"A Blockbuster Portugal iniciou um processo de insolvência devido a quebras sucessivas na sua faturação, anunciou a Associação do Comércio Audiovisual de Portugal (ACAPOR), que responsabiliza a pirataria pelo declínio dos clubes de vídeo. A Blockbuster teve "decréscimos sucessivos na sua faturação que atingiram os 60 por cento e, só no último ano, uns impressionantes 20 por cento", salienta a ACAPOR em comunicado. Em causa, adianta a mesma associação, estão mais de cem postos de trabalho. (...) A ACAPOR atribui culpas à pirataria e acusa as autoridades de "não saberem cuidar dos investimentos dos particulares, deixando-os à mercê de roubos descarados e despudorados". "A pirataria online é crime e provoca vítimas reais", refere a associação do sector, salientando que "a inércia existente no combate ao 'download' ilegal é vergonhosa"." [F]
Comentário do leitor Bruno Galrito ao artigo:
"Além da pirataria, talvez o "Meo", a "Zon" e os dvds a 1,5€ nos hipermercados tenham uma palavra a dizer. O que é certo é que também os videoclubes não desenvolveram uma estratégia de criar valor acrescentado ao seu negócio, de forma a não perderem e a fidelizarem clientes. Nem só de blockbusters podem viver os videoclubes, também há o cinema de animação, o cinema europeu, etc. apesar de muitos videoclubes não darem por isso. Só para rematar, um bom exemplo é a industria dos videojogos, que apesar da pirataria, que também ai existe, não andam por ai aos "caidos"."
2 comentários:
É realmente uma pena esse sucedido.
E admito que fui um grande e ávido cliente (aos 3 e 4 filmes por semana) até um certo tempo e que depois tornei-me um cliente cada vez mais raro. A net e as possibilidades de obter conteúdos livremente, fizeram mudar esse hábito.
A questão é que basta olhar para os videoclubes nos Estados Unidos para ver que é preciso saber moldar os negócios às realidades de cada momento. Lá os videoclubes do estilo Telepizza (vai-se à net ver o "menú", telefona-se e o filme é entregue em poucos minutos, sendo depois recolhido numa data escolhida) continuam a vender bem e a sobreviver na área. Em Portugal, manteve-se tudo igual - salvo raras excepções - e esperou-se por milagres. Não funciona.
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