terça-feira, dezembro 31, 2013
segunda-feira, dezembro 30, 2013
domingo, dezembro 29, 2013
sábado, dezembro 28, 2013
sexta-feira, dezembro 27, 2013
quinta-feira, dezembro 26, 2013
quarta-feira, dezembro 25, 2013
terça-feira, dezembro 24, 2013
segunda-feira, dezembro 23, 2013
CCOP - Top de Novembro de 2013
1. A Vida de Adèle: Capítulos 1 e 2, de Abdellatif Kechiche | 8,64
2. Histórias Que Contamos, de Sarah Polley | 8,57
3. O Desconhecido do Lago, de Alain Guiraudie | 7,75
4. Vénus de Vison, de Roman Polanski | 7,43
5. O Verão da Minha Vida, de Nat Faxon e Jim Rash | 7,00
5. Frozen - O Reino do Gelo, de Chris Buck e Jennifer Lee | 7,00
7. The Hunger Games: Em Chamas, de Francis Lawrence | 6,60
8. Malavita, de Luc Besson | 5,83
9. O Jogo Final, de Gavin Hood | 5,75
10. Parkland, de Peter Landesman | 5,50
11. O Quinto Poder, de Bill Condon | 5,25
12. O Conselheiro, de Ridley Scott | 5,00
domingo, dezembro 22, 2013
TCN Blog Awards 2013: Considerações
E já que falamos de apresentadores, o meu muito obrigado a todos eles, sem excepção. Pela primeira vez em quatro anos, nenhum faltou sem aviso ou cancelou em cima da hora a sua presença, obrigando a manobras de diversão inesperadas. No entanto, justiça seja feita, tenho que destacar alguns: a Joana Latino com a sua boa disposição provou que acertámos ao convidá-la uma vez mais e, digo mesmo, arrisca a tornar-se apresentadora de honra regular dos TCN. Só lá não estará em Janeiro de 2015 se não quiser ou puder; o Bruno Ferreira por momentos inesquecíveis de humor - para mim o melhor da tarde e o melhor que já se fez em quatro anos de TCN, obrigando-me mesmo a olhar para o palco para confirmar que não era o Passos Coelho que lá estava - e por ter atrasado um dia uma viagem que ia realizar apenas para estar presente nos TCN; o Guilherme Fonseca pelas gargalhadas completamente imprevistas que arrancou; e, por fim, os filhos da Rita Marrafa de Carvalho, verdadeiros entertainers com um coeficiente elevadíssimo de fofura.
Por falar em fofura, obrigado a todos aqueles que nestas últimas horas têm partilhado publicações na blogosfera e nas redes sociais sobre os TCN Blog Awards. Mas, mais importante para mim do que os posts orgulhosos dos vencedores - e que muito me aprazem ler -, são aqueles de fair-play de quem nada ganhou. Têm sido poucos, infelizmente, e normalmente são os mais ricos em feedback útil para melhorar o trabalho da organização. Por isso, peço-vos a todos os que estiveram presentes, digam-nos o que mudar, o que mais gostaram e o que menos gostaram. Ideias por vezes simples servem para evoluir e surpreendem-nos na nossa estupidez e ingenuidade.
Não por ingenuidade mas por algum nervosismo e pressa em despachar uma gala que já se estendia muito para lá da hora prevista, o meu discurso de agradecimentos ficou muito aquém do que tinha planeado. Vou tentar corrigir isso agora e, espero, não me esquecer de ninguém. Ao Edgar, o meu agradecimento pelos cartazes oficiais destes prémios e um grande abraço pelas simpáticas palavras que me dedicou no seu fantástico livro de posters alternativos; ao Miguel Ferreira e ao Ricardo Rufino, os meus parabéns por um trabalho absolutamente genial - e tão elogiado que foi durante a gala, por uma mão cheia de bloggers e apresentadores - na elaboração dos vídeos dos nomeados. Sem vocês, não haveria "WOW factor". E, Miguel, não sabes a sorte que tiveste em as minhas dezassete folhas de excel com agradecimentos terem escondido o guião ao Manuel, pois tínhamos preparado uma edição única de "Miss TCN 2013" que te colocaria de venda nos olhos. Mais detalhes não te conto, pois talvez reciclemos a ideia para o próximo ano.
