A segunda temporada da série inspirada na obra literária de Caroline Kepnes mantém o ritmo, a identidade e o interesse narrativo em torno de um dos anti-heróis mais complexos da televisão actual. Perde, no entanto, atenção aos detalhes, aos passos chatos mas necessários em torno de cada crime - o que é feito ao corpo, às infinitas pistas provavelmente deixadas, de impressões digitais a cabelos, entre tantos outros - que, na
primeira temporada, tinham de algum modo credibilizado a história. Mas, pior que tudo, Joe deixa de ser um vilão por quem estranhamente torcemos, que mata simplesmente porque alguém não gosta dele, para passar a ser uma espécie de Dexter, um justiceiro de rua que só despacha quem merece. A cativante Elizabeth Lail é substituída com classe pela singular Victoria Pedretti, que depois de brilhar em "
The Haunting of Hill House" volta em grande forma ao pequeno ecrã. A terceira temporada, já confirmada pela Netflix, promete um triângulo amoroso complicado. Lá estarei.
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