Com uma primeira metade de temporada de elevada qualidade técnica e narrativa, repleta de energia com um elenco sempre no limite das suas capacidades, oferecendo várias interpretações magistrais entre heróis e vilões, graúdos e miúdos - muita atenção à jovem Natasha Calis, tremendamente eficaz nas cenas mais emotivas -, "A Firma" acabaria no entanto por perder grande parte do seu fulgor inicial a partir do momento em que, prevendo um cancelamento que acabaria por concretizar-se devido aos maus resultados de audiência, começou a misturar possíveis caminhos narrativos previamente guardados para uma segunda ou terceira temporada, despachando de forma gratuita e de algum modo anárquica o que começou por desenvolver de maneira cuidada e inteligente. Pior do que isso, termina sem qualquer tipo de final (aberto ou fechado), deixando um caso a meio e defraudando o espectador com o total vazio que fica em relação ao destino das mais variadas personagens com quem criou laços durante 22 dos 24 episódios inicialmente previstos. A lição que fica é óbvia e não é de agora: séries da NBC cá em casa só depois da sua renovação ter sido confirmada.
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