Numa frágil e inquietante Manhattan, Uma Thurman é uma produtora fotográfica recém-divorciada, nos seus quarentas, que vive numa subtileza acutilante rodeada de dinheiro, mas desgostosa com um novo amor impossível: o de um jovem rapaz pintor que acabou de sair da universidade. Esse mesmo facto a faz consultar uma terepeuta sentimental (Streep), que mal sabe Thurman é nada mais nada menos do que a sua desgostosa nova "sogra". E se esta pequena linha orientadora seria um doce nas mãos de, por exemplo, Woody Allen, para o inexperiente Ben Younger foi apenas um pretexto para trabalhar com um excepcional elenco.
Isto porque "Terapia do Amor" não passa de um filme urbano que não consegue triunfar em nenhum dos géneros que almeja ser. A mistura de relações, desafios e atribulações de três personagens com tendências cómico-dramáticas acaba por resultar numa nulidade de tendências que exaspera e enfurece. O modo como Younger se afasta tanto da gargalhada fácil, mas garantida, como da lágrima ingénua, mas merecida, acaba por deixar no espectador a revolta de algumas - ou bastantes - oportunidades perdidas. Sorte a dele de o cinéfilo se sentir premiado e recompensado pelos desempenhos notáveis de duas actrizes sensacionais, que mereciam um realizador à altura. É que se com uma família judia com amigos homossexuais, uma sogra terapeuta da sua própria nora e os nomes de Streep e Thurman no elenco Younger não chegou lá, dificilmente o fará no futuro.
5 comentários:
Não me soa nada bem este filme. Mas tem duas grandes senhoras no elenco...
Abraço
Qual o motivo do blog ser cinema NOTEBOOK? rs
* Ricardo Braga é diretor da Notetops – Importadora de Notebooks (www.notetops.com.br) -, empresa especializada em importar e comercializar notebooks, e presta consultoria para diversos usuários, auxiliando-os a encontrarem melhor custo-benefício de acordo com suas profissões.
Cataclismo, e não passa disso mesmo. Um abraço!
Anónimo, o Notebook veio do primeiro template do blogue, que era um caderno de notas. O design mudou, o nome ficou ;) Cumprimentos.
Pois, pois... eu cá acho que é daquele filme gay que tu gostas tanto... :D Um abraço!
Ricardo, és pior que o Cláudio Ramos ;) Um grande abraço!
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