quarta-feira, junho 30, 2021

Black Bear (2020)

A minha teoria: duas partes que fazem parte do processo criativo da personagem principal enquanto escreve um guião. O urso negro como símbolo do chamado "bloqueio de escritor", altura em que muitas vezes se rasga tudo e se arranca de novo, aproveitando apenas algumas ideias da versão anterior. Certa ou errada - outras teorias na internet apontam para um choque entre "expectativas" e "realidade" -, a verdade é que todo o processo criativo idealizado por Lawrence Michael Levine resulta maravilhosamente no ecrã independentemente da nossa percepção das suas verdadeiras ideias. Estaria ou não a personagem da magnética Aubrey Plaza a recomeçar o seu novo "guião" cada vez que se sentava naquela secretária? Acredito que sim, não passando o primeiro "draft" disso mesmo e o segundo, também muito verde ainda, de uma nova tentativa, desta vez inspirado na execução de uma espécie de making-of da primeira ideia com alguns twists nas personagens "originais" - a mulher fiel que passa a ser a amante, por exemplo. Um espécie de "Inception" sobre a arte de criar um filme, com um final em aberto que não deixa ninguém frustrado, pelo contrário.

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