Vamos dividir este "
The Last Circus" em quatro actos em vez dos tradicionais três. Um primeiro de introdução histórica, política e sentimental do nosso anti-herói absolutamente maravilhoso, que culmina num palhaço de machete em punho a varrer inimigos armados num cenário de guerra civil espanhola entre republicanos e nacionalistas. Um segundo em que todo um mundo "circense" é construído à sua volta, já adulto, com emoção, dor, insanidade, diversão, relações complexas entre personagens, humor negro, pancadaria e uma cena de sexo à bruta capaz de corar o arquitecto Taveira. Uma hora de alto nível a que se sucede a trapalhada que já não é novidade na filmografia Álex de la Iglesia quando parece perder a paciência e enfiar tudo o que falta fazer ao monte, qual faceta Rob Zombie que toma conta da sua costela Guillermo del Toro. Cena descuidada atrás de cena despachada, palhaço feliz e palhaço triste acabam aos poucos sem nada que os distinga num rol de acções banais que desonram a primeira metade. Ainda assim, vale bem a pena.
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