Ao Luís Pedro Lourenço não só pela divertida voz-off que tornou possível a execução perfeita de grande parte do guião, mas também pelo fundamental trabalho na régie em articulação com os desejos do nosso grandioso host; sim, o insubstituível Manuel Reis, ser com super-poderes e um super-talento: ele fez directa de sexta para sábado à volta do guião e da apresentação que viram projectada, orquestrando autênticos milagres criativos em horas - outro, como eu, demoraria dias ou semanas. Ele foi apresentador, ele foi produtor, ele foi técnico e engenheiro de som e imagem. Ele é uma máquina. Ele faz hoje parte dos TCN e o dia em que ele não estiver disponível não haverá mais galas, simplesmente entregas de prémios.
Há mais, muito mais: ao Gonçalo Fabião pelo trabalho fotográfico profissional, ao Nuno Reis por filmar a cerimónia e permitir arquivá-la para memória futura, ao Paulo Ramos do Centro Cultural Casapiano por todo o suporte técnico e operacional. Ao José Soares e à Sandra Gaspar por... tudo. Não há palavras. Não há nada que possa ser dito que faça justiça à sua dedicação e ao seu trabalho. Sim, os TCN foram uma ideia minha há quase cinco anos. Mas foram estes dois que os tornaram possíveis. Ao Miguel Correia pelo muito divertido stand-up comedy perante um público muito exigente e difícil. Claro que, quando se trata de humor, não é fácil agradar a todos, mas o feedback geral foi positivo, ninfomaniacamente positivo. Por fim, a todos os patrocinadores, sem excepção, pelo apoio e pelos prémios, com destaque este ano para a Portugal Stuff, por três cabazes espectaculares de produtos nacionais que foram entregues aos vencedores de Blogue Individual, Prémio Memória e Blogger do Ano.
O quê? Blogger do Ano? Justíssimo. Sem desprimor para todos os outros, nomeados ou não nomeados, o Aníbal Santiago teve um ano sem igual. Ele viveu 2013 para o cinema e para a televisão, para o seu Rick's Cinema e para a nossa Take Cinema Magazine. Após três anos de nomeações e nenhuma claquete, este foi o seu ano de glória. A outros blogues favoritos aqui da casa como o Créditos Finais, o CinemaXunga ou o Espalha-Factos, entre muitos outros, o tempo trará justiça. O seu dia chegará, espero. Dos restantes prémios "competitivos", destaque para o de "Novo Blogue", ganho provavelmente pelo blogger com mais idade presente no Centro Cultural Casapiano. Uma espécie de ironia que é, ao mesmo tempo, um excelente sinal para a nossa blogosfera.
Mas foi outro o galardão que mais significado teve para mim. O recém-criado "Prémio Memória", entregue à eterna Miss Blues, Cláudia Arsénio. Uma homenagem merecida a alguém que muito contribuiu para a credibilização e união da blogosfera cinematográfica. Numa altura em que, disseram-me alguns durante o convívio na tarde de ontem, surgem algumas picardias na blogosfera, espero que o seu exemplo seja seguido para evitar conflitos desnecessários numa altura em que há cada vez menos bloggers e cada vez mais facebookers, twitteiros e instagramers por essa internet fora. Sem união e respeito por todos aqueles que usam este nosso pequeno meio com os mais diversos e legítimos propósitos, pessoais ou profissionais, e que, independentemente de terem razão ou não em certas acções ou palavras, lutam pelo bem maior que é a blogosfera e não pelo seu préstito fúnebre, não sobreviveremos enquanto classe. Nunca fui de evitar conflitos em quase dez anos de actividade blogosférica - como podem ver aqui ou aqui -, mas fi-lo sempre para proteger esta blogosfera e quem a promove e nunca uma opinião pessoal sobre a qualidade, criatividade ou personalidade de um ou outro blogger. Saber estar calado é, quase sempre, uma virtude nestas andanças.
