Vamos começar pela comparação inevitável: "
Creed" não é, nem de perto nem de longe, tão emotivo e gratificante como o regresso de "
Rocky Balboa" em 2006. Realizado por Ryan Coogler ("
Fruitvale Station", também com Michael B. Jordan), este regresso disfarçado da saga do
garanhão italiano resulta numa mixórdia de sentimentos: se por um lado temos a oportunidade de reviver uma personagem histórica numa vertente pessoal e intimista, sob um trabalho técnico irrepreensível, por outro falta a "
Creed" tudo o que fez dos restantes capítulos um sucesso: o coração de Stallone na escrita, a sonoplastia de treino impressionante que ainda hoje sobrevive, uma história de amor comovente, um final no ringue tão inesperado quanto severo. Em "
Creed", quase tudo fica em aberto, da doença de Balboa à perda de audição de Bianca, como que preparando uma série de sequelas, prejudicando essa indefinição o poder da narrativa isolada deste exercício. Vai uma aposta que esta ainda não foi a última vez que vimos Rocky no grande ecrã?
1 comentário:
Eu sempre fui fã de Stallone. É um bom ator e um excelente argumentista mas infelizmente muitas vezes é mal tratado em Hollywood. MAs o que muitos ignorantes de Hollywood não sabem é que se não fosse Stallone hoje provavelmente ninguém ganhava mais de 20 milhões de dólares por filme (Stallone e Schwarzenegger foram os primeiros da História do cinema a alcançar estes valores).
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