segunda-feira, fevereiro 08, 2021

The Big Sleep (1946)

Howard Hawks disse uma vez em entrevista "que nem ele nem o guionista deste "À Beira do Abismo" sabiam quem matou quem, simplesmente não era esse o objectivo". O mistério é, de facto, usado como uma desculpa óbvia para os prazeres visuais e verbais que rodeiam a personagem de Bogart, sejam os diálogos ousados em torno de corridas de cavalos, o descaramento de Martha Vickers ou Dorothy Malone ou peças de um puzzle/narrativa que raramente percebemos onde encaixar. Qual paródia muito séria a um género então em voga - os filmes com detectives privados -, ninguém percebe ainda hoje porque olhou Bogart para o céu quando cruzou a estrada entre livrarias ou porque tanto charme e atrevimento na língua foram suficientes para catapultar este filme para as listas dos melhores de sempre.

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