Sejamos francos: "
La Casa de Papel" não tem culpa do hype parolo e bacoco criado à sua volta. Toda a gente viu e adorou o "fenómeno", da vizinha que acha que o "
Milagre na Cela 7" é o melhor filme de todos os tempos ao colega de trabalho que não sabe dizer o nome de um único filme do Dolph Lundgren mas que gosta muito daquele Rocky na Rússia. Cinco temporadas, ou melhor, cinco partes divididas em volumes - uma adaptação de nomenclatura que certamente derivou da confusão que se criou na transição da série da espanhola "Antena 3" para a Netflix - que resultaram numa jornada divertida, ousada e mais do que competente, com altos e baixos é certo, mas com uma identidade e iconografia muito própria - as máscaras de Salvador Dalí, as personagens com nomes de cidades, o Professor anarquista. O finale pareceu-me demasiado atabalhoado e over the top - ainda mais over the top do que os planos habituais de Berlin e do Professor, quero eu dizer - para ser minimamente credível, mas não estraga uma temporada com todo um festival pirotécnico e visual - até lança-chamas tivemos direito - cuja apoteose foi a emocionante morte de Tokyo. De resto, e para memória futura, fica a reviravolta em torno da personagem de Alicia Sierra, de vilã a heroína. Ou vice-versa, depende da perspectiva sobre quem representava o bem e o mal. Bella Ciao!
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