Anos a fio enganado pela opinião consensual do público que este "
Daredevil" era lixo tóxico. Já sei, já sei, provavelmente o problema é meu e daquela garrafa de Mirabilis branco que despachei sozinho ao jantar. Seja como for, tirando o arco narrativo em que o Demolidor e a Electra andam à pancada porque ela não reconhece que se trata do namorado debaixo daquela máscara que deixa meia cara de fora - e porque raio em vez de bater na namorada e levar com uma facada no ombro, o Ben não disse apenas "
Electra, calma, sou eu, o ceguinho que te anda a queimar a rosca todas as noites" -, tudo o resto pareceu-me mais competente e divertido que estas MARVELadas recentes que se levam demasiado a sério. Ben Affleck convence enquanto cego - nem por isso enquanto super-herói ou advogado -, o sorriso com covinhas da Jennifer Garner deixa qualquer um, uma ou não-binário de beiços, o big bad boss possante de Michael Clarke Duncan saudades do bom gigante e até o sacana do Colin Ferrell arranca um dos mais intrépidos e convincentes vilões do género com aquela colecção infindável de manias e tiques de expressão. Vou deitar-me que estou com a boca seca, mas amanhã já pego no "
Elektra".
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