De resto, quero agradecer aos membros que este ano compuseram a Academia e contribuíram de forma decisiva para a eleição dos vencedores em quase todas as categorias. Peço desculpa a um deles por ter relevado, de forma insensata - cá está, não fiquei calado quando devia -, o seu estatuto no final da cerimónia à frente de outros bloggers, sem a sua permissão. A dedicação de todos eles, principalmente quando tiveram cerca de três dias para escolher os nomeados entre dezenas e dezenas - por vezes centenas - de textos foi, honestamente, exemplar.
A todos os presentes no Auditório Rainha Santa Isabel que alinharam nas brincadeiras e foram ao palco, aos que ficaram sempre sentados, os barulhentos e os mais calmos, os que riram com facilidade e os que aplaudiram nomeados e vencedores, o meu muito, muito obrigado. Sem vocês o ambiente não seria o mesmo. Porque um aplauso e uma gargalhada são inevitavelmente contagiantes. E, diz a experiência, o que custa é sempre sair o/a primeiro/a. A eles peço também desculpa pela falta de tempo e disponibilidade pessoal para o convívio. Sempre numa fona de bastidores, restrinjo-me muitas vezes a simples cumprimentos e acabo por perder conversas que, não tenho dúvidas, seriam deveras interessantes, com velhos conhecidos deste universo.
Para a próxima edição, queremos fazer mais e melhor. Para tal, contamos com a vossa ajuda, com as vossas sugestões e opiniões. Para já, um plano para combater a gestão de custos, que não limita muito a criatividade desta equipa fantástica por detrás dos TCN mas danifica de modo óbvio a nível logístico e profissional o renome e a reputação deste evento, começando pela concepção dos troféus desta edição e acabando na falta de outras condições para os presentes (comes e bebes etc. etc.): crowdfunding. É uma hipótese em cima da mesa sobre a qual gostava de ouvir - ou ler, neste caso - a vossa opinião. Agora é tempo de voltar para a redacção da Take, que temos um novo número para sair em meados de Janeiro e ainda há muita coisa por fazer.
Um forte abraço,
Carlos Reis.
PS: O Miguel Relvas não é meu tio. Foi só para deixar a Joana Latino aflita.
sábado, dezembro 21, 2013
TCN Blog Awards 2013: Vencedores
Melhor Entrevista:
Entrevista a Sasha Grey, por Luís Mendonça e Sabrina D. Marques, do blogue À Pala de Walsh
Melhor Site/Portal:
APS Portugal
Melhor Crítica TV:
A Psicologia de "American Horror Story: Asylum", por Jorge Pontes, do blogue Laboratório de Séries
Melhor Iniciativa:
"Um Filme, Uma Mulher", por Sofia Santos, do blogue Girl on Film
Melhor Artigo Cinema:
Terror no Cinema, por Hélder Almeida, do blogue Movie Wagon
Melhor Rubrica:
Brain-Collection, por Edgar Ascensão, do blogue Brain-Mixer
Melhor Reportagem:
Fantasporto 2013, por Tiago Ramos, do blogue Split Screen
Melhor Artigo TV:
TOP25: Os melhores momentos em “Dragon Ball Z”, por Gabriel Martins, do blogue TV Dependente
Melhor Crítica de Cinema:
Efeitos Secundários, por Catarina D'Oliveira, do blogue Close-Up
Melhor Novo Blogue:
A Janela Encantada
Melhor Blogue Individual:
Caminho Largo
Melhor Blogue Colectivo:
À Pala de Walsh
Melhor Blogue TV:
TV Dependente
Blogger do Ano:
Aníbal Santiago, do blogue Rick's Cinema
Prémio Memória:
Cláudia Arsénio, do blogue Wasted Blues
sexta-feira, dezembro 20, 2013
quinta-feira, dezembro 19, 2013
quarta-feira, dezembro 18, 2013
TCN Blog Awards 2013 são já no Sábado!
