Adaptação cinematográfica da biografia de Billy Beane, "Moneyball" é um drama desportivo interessante, mesmo para aqueles que, como eu, não sejam grandes fãs ou conhecedores do basebol enquanto desporto e negócio. Nomeado para seis Óscares - entre eles, o de Melhor Filme -, "Moneyball - Jogada de Risco" poderia, no entanto, ter sido muito mais cativante do que actualmente foi, já que todo o talento com que conta no elenco - de Pitt a Seymour Hoffman - não apresenta grande dinamismo ou química entre si (talvez até propositadamente, levando à risca a veracidade da história, mas perdendo claramente trunfos cinematográficos), deixando-nos um pouco indiferentes ao desenrolar da trama. A nomeação da Academia Norte-Americana para o secundário Jonah Hill não tem qualquer fundamento - e não vale a pena a justificação que o underacting é tão ou mais difícil que o overreacting - e a presença de Robin Wright durante duas ou três cenas apenas para adicionar à narrativa uma relação amorosa revela-se completamente desnecessária, sendo mesmo surpreendente como um guionista tão conceituado e experiente como Aaron Sorkin deixou-se cair nessa cilada. Demasiado longo, mesmo que solidamente bem filmado, é pena que só nos últimos minutos da fita tenha sido dada alguma importância a Billy Beane enquanto pai e homem de família, numa cena final eficaz, mas demasiado tardia. Em comparação, e dentro do género desportivo, o futebolesco britânico "The Damned United" é claramente muito mais recompensador. O home run fica para a próxima.
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