos objectos do leilão organizado pela Associação Portuguesa Contra a Leucemia (APCL) para angariar receitas para a luta contra a Leucemia, no âmbito do concerto bianual da Associação, que se realiza no Pavilhão Atlântico, dia 2 de Julho. O instrumento está em licitação até ao dia do espectáculo, junto com outros objectos oferecidos por personalidades do mundo da cultura, ciência, desporto e música. As peças em leilão podem ser observadas de perto no BES Arte & Finança, no Marquês do Pombal.
Entre as figuras que se associaram à causa estão Graça Morais, que doou um quadro inédito, o primeiro em que pinta uma criança, Luís Figo, que associou a sua Fundação, doando uma das últimas camisolas que usou na carreira de futebolista no Inter de Milão, e Cristiano Ronaldo, que ofereceu as chuteiras com que disputou a final da Liga dos Campeões Europeus. Também Mariza, Camané e Rui Veloso, entre outros, contribuíram com objectos pessoais.
O concerto bianual da APCL realiza-se no dia 2 de Julho, no Pavilhão Atlântico. Este é um dos momentos altos das actividades desenvolvidas pela Associação para a angariação de fundos. Em palco estão o Maestro e tenor José Cura, a fadista Mariza, Luís Represas, Rui Veloso, Camané, Pedro Caldeira Cabral e Los Calchakis, todos acompanhados pela Orquestra Sinfónica Portuguesa e pelo Coro Lisboa Cantat. A apresentação está a cargo de Catarina Furtado.
O concerto e o leilão visam a angariação de fundos para a APCL, destinados ao apoio ao Registo Português de Dadores de Medula Óssea e à investigação dedicada ao tratamento da leucemia, uma doença que afecta 1.000 pessoas todos os anos em Portugal.
Três dicas para começar a semana
Brian Lynch descobriu que "30 Rock" é um rip-off dos Marretas. Já o In Contention organizou uma lista com as dez melhores falas dos "Ghostbusters", para celebrar os 25 anos do filme de estreia. Por fim, J.J. Abrams confirmou que irá produzir uma quarta "Missão Impossível".
domingo, junho 14, 2009
sábado, junho 13, 2009
sexta-feira, junho 12, 2009
House é a série mais vista em todo o mundo
A agência Eurodata TV Worldwide anunciou esta semana que "House" foi a série mais vista em todo o mundo no ano passado, com 81.8 milhões de espectadores em cerca de 66 países. Acabou-se o reinado de David Caruso e do seu olhar encurvado.
Clichés do terror: o reflexo misterioso
Todo o mal que aparece num espelho não é visível quando a personagem se vira.
quinta-feira, junho 11, 2009
quarta-feira, junho 10, 2009
Moore em Wall Street
Uma das regras-chave dos últimos anos no universo dos documentários é que cada novo projecto de Michael Moore garante controvérsia e polémica um pouco por todo o lado. Depois do governo norte-americano, do sistema nacional de saúde e do grande tubarão General Motors - que, curiosamente, anunciou falência na passada semana -, chegou a vez de Moore atacar a bolsa e todos aqueles que fazem vida através do dinheiro dos outros. Ainda não há título oficial, mas já há data de estreia (2 de Outubro) e uma fotografia à solta.
terça-feira, junho 09, 2009
Be Younique com a Take
Primeiro passatempo exclusivo da Take para leitores registados na newsletter da revista. O prémio é, nada mais nada menos, do que um relógio lindíssimo da Police, edição especial "Exterminador Implacável: A Salvação". Leva-o para casa o "TAKEr" mais criativo.
segunda-feira, junho 08, 2009
Desafio: Ser pai de Connor uma vez na vida
O desafio é simples: se estivessem na pele do Anton Yelchin, para que lado se viravam: Moon Bloodgood ou Bryce Dallas Howard? Já agora, qual dos três preferiam ver entrevistado pela Take?
domingo, junho 07, 2009
Home - O Mundo é a Nossa Casa
"Home", filme da autoria do realizador francês Yann Arthus-Bertrand, é constituído por paisagens aéreas do mundo inteiro e pretende sensibilizar a opinião pública mundial sobre a necessidade de alterar modos e hábitos de vida a fim de evitar uma catástrofe ecológica planetária. Filme oficial, com locução portuguesa, aqui. Belíssimo.
