A estreia impressionante de Jeremy Saulnier como realizador, guionista e cinematógrafo nos grandes palcos. Promessa que entretanto se tornou certeza, num noir moderno que faz quase tudo bem, sem pressas nem exaltações, com muitos cinzentos - de tons azulados - num género - revenge movies - que normalmente prefere o preto e o branco moral de uma boa vingança. Como que um círculo vicioso de violência de quem não a quer mas que não resiste a procurá-la, do homem bom que pensa que perdeu tudo e por isso mesmo nada mais tem a perder, da necessidade de justiça que causa exactamente o mesmo tipo de injustiça naqueles que assistem de fora à punição dos pecados de um ente querido. Interpretação irrepreensível de Macon Blair, nos graves (com barba) e nos agudos (penteadinho), em casa da irmã ou na sua ruína azul, o Pontiac onde os seus pais foram assassinados.
2 comentários:
Vim cá só dar um tiro para provar que existem pessoas a comentar alguma porra. Sim, estou a ouvir neste momento o podcast so Segundo Take e estou completamente enquadrado naquilo que falas sobre o feedback á data na blogosfera. Ahhhh, e este filme é muuuuuuito bom!
Grande vergonha minha que demorei quatro dias para ver este teu comentário Pedro. Tu e o Emanuel são os maiores, mantém uma tradição que já nem eu, paladino defensor da mesma, cumpro. Grande abraço!
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