O Homem de Ferro tornou-se um super-herói ao serviço dos EUA - e, vá lá, do mundo -, um cuja armadura revolucionária é encorpada pelo genial magnata Tony Stark (Robert Downey Jr.), um homem com tantos prémios científicos e medalhas patrióticas quanto vícios e defeitos. No entanto, quando o temível Mandarin (Ben Kingsley) coloca não só a ordem e a paz a nível global em risco, como aqueles mais próximos de si em cheque, Stark vai aprender que, por vezes, é preciso bater no fundo para conseguir a perspectiva correcta dos acontecimentos.
Com uma realização atípica de Shane Black - e, com este, manter a tradição seria o melhor sinal -, o terceiro capítulo de "Iron Man" fez, obviamente, toneladas de dólares nas bilheteiras domésticas e internacionais, satisfazendo o público-alvo da Marvel com mais explosões, mais acção e mais efeitos especiais do que em qualquer um dos seus predecessores cinematográficos. No entanto, ao puxar o lençol para o lado pipoqueiro da cama, Black esqueceu-se de ser ele próprio e aquecer a donzela destapada responsável pelo guião, pelo desenvolvimento das personagens - logo aqui que tinha o vilão com maior potencial de toda a saga, um Kingsley islamizado à Bin Laden envolto em grande secretismo - e, estranhamente, pela diversão. Faltou a dose de humor recorrente no cabeça de cartaz, faltaram os já habituais temas dos australianos AC/DC para alegrar a festa e, por fim, faltou um twist sombrio inesperado na narrativa para manter a fórmula viva. Pensando melhor, o melhor talvez seja mesmo acabar o festival por aqui.
1 comentário:
O twist deveria ser a Pepper morrer de verdade... Pouca sorte a nossa.
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