Rape culture, tiroteios em escolas, empoderamento feminino, desigualdades profissionais de género, ser a voz e a cara de uma revolta incómoda e polémica. Tantos assuntos importantes em tempos de #metoo numa história que merecia mais tempo para respirar - mini-série, quem sabe - ou, no mínimo, mais negrume na abordagem. A narração de Kunis quase que faz lembrar o "
American Psycho 2" mas a verdade é que a bela ucraniana que ninguém sabe que é ucraniana convence no papel de "kick-ass woman" e, mesmo não tendo ficado nada convencido com o tom meio romântico adolescente por vezes imposto, tanto o mistério como o ritmo narrativo entre flashbacks e presente funciona de modo eficaz. Bom payback final e papelão da jovem desconhecida Chiara Aurelia. Nem sei o que dizer mais que não estou habituado a elogiar um filme feito em exclusivo para a Netflix. A culpa é da Mila.
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