"
Starship Troopers" tem tanto de clássico sci-fi quanto de guilty pleasure de culto. Não é o melhor de Verhoeven, mas é Verhoeven no seu melhor. Humor negro, crítica social ao militarismo norte-americano, ao fascismo e à sua faceta de propaganda, uma sátira tão incisiva quando divertida, uma epopeia de ficção científica com bases tão frágeis na sua estrutura que só um génio fora da caixa como o realizador holandês conseguiria transformar tudo aquilo - os monstros extraterrestres, a paixoneta adolescente, um elenco claramente limitado a nível de talento, etc. etc - numa espécie de space opera com identidade própria. Nada como um veterano de guerra sem pernas a louvar a violência e a carreira militar - tal e qual em "
Harold and Maude" - e cabeças a explodir em simples treinos na academia - o general do "
Full Metal Jacket" afinal era um menino - para animar uma noitada.
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