Lutadores a partir cubos gigantes de gelo com os cotovelos ou cocos com palmadas. Van Damme, super penteadinho e ainda sem o famoso galo na cabeça, um capitão do exército norte-americano especialista a desaparecer de chuveiros. O pior actor criança da história da humanidade - o que faz de Frank Dux novinho - e a famosa espargata usada vezes sem conta: ora forçada por cordas, qual Cristo belga de robe branco, ora entre cadeiras, ora em combate, ora cénica e espiritual com Hong Kong como pano de fundo, ora aérea, ora de cuequinha vermelha. Calma, estou a brincar, temos cuequinha vermelha naquelas belas nalgas de Bruxelas, mas sem direito a espargata. Forest Whitaker tão novinho que ainda conseguia correr e um realizador misterioso de pala no olho, qual Raoul Walsh que ninguém sabe quem foi. Combates tão teatrais que os fãs de cinema asiático de artes marciais encaixam este "
Bloodsport" nas prateleiras dedicadas à comédia nas suas casas - prova disso, o golpe final que derrota o mítico Chong Li é um pontapé rotativo de helicóptero... quatro vezes seguidas -, mas toda uma mitologia que continua a sobreviver tão bem ao fardo do tempo, seja pelo torneio Kumite, qual Fight Club do qual ninguém pode falar, pela banda sonora irresistível ou pelas caretas de Jean Claude. Trinta anos sem ver isto e ainda me lembrava daquele tijolo que partia por baixo. Volto daqui a trinta, está prometido!
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