sábado, junho 06, 2009
Eden Lake (2008)
Jenny (Kelly Reilly) e o namorado Steve (Michael Fassbender) decidem sair da urbana Londres para passar um fim-de-semana sossegado e descansado num belo e isolado lago, situado numa zona de bosques junto a uma pequena vila, com acessos deficientes e, convenientemente, sem cobertura de rede móvel. Tenda montada, carro estacionado debaixo de umas árvores e alguns mergulhos depois, um grupo de jovens rufias ameaça transformar uns dias de sonho – com proposta de casamento à mistura - numa vida de pesadelos. Num jogo violento de vingança – Steve ao ser atacado, mata o cão de um dos arruaceiros -, quem sairá por cima? A imaturidade aliada à irascibilidade do grupo de jovens ou a força imensurável do instinto de sobrevivência do casal? Ou será este um jogo sem vencedores possíveis?
A sinopse não traz nada de novo ao género, mas a abordagem intimista e realista do britânico James Watkins, que se estreia na realização depois de ter assinado o guião de “My Little Eye”, é uma lufada de ar fresco no cinema de terror, típica de quem ainda não foi possuído pelas fórmulas e pelos mecanismos automáticos de uma indústria que funciona em circulo fechado. Premiado com o galardão de Melhor Realização na última edição do muito português Fantasporto, Watkins pode muito bem seguir as pisadas do contemporâneo Neil Marshall (“The Descent”) e é, por isso, um nome a observar com atenção nos próximos anos.
E porque é “O Lago Perfeito” uma fita de excepção no género? Porque quebra lugares comuns. Primeiro, não precisa de recorrer constantemente a lugares escuros e fechados para criar um ambiente claustrofóbico. É, aliás, a vastidão do bosque que cria a incerteza e o pânico nas personagens. O olhar claro sobre o horizonte, que nada traz senão árvores e silvas, atormenta a esperança de uma possível salvação. Depois, porque o medo é baseado num problema bem real das sociedades contemporâneas – a violência juvenil, a educação deficiente dos pais e a falta de valores morais das gerações mais recentes - e não numa força oculta e misteriosa, qual enquadramento de um ficheiro secreto. Ou seja, podemos identificar-nos com as personagens e colocar-nos na sua pele. Por fim, o retrato é cru e sumptuoso, sem que para tal tenha sido preciso recorrer a efeitos especiais de primeira linha. É na simplicidade angustiante do sujo, da lama e das feridas por sarar que “Eden Lake” surpreende e conquista a aflição do espectador.
Com um final também ele duro e sagaz, que faz a ponte das responsabilidades do problema abordado, de filhos para pais, resta apenas destacar a qualidade do duo de protagonistas. Kelly Reilly, em especial, confirma ser uma das actrizes britânicas com maior potencial para triunfar na indústria, não mostrasse a mesma na sua curta carreira uma capacidade notável de adaptação aos mais diversos géneros cinematográficos.
A sinopse não traz nada de novo ao género, mas a abordagem intimista e realista do britânico James Watkins, que se estreia na realização depois de ter assinado o guião de “My Little Eye”, é uma lufada de ar fresco no cinema de terror, típica de quem ainda não foi possuído pelas fórmulas e pelos mecanismos automáticos de uma indústria que funciona em circulo fechado. Premiado com o galardão de Melhor Realização na última edição do muito português Fantasporto, Watkins pode muito bem seguir as pisadas do contemporâneo Neil Marshall (“The Descent”) e é, por isso, um nome a observar com atenção nos próximos anos.
