quinta-feira, outubro 30, 2014

TCN 2014: Nomeados Crítica de Televisão



Band of Brothers, por Hugo Barcelos, do blogue Rick's Cinema

"“Band of Brothers” não é perfeita, mas é interessante e emocionante. Vê-la, do início ao fim, é um acontecimento. Consegue transmitir como poucas a brutalidade e o desespero da guerra, e com a mesma facilidade retrata o divertimento ingénuo e a forte amizade e entreajuda de um grupo de soldados dos Estados Unidos. Tudo parece funcionar de forma apurada, e tal deve-se a um grupo de notáveis indivíduos com um talento acima da média, a quem posso perfeitamente agradecer - a Spielberg, a Hanks, a Erik Bork, a Damian Lewis, a Ron Livingston, mas acima de tudo a Herbert Sobel, por ter criado, graças às suas profundas e abundantes neuroses, uma das mais memoráveis companhias de paraquedistas do exército norte-americano."


Brooklyn Nine-Nine: 1×22– Charges and Specs, por Ricardo Raposo, do blogue TVDependente

"Mas não apenas pelos risos que proporcionou este enredo merece louvores, visto que ele conseguiu ser fiel ao que havia sido construído até aqui. Foi possível ver como Jake é um bom polícia – apesar dos seus métodos pouco convencionais –, ver como Amy já se consegue importar menos com o que os seus superiores pensam dela – algo que no episódio anterior havia tido destaque – e como Holt valoriza o trabalho de Peralta. Tudo isto foi extremamente gratificante, fazendo sentido que os três acabassem a colaborar juntos contra ordens superiores. Sendo que no final desta história estas relações saem bastante reforçadas e com uma dose de confiança mútua verdadeiramente assinável. Todos colocaram o lugar em risco devido à segurança na palavra do colega, do chefe, do amigo. E isso sim é bonito de ser ver."

Fargo: 1×10 – Morton’s Fork, por Rafa Santos, do blogue TVDependente

"Termina assim, com um futuro um pouco incerto, a melhor série do ano bem como uma das melhores a preencher a história da televisão. Um poço infindável de referências a inúmeros filmes dos Irmãos Coen. Uma ode ao melhor filme desta dupla. Uma fusão perfeita e um tanto ou quanto rara entre drama e humor negro. Albergue de um leque de personagens muitíssimo bem trabalhadas no curto decorrer de dez episódios. Um portento de escrita, a melhor desde que Breaking Bad nos abandonou. Bravo, Noah Hawley! Série absolutamente soberba do início ao fim."

Hannibal – 2.ª temporada, por Ana Gomes, do blogue TVDependente

"Os jogos mentais sempre foram uma tendência dominante nesta série mas nesta segunda temporada os mesmos alcançam ainda um maior protagonismo. As incessantes manipulações, as experimentações sociais, a constante competição de inteligência e de quem está realmente a dominar este jogo são uma variável constante e não apenas entre os dois protagonistas. Não, desta vez Fuller faz questão de nos envolver ao máximo nestes jogos psicológicos, brincando lentamente com as nossas percepções, palpites e até emoções. É um dos aspectos mais admiráveis da temporada, a forma como desafiam a nossa mente, oferecendo-nos pequenas e irrelevantes pistas num episódio que se viriam a revelar uma peça fundamental do puzzle dois ou três episódios à frente."

Person of Interest: 3×23 – Deus Ex Machina, por Rui Matos, do blogue TVDependente

"Adoro quando um final nos deixa assim. As possibilidades são imensas, podemos teorizar sobre o que acontecerá quando “Person of Interest” regressar mas dificilmente chegaremos a qualquer conclusão. As palavras de ordem são: Ditadura e Esperança. Ditadura de Greer e da sua Samaritano que agora têm o poder e podem usá-lo a seu belo proveito, sendo que Greer parece querer dar toda a autonomia à sua Deusa. Esperança, a palavra final de Root, na qual os quatro “foragidos” terão de se agarrar, de se unir, para que, de uma forma ou de outra, consigam impedir a Samaritano de reinar. Esperança também foi a palavra deixada pela Máquina directamente a Finch, dando a entender que ele terá de a conquistar novamente. Final de temporada de uma das melhores séries da actualidade, com uma season fantástica e nivelada sempre por cima."


O épico regresso de Sherlock Holmes, por Sofia Pereira, do blogue Espalha Factos

"O momento mais esperado desta temporada, e que certamente não dececionou os fãs, foi o momento em que Sherlock revela a Watson que está vivo. Convencido que vai ser recebido de braços abertos, a reacção de John não corresponde bem às suas expectativas. Um destaque para esta cena, ao mesmo tempo hilariante e de partir o coração, onde, para além do timing perfeito, a inconveniência e a falta de tato de Sherlock não têm limites. Outro dos momentos mais aguardados foi a revelação de como o grande Sherlock Holmes enganou a morte. O elaborado esquema é revelado pelo próprio, num plano bem engendrado que remete para muito mais do que se podia estar à espera. É plausível… mas será real?"


A Reinvenção do mito dos Thundercats, por Nuno Reis, do blogue SciFiWorld Portugal.

"Esta reimaginação das personagens deu-lhes um visual muito diferente e alterou bastante os protagonismos. Por exemplo, Snarf tornou-se definitivamente uma mascote. É inteligente, mas não fala. Panthro, o mecânico, foi desviado para outro papel nesta sociedade não-tecnológica. Todos os outros são bem mais novos e impulsivos. No fundo, encaixaram em personagens-tipo de várias outras séries de aventuras, tendo apenas um leve cunho dos Thundercats de outrora. Não é que isso seja mau, uma série feita no espírito dos anos 80 não funcionaria em 2011. Claro que isso teria funcionado melhor se usassem uma história original, mas em quase todos os episódios, mesmo que não se identificasse a proveniência daquela ideia, pareceria muito familiar a algo visto nos anos 80."


Utopia: 2×01 – Episode 2.1, por Gabriel Martins, do blogue TVDependente

"“Utopia” consegue criar um mundo fantasioso muito divertido, pela forma parodiosa com que aborda o seu tema, onde a utilização de um aguçado humor negro muito contribui (aquela conversa na cena inicial é hilariante). Mas, que ninguém se iluda, estamos perante um assunto sério que deu resultado a um dos produtos televisivos mais negros da actualidade. Aqui não há heróis, nem respostas fáceis e as utopias não existem."

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