terça-feira, agosto 09, 2005

Man On Fire (2004)



John Creasy (Denzel Washington) é um antigo agente das Forças Especiais, alcoólico e prematuramente envelhecido, desiludido com a vida e sem futuro, que vai ao México visitar um velho camarada, Rayburn (Christopher Walken). Quando uma onda de raptos alastra no país e provoca o medo nas classes mais abastadas, ele é contratado para ser o guarda-costas de uma criança de 9 anos, Pita Ramos (Dakota Fanning), filha de um industrial. Quando esta é raptada, a fúria de Creasy é sistematicamente lançada contra todos os que crê responsáveis, numa corrida infernal de vingança.

Não, não vai ser a primeira vez que o digo aqui no blog... Dakota Fanning é uma senhora actriz! Com ou sem dentes! A ver vamos se não se espalha ao comprido nos anos que se avizinham, como é tão habitual nas jovens promessas de Hollywood (Sozinho em Casa... cof cof... drogas... cof cof). Quanto a Denzel Washington, será mesmo necessário dizer mais alguma coisa? Simplesmente... arrepiante! Confirma-se então em "Man on Fire" o que já todos sabiam: Denzel é mesmo um dos melhores actores da actualidade e provavelmente o continuará a ser nos próximos anos.

Com uma boa dose de emoção e violência justificada, Tony Scott traz-nos aquele que provavelmente será o melhor filme da sua carreira, independentemente das obras que o lançaram para a ribalta e que marcaram a história do cinema, como "Top Gun", "Days of Thunder", "Enemy of State" ou o poderoso e magnífico "True Romance", que conta com argumento de Tarantino. Em "Man on Fire", Scott usa e abusa de uma estilização imaginária e de uma montagem super-rápida, que cai bastante bem em várias partes do filme, mas que retiram também, por vezes, protagonismo e qualidade ao fabuloso leque de interpretações que assinam este filme.

Apesar deste certo exagero estilístico e de efeitos de pós-produção, a história do solitário agente Creasy e da sua relação emocional com a pequena Pita agarra o mais céptico dos espectadores. Um filme sobre um problema real, que acaba por nos comover, devido à necessidade que todos nós temos de amar e ser amados. Nem a sua longa duração de duas horas e vinte minutos consegue tornar este "Man On Fire" lento ou aborrecido. Nada ficou esquecido e o seu final, a fugir às regras básicas de felicidade de Hollywood, em muito contribuem para que este seja um filme a ver e a rever nos próximos anos.

.: 9/10 :.
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