E o que dizer das votações? As do público bateram recordes nesta quarta edição, com uma média de 500 a 600 votantes por categoria, e um equilíbrio notável em dois terços dos quinze TCNs a sufrágio. O que deixou um papel de especial relevo para os cinco (mais um, este que vos escreve) membros da Academia TCN que sobreviveram até ao boletim final dos nomeados, onde ordenaram cada um dos possíveis vencedores de acordo com a sua preferência pessoal e tornaram todo este processo uma... interessante anarquia. Anarquia no bom sentido, isto porque o primeiro de alguns jurados em várias categorias - para não dizer quase todas - foi o último de outros, tornando a soma dos votos aqui em casa após a recepção de cada boletim um verdadeiro momento de suspense, onde até então presumíveis vencedores saltavam para fora do pódio e quase certos derrotados acabavam por assaltar a liderança. No final, a soma das pontuações da Academia aos resultados da votação do público (onde, relembro, a percentagem obtida equivalia a pontos) determinou uma lista de galardoados muito eclética, que será conhecida no próximo Sábado, a partir das 15:00, no Centro Cultural Casapiano, em Lisboa. Os resultados completos, tanto da votação do público, como da Academia, será posteriomente publicada no Cinema Notebook, tal como aconteceu em outras edições.
E no próximo Sábado, o que temos para vocês? Duas ou três horinhas de boa disposição, espero, com gente simpática e interessante a abrilhantar uma festa que é para todos os bloggers, dos nomeados aos não nomeados. Entre os convidados especiais que irão apresentar e entregar as claquetes mais desejadas deste país, encontram-se as actrizes Joana de Verona e Ana Moreira, os humoristas Bruno Ferreira e Guilherme Fonseca, os jornalistas Vítor Moura, Miguel Somsen, Joana Latino, Maria do Carmo Piçarra e Rita Marrafa de Carvalho, a directora da revista Empire, Sara Afonso, a eurodeputada Edite Estrela e o músico e cineasta Filipe Melo. Teremos ainda o humorista Miguel Correia em palco para um stand-up comedy muito cinematográfico e televisivo. O resto... bem, o resto vão ter que esperar para ver.
A quarta edição dos TCN Blog Awards conta ainda com o apoio e patrocínio de: Alambique, Big Picture Films, Columbia TriStar Warner, FOX International Channels, Hamburgueria do Bairro, Leopardo Filmes, Lewis PR, Portugal Stuff, PRIS Audiovisuais, Saída de Emergência, The Agency 360, Canais TV Cine & Séries e Vendetta.
PS: Actualizado às 23:00 de dia 19 de Dezembro.
terça-feira, dezembro 17, 2013
segunda-feira, dezembro 16, 2013
domingo, dezembro 15, 2013
Yap, é mesmo o post mais importante do ano!
Pode encontrá-lo aqui. Lembrem-se, a bondade é um investimento. Daqueles que nunca vai à falência e ainda eleva-nos o espírito.
sábado, dezembro 14, 2013
sexta-feira, dezembro 13, 2013
Paraíso na Terra
"Seattle is famous for its incredible film scene. Aside from the superlative Seattle International Film Festival, one amazing film resource we have here is Scarecrow Video, which is probably the largest independent video store on the planet. With over 117,000 video titles, Scarecrow is revered and admired, counting filmmakers like Bernardo Bertolucci and Quentin Tarantino as previous visitors."[F]
quinta-feira, dezembro 12, 2013
quarta-feira, dezembro 11, 2013
Driving Miss Daisy (1989)
Vencedor do Óscar de Melhor Filme em 1990, "Driving Miss Daisy" do australiano Bruce Beresford ("Double Jeopardy") transpôs para o cinema a peça teatral de Alfred Uhry vencedora de um Pulitzer, contextualizada no final dos anos quarenta do século passado, onde uma abastada idosa judia é obrigada pelo filho a ter um motorista negro depois de um acidente em que demonstrou já não estar capacitada para conduzir. Ferida no seu orgulho e com um feitio terrível, contra tudo e contra todos, também culpa da sua história de vida, Miss Daisy (Jessica Tandy) e Hoke (Morgan Freeman) vão desenvolver aos poucos uma amizade improvável que quebrará barreiras e perdurará no tempo.
