Adam Spiegel. Nome de nascimento de Spike Jonze, intimamente ligado a uma das famílias mais abastadas dos Estados Unidos da América. Cresceu em Washington com a sua mãe e a sua irmã – os pais divorciaram-se quando Adam era recém-nascido – e, pela altura do secundário, adoptou o nome que agora sustenta na sétima arte. Tudo para não ser reconhecido pelo seu apelido nas provas competitivas de BMX em que participava. Aos dezassete anos, e depois de terminar o secundário, mudou-se para Los Angeles, onde começou a trabalhar como editor assistente numa revista de desportos radicais. Em 1991, com vinte e um anos, fundou com alguns colegas a revista Dirt, hoje uma das publicações de maior sucesso entre o quadrante adolescente masculino norte-americano.
Sem licenciatura mas com um currículo impressionante aos vinte e dois anos, Jonze foi convidado para captar imagens de vídeo de skaters para o videoclip dos Sonic Youth “100%”. O primeiro passo para o inicio de uma paixão que pautou o seu futuro e a sua carreira profissional: o de realizador de vídeos de música. De Beastie Boys, a R.E.M, Puff Daddy, Chemical Brothers e Bjork, Spike Jonze rapidamente se tornou um dos mais conceituados realizadores do sector, arrecadando vários galardões, entre eles o de Melhor Realizador nos MTV Vídeo Music Awards, logo com o seu vídeo de estreia (Sabotage, dos Beastie Boys). Com o sucesso evidente na esfera musical, surgiram os convites para outros ramos: o da publicidade e o das curtas-metragens. Orquestrou campanhas para gigantes como a Nike, a Nissan e a Coca-Cola e ganhou alguns papéis secundários de interpretação em obras como The Game, de David Fincher, e Three Kings, onde contracenou com George Clooney, Ice Cube e Mark Wahlberg. Ao encerrar do milénio, fechou o seu primeiro contrato para realizar uma longa metragem. E que entrada de rompante viria a ser Being John Malkovich.
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