Bush. George W. Bush. Quadragésimo terceiro Presidente norte-americano e uma das figuras políticas mais controversas da história da Humanidade. A sua vida privada, uma incógnita para muitos. O seu poder e influência nos destinos de um planeta, uma certeza para todos. No ano em que abandona o cargo mais importante à face da Terra, Stone, Oliver Stone, também ele um dos cineastas mais polémicos da indústria, decide orquestrar um filme biográfico sobre Bush. À primeira vista, uma homenagem ao chefe de Estado que enfrentou as consequências e os efeitos do devastador ataque terrorista de Setembro de 2001. Mas nesta equação tão banal como interessante, falta um elemento que faz toda a diferença: Stone é um reconhecido crítico de Bush – tendo mesmo afirmado já em entrevista que este se trata do “pior presidente da história dos Estados Unidos da América” - e prova disso é a sua simpatia por Fidel Castro, uma das espinhas encravadas do Presidente norte-americano, ao qual até já dedicou algumas das suas obras.
Qual será então o resultado final de W.? Um mistério tão grande como o próprio talento de Stone. O trailer e os cartazes promocionais pouco ou nada desvendam que não um tom irónico sobre alguns dos acidentes de percurso mais caricatos de George Bush. A sinopse oficial apenas sugere um período temporal largo, que abrangerá a vida política de Bush desde os seus tempos de Governador até às decisões mais críticas relacionadas com a guerra no Iraque. Venha o que vier, a verdade é que este pode ser o regresso definitivo de Stone aos dias de glória de Assassinos Natos, JFK, Platoon, Wall Street ou Nascido a 4 de Julho. Tudo porque a fita não obteve apoios financeiros de nenhum estúdio, tendo sido produzida pelo próprio realizador, o que implica à partida a ausência de edição politicamente correcta por parte de algum produtor em busca de muitos milhões e pouca controvérsia. Stone é um artista por natureza e não um documentarista. Por isso, a sua visão não tem que ser imparcial e os cinéfilos de todo o mundo agradecem.
Com Josh Brolin no papel de George Bush, Ellen Burstyn como Barbara Bush, Richard Dreyfuss a interpretar Dick Cheney e James Cromwell no lugar de George Bush pai, W. é, sem dúvida alguma, uma das propostas mais ousadas para a recta final de 2008. Quem já teve a oportunidade de ler o guião, diz que a obra fará o ainda Presidente norte-americano passar por um saloio inculto que, caso não fosse filho de quem é, estaria a viver numa caravana algures no meio do Texas. Vai uma aposta que este poderá muito bem ser o primeiro líder de bilheteira com Obama na cadeira do poder?
8 comentários:
Não é um saloio inculto knoxx. É um saloio bêbado, que descobre o Cristianismo aos 40 anos, pára com a vida boémia, foca-se e endireita a sua vida, só parando na Casa Branca. Ao que consta Stone deu um grande enfase à relação pai e filho Bush, como é seu habito (no meu tasco está um post sobre isso) e vilanizou os conselheiros do bom do George, que ao que dizem, nem sai assim tão mal no retrato.
Abraço cinéfilo
Como é que, fisicamente, pode existir alguém semelhante a Bush? lol :)
Luís, veremos. Duvido que Stone não mande as suas facadinhas a Bush, mesmo que o disfarce aqui e ali. É já esta quinta ;) Abraço Cinéfilo ;)
Oinc Oinc ;) Um abraço!
"Vai uma aposta que este poderá muito bem ser o primeiro líder de bilheteira com Obama na cadeira do poder?"
Mas... O filme já estreou... ;)
E perdeu a semana para o Max Payne! LOL
cumps knox!
Edgar, daí eu ter dito com Obama na cadeira do poder. Cheira-me que este vai-se aguentar até Novembro, e na semana das eleições, levar com uma carrada de gente nos cinemas ;)
Estou intrigado com este filme.
Por um lado acho que tem material para ser um bom filme, por outro acho que se for mal doseado pode sair para o teor.
Por um lado temos o Oliver Stone que já deu muitas provas de ser um grande realizador, por outro lado temos um Oliver Stone que já deu muitas provas de ser muito inconstante nas suas obras.
A ver vamos o balanço final deste W.
Cumps ;)
Bem, eu admnito que gostei bastante da fita. Até humaniza um pouco mais o próprio W. Muitas vezes os membros de comunicação criam retratos que não são verídicos assim como as próprias fitas. Pode.se dizer que o filme de Stone está no meio. Independentemente das questões secundárias sobre um filme bastante bom, pelo menos, quanto a mim.
Abraço
Pelo que já ouvi dizer, a Thandie Newton dá vontade de... cortar os pulsos. A ver se o vejo esta semana!
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