Que seja do nosso conhecimento, na televisão a Take já foi estrela na RTP, na rubrica Dicas de Internet, do jornalista Daniel Catalão; na SIC Radical, onde eu e o José Soares fomos convidados a apresentar o projecto no programa Curto Circuito; e, mais recentemente, na Benfica TV, onde a convite da Castello Lopes Multimédia eu e o Filipe Lopes participámos num debate de uma hora sobre X-Men Origens: Wolverine. Como tanto apregoamos, toda a divulgação é bem-vinda, pelo que nos agarramos sempre com unhas e dentes a qualquer oportunidade do género que surja. Na imprensa escrita, o destaque natural vai para um artigo de página completa do jornal I no passado dia 23 de Julho, com o título “Quem paga uma revista gratuita na Net?”. O impacto não foi o esperado – tanto a nível de visitas como de contactos posteriores – mas, do mal o menos, serviu certamente para dar a conhecer a revista a mais alguns cinéfilos distraídos. E, como diz o ditado, grão a grão enche a galinha o papo. Depois, umas referências aqui e ali – a mais engraçada e inesperada foi sem dúvida a da Maxmen no seu famoso quadrante de tendências –, suficientes para massajar o ego mas incapazes de nos levar para o próximo nível. As portas da nossa casa continuam abertas a mais convites e o sonho de a Take colaborar numa secção/rubrica/programa regular em qualquer formato (TV, rádio ou imprensa) que, não só nos promova mas também nos credibilize, ainda está vivo. Quem sabe, um dia.
Ele não gosta de dar nas vistas, nem que eu o refira e elogie constantemente nos meus editoriais. Mas fazer um artigo destes sem lhe dedicar um parágrafo seria um crime. José Soares é, como já disse anteriormente, director, fotógrafo, ilustrador, paginador, “passatempista”, relações públicas e tudo o mais que é preciso de vez em quando. Mentor e fundador da Take, José Soares é pedra fulcral na existência da revista e o único insubstituível nesta equipa fantástica. Muitas foram e ainda continuam a ser as madrugadas em claro e os problemas de cariz profissional e pessoal que o atormentam para conseguir, mês após mês, lançar uma nova edição desta revista. Mas, por mais que lhe custe, José não desiste. Incansável, dono e senhor de um coração gigantesco – não gosta de arranjar problemas com ninguém, por mais sapos que por vezes tenha que engolir, ao contrário deste que vos escreve que não está aqui para fazer amigos -, “Zeavy” já fez mais pela cultura e pelo cinema neste país que muitos que por aí se vangloriam de serem “especiais” neste ramo. José Soares dá cinema há dois anos e não se importa de pouco receber em troca. Tivessem todos a sua humildade e vontade, e este seria um mercado diferente. Para melhor.
Porque só mesmo uma equipa assim conseguiria assegurar todos os conteúdos necessários durante vinte e quatro meses. Os necessários – críticas, dvds, secções fixas, entre outros - e os que surgem por iniciativa própria, como os artigos criativos ou biográficos. Nem sempre tudo é perfeito e raramente se cumprem os prazos estabelecidos, é verdade. É o problema deste formato de organização virtual e de sermos uma equipa de muitos colaboradores: basta um atrasar-se e o trabalho de todos os outros fica também pendente. Pouco se pode fazer e reclamar seria mal educado; é que é bom relembrar que todos trabalham de graça, por uma causa, por uma camisola. Quem se pode queixar quando é este o espírito que paira no ar? Ninguém. É verdade que aos poucos temos tentado reduzir o número de colaboradores, formando cada vez mais uma “task force” de confiança que concentre em si grande parte do trabalho. A experiência diz-nos que isso resolverá alguns problemas de organização, se bem que temos noção que poderá também cortar as vasas à criatividade. É uma fase. Mas não deixamos de recrutar todos aqueles que se mostram disponíveis para fazer parte deste projecto e dão provas que podem ser úteis para a revista e não apenas mais um peso pesado no frágil barco. Engraçadas são as candidaturas que recebemos para estágios profissionais e/ou que referem renumerações. Escusado será dizer que são colocadas logo de parte: quem não conhece a história e o contexto deste projecto, não merece sequer ser incluído nos seus quadros. Depois há os outros, cheios de vontade em entrar, mas que quando são chateados com um pedido de dois ou três textos de teste, para avaliarmos as suas qualidades de escrita e criatividade, nunca mais respondem. É preciso ter mais que vontade, é preciso ter a noção de que, todos os meses sem excepção (a não ser por razões pessoais/profissionais ocasionais, obviamente), há que estar disponível para dar o corpo às balas e perder várias horas a escrever mesmo sobre assuntos ou filmes pelos quais podemos não ter grande interesse. Porque todos os buracos têm que ser tapados. Por isso, se querem fazer parte desta equipa, já sabem: em vez de mandarem currículos todos bonitos com experiências profissionais e académicas, enviem-nos antes artigos, críticas e trabalhos nesta área da vossa autoria. Algo que nos prove que sabem escrever sobre cinema e que são polivalentes. Se tiverem um blogue que ainda para mais prove que são escribas regulares, melhor ainda. Falo em blogue porque foi da blogosfera cinéfila que quase todos os actuais colaboradores foram recrutados de início. Blogue após blogue, vários foram os blogueiros analisados. E, pelos vistos, bem analisados, pois provaram ser pau para toda a obra, ainda hoje. Não refiro nomes, uma vez mais, para não ser injusto para os olvidados. A todos eles, os que ainda cá estão e os que já partiram, o meu muito obrigado.
1 comentário:
Enviar um comentário