Fechem os olhos e imaginem uma sala de cinema cheia a trautear a Bohemian Rhapsody dos Queen na cena de abertura deste "
Quanto Mais Idiota Melhor" - um título nacional que se caracteriza a si próprio. Que sonho. Como que um sketch do SNL que ganhou vida e direito a hora e meia de palco, repleto de piadas meta, trocadilhos verbais e quartas paredes desaparecidas, tantas que a certa altura até faz frio (cansa). Um produto do seu tempo, cujo papel e importância cultural torna-se difícil de avaliar hoje em dia com uma sociedade muito menos conservadora e desinformada do que então. Nem todos os momentos de humor resultam ou sobrevivem ao tempo, mas teremos sempre Alice Cooper a dar uma aula de socialismo e a Tia Carrere - havaiana de nascimento, chinesa aqui porque, diria eu, tem pinta disso - a excitar toda uma geração com a figura musical mais sexy dos anos noventa. Ela canta, ela tem um valente decote, ela apaixona-se pelo troglodita do Mike Myers. E se ele teve hipóteses, nós também teríamos. Os finais alternativos à Scooby-Doo foram uma decisão absolutamente terrível que matou qualquer tipo de comprometimento com o filme, mas enfim, para compensar tivemos direito ao Robert Patrick a parodiar o seu T-1000. Como alguém escreveu no Letterboxd, o "
Bill & Ted" andou para que o "
Wayne's World" pudesse correr. Check.
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