A quinta temporada de "
Dexter" alcança um feito notável: não só a série consegue sobreviver ao tremendo, chocante e inesperado
season finale do ano anterior, como molda toda uma nova dinâmica relacional entre o passageiro sombrio do distinto Michael C. Hall e uma imprevista e complexa paixão interpretada por Julia Stiles. Algures entre o trágico e o divertido, o triste e o belo, "
Dexter" deambula confortavelmente lá pelo meio com violadores, polícias corruptos e assassinos em série como pano de fundo. Algumas personagens continuam a crescer - Debra, Joey ou Angel -, outras estagnaram no cliché, - Masuka ou LaGuerta os mais aviltantes - mas todas elas contribuem para uma consistência salutar numa narrativa ritmada abarrotada de momentos onde tudo parece perdido... mas não está. Pena que, ao contrário da quarta temporada, tenha sido o final despachado - o Jordan Chase de J. Lee Miller merecia uma despedida mais apoteótica - o principal defeito de um produto televisivo único.
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