A premissa tinha potencial cómico - e até de crítica social e cultural em torno da globalização - mas tanto o resultado final como todo o caminho para lá chegar foi medonho. Acting, direcção de actores, história romântica, contornos políticos e empresariais, tudo de um amadorismo atroz e inesperado. Inesperado é o melhor elogio que se arranja no meio do caos incompetente que para aqui anda, porque reconhece-se o talento de muitos dos envolvidos noutras produções, tanto pré como pós aventura em Águas Altas. Uma entrevista em directo ao primeiro-ministro em véspera de eleições interrompida para dar uma notícia de última hora relacionada com um processo de uma empresa espanhola a uma terrinha do interior, diálogos e interacções que nem num palco de teatro seriam credíveis e um presidente de junta supostamente português que é claramente brasileiro. Mas que tenta passar por português e então parece um atrasito a falar. Vá-se lá perceber porquê.
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