sexta-feira, maio 20, 2011

Take - 2 Anos de Missões Impossíveis (I/VI)

Num ano em que o futuro da Take passou de incógnita a miragem, de sonho individual a ilusão colectiva, aproveito esta altura conturbada do blogue para relembrar o trabalho fantástico que foi realizado desde a génese da revista até ao segundo aniversário da mesma, num artigo publicado na Take 22, de Março de 2010. Porque, aconteça o que acontecer de agora em diante, foi um orgulho enorme fazer parte deste projecto ambicioso e original.


Take - 2 Anos de Missões Impossíveis (I/VI)

Os assuntos tabu, os segredos, muitas curiosidades e algumas das alegrias e desilusões pelas quais esta grandiosa e esforçada equipa de jovens cinéfilos passou nestes últimos vinte e quatro meses, aqui e agora num artigo especial dedicado a todos aqueles leitores que, desde que nos descobriram, nunca mais nos abandonaram. Porque é para eles que todos os meses trabalhamos arduamente de forma totalmente espontânea, sem interesses secundários ou recompensas monetárias. O nosso motor corre a ambição e paixão pelo cinema e sabermos que somos lidos por milhares é mais do que suficiente para manter a motivação de, sem dinheiro nem tempo, cumprir cada missão impossível que é um novo número da Take.

A Génese

A Take faz anos oficialmente a 8 de Fevereiro, mas até sair o número zero nesse mesmo dia em 2008, muitas foram as peripécias que quase colocaram em causa o nascimento deste sonho. Primeiro, o dilema: como conseguir que o mercado e o mundo cinematográfico nacional levasse a sério um projecto completamente amador e sem fins lucrativos. Os primeiros contactos foram extremamente positivos, e para isso muito ajudaram as parcerias com várias distribuidoras. Depois, uma escolha a nível de conteúdos e secções tinha que ser feita: ser totalmente originais, com entrevistas e artigos exclusivos, ou aceitar conteúdos enviados pelas distribuidoras para tradução? Este último caminho permitiria a publicação de conversas com as maiores estrelas do mundo, mas sentimos que cairíamos na banalidade como tantas outras publicações nacionais e internacionais. Ainda experimentámos esse caminho logo no ínicio, com entrevistas ao elenco de Stardust e de The Happening, mas não mais tropeçámos nessa armadilha. Daí em diante, custasse o que custasse, tudo o que entrasse na Take teria que ser nosso. O lema era simples e mantém-se nos dias de hoje: mais vale uma pequena entrevista nossa com um actor desconhecido do grande público do que uma abismal mas completamente impessoal com um monstro de Hollywood. Quando tudo parecia encaminhado para um lançamento pacífico, eis que um dos membros do projecto inicial abandona a Take, alegadamente por motivos universitários. Alegadamente, porque umas semanas depois, é ele o cabeça-de-cartaz de uma publicação online... de cinema, em tudo semelhante aos moldes pensados para a Take e com muitas das ideias discutidas e potenciais futuros colaboradores nos seus quadros. Um forte e totalmente inesperado golpe nos rins, sem qualquer explicação aparente que não a busca pelo protagonismo, que obviamente abalou os antigos companheiros. Mas com o espírito de luta e persistência que sempre nos caracterizou, fizemos as alterações necessárias ao nível estrutural e programático e seguimos em frente. Dia 8 de Fevereiro de 2008, após três ou quatro meses de planeamento, eis que lançámos a edição de teste, a Take 0. O feedback inicial seria agora fundamental para a continuidade do projecto.

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