Nas mãos de qualquer outro que não Verhoeven, "
Robocop" teria sido um série B rasco que misturaria ficção científica e acção de forma tão irrisória quanto socialmente irrelevante. Mas não com Verhoeven: o holandês transformou um guião rejeitado por inúmeros em Hollywood numa oportunidade única para dar vida a um clássico do cinema dos anos oitenta, uma obra-prima com identidade própria, uma sátira deliciosa às ilusórias maravilhas do capitalismo tecnocrata, um filme tão indispensável e visualmente convincente hoje como aquando da sua estreia. "
Robocop" foi - e ainda é - uma experiência cinematográfica única de um realizador no topo das suas capacidades, um filme multi-camadas sem medo de arriscar em nenhuma delas. Violento, intenso, over-the-top.
You're fired.
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