Três simples regras. Custava assim tanto Billy? É a magia do cinema num filme improvável - guião do então desconhecido Chris Columbus enviado às cegas para uma mão-cheia de produtores, tendo acabado na mesa de Spielberg - que resiste ao tempo e continua tão divertido, visualmente polido e narrativamente eficaz agora como aquando da sua estreia. Spielberg e a sua Amblin deram os retoques necessários à história para triunfar - por exemplo, o fofo Gizmo era para se transformar no temível Stripes segundo as ideias de Columbus - a toda a linha, entre miúdos graúdos e graúdos miúdos, e contrataram Joe Dante - era entre ele e Tim Burton, revelou Spielberg posteriormente em entrevista -, um dos muitos filhos de Roger Corman, para procurar a fama e o sucesso num projecto arriscado e fora-da-caixa, ao bom tom de Dante, já habituado a juntar terror e comédia em fita. Um filme de Natal lançado no verão - tentativa da Warner Brothers de bater os "
Ghostbusters" da Universal -, com criaturas animatrónicas a quarenta mil dólares o boneco - era preciso criatividade e talento quando não havia CGI decente -, ainda assim muito menos do que aquilo que a bonecada de peluche acabaria por render nos anos seguintes nas lojas de brinquedos. Química quase irresistível de tão inocente entre Zach Galligan e Phoebe Cates - nenhum dos dois acabou por descolar como se esperava - e uma sequela, para muitos, superior. Lá chegaremos um dia destes.
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