segunda-feira, julho 11, 2005
Confessions of a Dangerous Mind (2002)
Este “Confessions of a Dangerous Mind” é o mais puro exemplo de que para um mau realizador nem o melhor argumento serve. Os dotes de argumentista de Charlie Kaufman são bem conhecidos e reconhecidos em obras como “Being John Malcovich” e "Adaptation" por exemplo. Ao inverso, nesta estreia como realizador de George Clooney ficou provado que as suas capacidades como realizador são nulas.
Todo o filme roda à volta de Chuck Barris, um ícone da cultura pop televisiva americana dos anos 60, que foi contratado pela CIA para ser um assassíno governamental. O que poderia ter sido um biopic interessante, tornou-se, nas mãos de Clooney, uma brincadeira visual traquinas, onde parece que este se diverte a experimentar planos revivalistas ou a disparar efeitos bizarros, misturando todo o filme com um humor absurdo e perspectivas duplas completamente desnecessárias.
Irregular, excessivo e baralhado, “Confissões de Uma Mente Perigosa”, não têm ponta por onde se pegue, sendo uma obra com “mais olhos do que barriga”. E nem sequer vou referir os cameos completamente despropositados de Matt Damon e Brad Pitt, que aparecem por 2 segundos e serviram para publicitar o filme... ups acabei de o fazer. Sinceramente!
Mesmo com um actor capaz de todos os golpes energéticos como Sam Rockwell, o filme não deixa de ser uma trapalhada inconsequente, que apenas serviu para Kaufman ficar fulo e cortar relações com Clooney por este ter feito do seu argumento um desfile artistíco sem sentido. Esperem... também serviu para ver que Clooney consegue ser ainda pior a realizar do que a representar. E olhem que não era fácil.
.: 1/10 :.
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