Visualmente competente, falta no entanto a "Godzilla" uma componente humana e social credível (alguém falou em "District 9" ou "Cloverfield" ?!?) para se tornar cinematograficamente relevante e transcender a habitual narrativa simplista e unidimensional deste tipo de filmes pipoca feitos com o objectivo único de lucrar fortemente nas bilheteiras. A falta de expressividade do protagonista Aaron Taylor-Johnson ("Kick-Ass") é constantemente combatida pelo realizador Gareth Edwards ("Monsters") com a introdução de crianças em cena para tentar enganar o cinéfilo com uma profundidade emocional que não existe e Ken Watanabe passa a fita toda com a mesma manifestação facial de pânico, algo que se torna patético com o desenrolar da história. Salva-se Cranston, mesmo que acabe por ter um papel muito menos relevante na narrativa do que o trailer parecia indicar. Um "Godzilla" muito mais pequeno do que o monstro que lhe dá vida, ainda assim suficiente para garantir a já anunciada sequela milionária. Porque o cinema é, hoje, um negócio da China - ou, neste caso, do Japão.
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