Verdadeiro sucesso financeiro - o seu orçamento de sete milhões de dólares rendeu bem mais do que cem milhões na altura do seu lançamento -, "Miss Daisy" conquistou ainda de forma algo inesperada a glória nos principais prémios da indústria, derrotando favoritos da crítica como "Born on the Fourth of July" ou "Dead Poets Society". Mais do que uma história sobre as implicações do racismo na sociedade norte-americana, "Driving Miss Daisy" é um hino à amizade e ao envelhecimento, à tolerância e à bondade. A química fenomenal entre Tandy e Freeman é um verdadeiro caso de estudo para qualquer actor em formação e a forma como o espectador acompanha a transformação de Daisy perante as atitudes e comportamentos de Hope ao longo de todos os obstáculos que lhe são apresentados, uma lição de vida que nos deixa a pensar que muitas vezes só aprendemos a viver quando a vida já passou quase toda por nós. No meio de cenários, automóveis, montras e cartazes de época dignos de uma cinematografia de excelência, não há nada na narrativa de Uhry que seja totalmente inesperado ou digno de surpreender até o mais crédulo dos cinéfilos; apenas uma simples história de vida contada num ritmo brando e sereno. Sem reviravoltas no guião, são as riquíssimas interpretações do duo principal que agarram o espectador, com especial destaque para duas cenas de laboratório que ficam na memória: para Freeman, o passeio de carro pelo Alabama em que diz "basta" à patroa; para Tandy, valeu-lhe o Óscar aquela arrebatadora performance nos primeiros dias em que o Alzheimer tomou controlo sobre a sua personagem.
Verdadeiro sucesso financeiro - o seu orçamento de sete milhões de dólares rendeu bem mais do que cem milhões na altura do seu lançamento -, "Miss Daisy" conquistou ainda de forma algo inesperada a glória nos principais prémios da indústria, derrotando favoritos da crítica como "Born on the Fourth of July" ou "Dead Poets Society". Mais do que uma história sobre as implicações do racismo na sociedade norte-americana, "Driving Miss Daisy" é um hino à amizade e ao envelhecimento, à tolerância e à bondade. A química fenomenal entre Tandy e Freeman é um verdadeiro caso de estudo para qualquer actor em formação e a forma como o espectador acompanha a transformação de Daisy perante as atitudes e comportamentos de Hope ao longo de todos os obstáculos que lhe são apresentados, uma lição de vida que nos deixa a pensar que muitas vezes só aprendemos a viver quando a vida já passou quase toda por nós. No meio de cenários, automóveis, montras e cartazes de época dignos de uma cinematografia de excelência, não há nada na narrativa de Uhry que seja totalmente inesperado ou digno de surpreender até o mais crédulo dos cinéfilos; apenas uma simples história de vida contada num ritmo brando e sereno. Sem reviravoltas no guião, são as riquíssimas interpretações do duo principal que agarram o espectador, com especial destaque para duas cenas de laboratório que ficam na memória: para Freeman, o passeio de carro pelo Alabama em que diz "basta" à patroa; para Tandy, valeu-lhe o Óscar aquela arrebatadora performance nos primeiros dias em que o Alzheimer tomou controlo sobre a sua personagem.
