Jake Sully (Sam Worthington), um ex-marine confinado a uma cadeira de rodas, é recrutado para uma missão a Pandora, um corpo celeste rico num mineral alternativo usado na Terra como recurso energético. Devido à composição da atmosfera, foram criados “avatares” híbridos, corpos nativos habitados pela mente humana. O que se segue é puro delírio visual em 3D, infelizmente envolvido numa narrativa remendada algures entre “Danças com os Lobos” e “Pocahontas”, caindo em todos os lugares comuns possíveis de uma fita feita para massas – as humanas e as verdinhas, que tanto jeito dão à indústria.
É verdade que “Avatar” é um produto único no que toca ao seu aspecto futurista, de entretenimento vistoso, revolucionário e radical, justificando neste capítulo cada minuto dos quinze anos que demorou a ser orquestrado por James Cameron. Mas uma história tão pobre e previsível, que parece ter sido escrita em cima do joelho do mesmo Cameron, aniquila uma obra que tinha tudo para ser eterna. Assim sendo, foi apenas o primeiro fenómeno da reinvenção de uma moda, que sabe-se lá até quando durará. Falta inteligência e humor aos diálogos e, no final, fica a sensação de que em “Avatar” a tecnologia é tudo. Uma experiência obrigatória numa sala de cinema bem equipada, um filme aborrecido para ver em casa num formato tradicional. Será este o futuro ao qual a Sétima Arte está condenada, muito para ver, pouco para pensar?
2 comentários:
Como não o vi em 3D, tudo o que me ficou foi a nulidade do argumento...
2*
Grande abraço ;)
Provavelmente seria a minha nota caso tivesse também visto em casa e não no cinema em 3D.
Grande abraço!
Enviar um comentário