E porque é “O Lago Perfeito” uma fita de excepção no género? Porque quebra lugares comuns. Primeiro, não precisa de recorrer constantemente a lugares escuros e fechados para criar um ambiente claustrofóbico. É, aliás, a vastidão do bosque que cria a incerteza e o pânico nas personagens. O olhar claro sobre o horizonte, que nada traz senão árvores e silvas, atormenta a esperança de uma possível salvação. Depois, porque o medo é baseado num problema bem real das sociedades contemporâneas – a violência juvenil, a educação deficiente dos pais e a falta de valores morais das gerações mais recentes - e não numa força oculta e misteriosa, qual enquadramento de um ficheiro secreto. Ou seja, podemos identificar-nos com as personagens e colocar-nos na sua pele. Por fim, o retrato é cru e sumptuoso, sem que para tal tenha sido preciso recorrer a efeitos especiais de primeira linha. É na simplicidade angustiante do sujo, da lama e das feridas por sarar que “Eden Lake” surpreende e conquista a aflição do espectador.
Com um final também ele duro e sagaz, que faz a ponte das responsabilidades do problema abordado, de filhos para pais, resta apenas destacar a qualidade do duo de protagonistas. Kelly Reilly, em especial, confirma ser uma das actrizes britânicas com maior potencial para triunfar na indústria, não mostrasse a mesma na sua curta carreira uma capacidade notável de adaptação aos mais diversos géneros cinematográficos.
sexta-feira, junho 05, 2009
quinta-feira, junho 04, 2009
David Carradine (1936-2009)
American actor David Carradine has been found dead in a Bangkok, Thailand, hotel, according to his personal manager, Chuck Binder. Binder said Thursday that the death is being investigated but could provide no other details. Carradine's death was "shocking and sad. He was full of life, always wanting to work ... a great person," Binder said, according to People magazine.
Carradine, who became famous in the 1970s when he starred as traveling Shaolin monk Kwai Chang Caine in the television series "Kung Fu," was 72. Modern audiences may best know him as "Bill" in Quentin Tarantino's "Kill Bill" films. He earned a 2005 Golden Globe nomination for his role in the second movie in the two-part saga. His career included more than 100 feature films, two dozen television movies and theater work, according to the Internet Movie Database. [CNN]
quarta-feira, junho 03, 2009
Chegou o dia
A concretização de um sonho de infância. O concerto que, dê para o torto ou não, relembrarei até ao final dos meus dias. Todos sabem que a minha paixão é o cinema e não a música. Não tenho ouvido e nunca aderi sequer à moda dos walkmans ou dos iphones. Mas não tenho dúvidas que trocava qualquer filme de Kubrick, Ford ou Spielberg por uma única música ao vivo dos AC/DC. Hoje, vão ser várias. E encerro um capítulo da minha vida.
terça-feira, junho 02, 2009
Contraluz
Poderá muito bem ser o passo definitivo para a internacionalização e afirmação do cinema português no mercado norte-americano. E, não sei porquê, cheira-me que este próximo filme de Fernando Fragata vai acabar por ter estreia absoluta lá para Janeiro do próximo ano. É o conhecido "efeito Sundance". Já agora, segundo informações que circulam na internet, os direitos do último filme de Fragata, "Sorte Nula", foram adquiridos pela americana Mutual Film Company. Boas notícias que, estranhamente, não estão a ter qualquer eco na comunicação social portuguesa.
segunda-feira, junho 01, 2009
Refresh Blog & Sneak Peak at Take
Os dias estão cada vez mais apertados e nem sempre consigo manter o ritmo desejável aqui no blogue. Mesmo assim, lá vou tentando actualizar o estaminé, no minímo, uma vez por dia. Hoje lá consegui arranjar tempo para responder a umas trinta entradas penduradas e deixar os meus comentários de resposta a todos os fiéis leitores que seguem o Cinema Notebook. A quem interessar, fica a informação.
Em compensação, fui deixando nos comentários algumas pistas em relação à edição de Junho da Take, que tem tudo para ser - e muita atenção ao que vou escrever - a melhor de sempre. Por larga margem. Tão larga, que arrisca-se mesmo a ser um número de culto, que ultrapassa qualquer outra edição de qualquer outra publicação cinematográfica nacional já editada. Em princípio, as surpresas vão ser tantas que nós próprios estamos surpreendidos. A nível de conteúdos, não haja dúvidas que este número marcará uma evolução tremenda, um salto gigantesco sem volta a dar. Não digo mais. Preparem-se. E cumpram a vossa parte: divulgem a revista da maneira que puderem. Não custa nada!
Subscrever:
Mensagens (Atom)