terça-feira, dezembro 10, 2013
segunda-feira, dezembro 09, 2013
The Family (2013)
Giovanni Manzoni é um ex-chefe da Máfia que, após ser capturado e ter colaborado com as autoridades norte-americanas na detenção de vários colegas criminosos, ganhou o direito de entrar, com a sua família, no Programa de Protecção de Testemunhas do FBI. Depois de algumas experiências mal sucedidas, Giovanni, a sua mulher e o casal de filhos adolescentes de ambos são colocados na Normandia francesa, sob nomes fictícios de apelido Blake. O único objectivo é manterem-se afastados de sarilhos, mas já antecipa o ditado que os hábitos morrem... de velhice. E quando as frutas - que é, como quem diz, os filhos - não caem muito longe da árvore, tal pode mesmo relevar-se impossível. Além disso, não haver manteiga de amendoim em nenhum supermercado local pode levar à loucura qualquer mãe que se preze.
Comédia negra realizada pelo francês Luc Besson a partir de um dos romances do conceituado e premiado escritor Tonino Benacquista, a força de "Malavita" está sem dúvida alguma nas suas riquíssimas personagens cujos traços de personalidade vincados imploram quase por uma série televisiva de várias temporadas e não apenas um filme de noventa minutos, onde as suas decisões e actos não podem ser estudados e desenvolvidos de maneira específica e dedicada. Numa família que sobrevive junta e comporta-se de maneira violenta também em conjunto, destaque para o papelão de Michelle Pfeiffer e para a forma como os jovens John D'Leo e Dianna Agron conseguem cativar o espectador para os seus próprios dilemas pessoais com interpretações competentes e credíveis, que os tornam peças principais num tabuleiro de xadrez onde estavam destinados a ser meros peões. O estiloso Luc Besson mostra que quem sabe nunca esquece, cabendo ao veterano Tommy Lee Jones mostrar exactamente o inverso, num papel sem brilho nem intensidade, que anula-se a si próprio na interacção com DeNiro, relação essa que poderia ter sido o principal enfoque cómico da trama mas que acaba por ser um tiro ao lado na narrativa, prejudicando a sua fluidez e energia. Ainda assim, reivindicando no seu final por uma improvável sequela, "The Family" revela-se uma proposta muito interessante algures entre "Os Sopranos" e "Uma Família Moderna".
Comédia negra realizada pelo francês Luc Besson a partir de um dos romances do conceituado e premiado escritor Tonino Benacquista, a força de "Malavita" está sem dúvida alguma nas suas riquíssimas personagens cujos traços de personalidade vincados imploram quase por uma série televisiva de várias temporadas e não apenas um filme de noventa minutos, onde as suas decisões e actos não podem ser estudados e desenvolvidos de maneira específica e dedicada. Numa família que sobrevive junta e comporta-se de maneira violenta também em conjunto, destaque para o papelão de Michelle Pfeiffer e para a forma como os jovens John D'Leo e Dianna Agron conseguem cativar o espectador para os seus próprios dilemas pessoais com interpretações competentes e credíveis, que os tornam peças principais num tabuleiro de xadrez onde estavam destinados a ser meros peões. O estiloso Luc Besson mostra que quem sabe nunca esquece, cabendo ao veterano Tommy Lee Jones mostrar exactamente o inverso, num papel sem brilho nem intensidade, que anula-se a si próprio na interacção com DeNiro, relação essa que poderia ter sido o principal enfoque cómico da trama mas que acaba por ser um tiro ao lado na narrativa, prejudicando a sua fluidez e energia. Ainda assim, reivindicando no seu final por uma improvável sequela, "The Family" revela-se uma proposta muito interessante algures entre "Os Sopranos" e "Uma Família Moderna".
