Papelão de Eve Hewson - filha de Bono dos U2 - como Adele, qual Isabella Rossellini dos nossos tempos, nesta mini-série de seis episódios que arranca como thriller psicológico e acaba, para bem ou mal dos nossos pecados, numa esfera de fantasia sobrenatural. Essa viragem radical e inesperada de tom acaba por ser o que faz o twist estrutural resultar, ainda que muitos se possam sentir enganados e defraudados por passarmos de Hitchcock para Peter Jackson sem aviso prévio. Sonhos lúcidos, interpretação constante de pistas visuais espalhadas ao longo da série, flashbacks para um hospício, cenas de sexo escaldante, enfim, todo um cocktail que acaba por convencer, nem que seja apenas nos quatro episódios iniciais em que o mistério mantém os pés bem assentes no chão.
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