domingo, dezembro 08, 2013
sábado, dezembro 07, 2013
TCN 2013: Votações encerram hoje
Seja a categoria com menos votos até ao momento (Novo Blogue, com 329) ou a mais concorrida (Site/Portal com 1948), o seu clique ainda pode ser fundamental para alterar uma percentagem e com isso ser decisivo nos resultados finais que conjugarão estas votações do público com as preferências da Academia TCN. Quanto à cerimónia de entrega dos galardões, tudo a correr conforme planeado: sobram cerca de meia dúzia de lugares para termos sala cheia, os troféus já andam aqui por casa, os vídeos dos nomeados estão a ser congeminados pela incansável dupla Miguel Ferreira / Ricardo Rufino e são onze já os convidados VIP que aceitaram o nosso convite para entregar uma claquete. O resto? O resto é surpresa. Confiem no Manuel Reis que o homem anda a preparar uma gala do cacete!
sexta-feira, dezembro 06, 2013
Natal é no Cinema Ideal
quinta-feira, dezembro 05, 2013
quarta-feira, dezembro 04, 2013
Una vita tranquilla (2010)
Rosario Russo (Toni Servillo) é o dono de um restaurante italiano perto de Frankfurt, na Alemanha, figura simpática e querida para todos os que o conhecem. Ninguém faz ideia que, quinze anos antes, Rosario era um mafioso com trinta e dois assassinatos na carteira e um estatuto ímpar no meio. Mas quando o feitiço virou-se contra o feiticeiro e a sua cabeça ficou a prémio, desapareceu do radar napolitano para proteger a sua família e começou esta nova vida, uma vida tranquila, longe de tudo e todos, com uma nova identidade, uma nova família e um novo ofício. Mas o passado volta agora para acertar contas na pele do seu filho Diego, também ele um criminoso em ascensão na máfia, o único que tinha conhecimento do paradeiro de Rosario.
Realizado por Claudio Cupellini, "Una vita tranquilla" revela-se um thriller criminal dividido em duas partes com um ritmo totalmente antagónico: uma primeira de construção de identidades, que arde lentamente entre planos longos - destaque para o da cozinha - e uma bela fotografia, mas algo cansativa narrativamente para o espectador na sua excessiva serenidade; e uma segunda, onde o ambiente torna-se intenso, as máscaras caiem e o espectador é presenteado com um final corajoso. Longe de ser uma obra-prima, "A Quiet Life" (a fita não tem ainda distribuição ou título em território nacional) é, ainda assim, um belo exemplo cinematográfico da influência de um passado criminoso na vida de um "novo" ser, de uma relação pai-filho deturpada pela máfia e das vulnerabilidades a que um Homem se sujeita por aqueles que ama. Comandado por um fantástico Toni Servillo (estrela também de filmes como "Gommorah" ou "Il Divo"), é ele o maior trunfo da história; nos seus olhos sentimos a frustração e a dor de uma personagem que sabe que o fim está próximo. Uma alternativa similar, mas muito competente, para os adeptos de "A History of Violence".
Realizado por Claudio Cupellini, "Una vita tranquilla" revela-se um thriller criminal dividido em duas partes com um ritmo totalmente antagónico: uma primeira de construção de identidades, que arde lentamente entre planos longos - destaque para o da cozinha - e uma bela fotografia, mas algo cansativa narrativamente para o espectador na sua excessiva serenidade; e uma segunda, onde o ambiente torna-se intenso, as máscaras caiem e o espectador é presenteado com um final corajoso. Longe de ser uma obra-prima, "A Quiet Life" (a fita não tem ainda distribuição ou título em território nacional) é, ainda assim, um belo exemplo cinematográfico da influência de um passado criminoso na vida de um "novo" ser, de uma relação pai-filho deturpada pela máfia e das vulnerabilidades a que um Homem se sujeita por aqueles que ama. Comandado por um fantástico Toni Servillo (estrela também de filmes como "Gommorah" ou "Il Divo"), é ele o maior trunfo da história; nos seus olhos sentimos a frustração e a dor de uma personagem que sabe que o fim está próximo. Uma alternativa similar, mas muito competente, para os adeptos de "A History of Violence".
terça-feira, dezembro 03, 2013
segunda-feira, dezembro 02, 2013
domingo, dezembro 01, 2013
Nem só de enterros vive a cinefilia portuguesa
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