Para muitos, o filme fundamental dos anos oitenta sobre a adolescência. Clássico de John Hughes que reúne os cinco arquétipos do secundário num castigo de sábado na escola: Anthony Michael Hall é o cérebro, Emilio Estevez o atleta, Ally Sheedy a gótica/excluída, Molly Ringwald a princesinha/miúda popular e Judd Nelson o patife/baldas. Todos descobrem que afinal têm muito mais em comum do que aquilo que os, efectivamente, separa. Todos são mais inteligentes que os adultos e é o universo que está contra eles e não o oposto. Quase como que um grito de revolta de uma geração contra todas as outras, "
O Clube" esgotou salas de cinema nos anos oitenta, repletas de adolescentes que finalmente se sentiam compreendidos e realizados pelo caminho trilhado por um daqueles "amigos". Talvez por o ter descoberto só agora já velho e chato, talvez porque o filme de Hughes tenha mesmo envelhecido mal nas suas pequenas desventuras, não consegui perceber o seu encanto de tantos no meio da incompetência do "vilão" estupidificado do professor ou dos inúmeros clichés estereotipados no grupo - a gótica lá se transforma em princesa, porque todos sabemos que ser diferente não presta. Sobrevive o mood ao som dos Simple Minds - don't yoouuu forget about me - e a audácia de desafiar uma época em que os filmes de adolescentes resumiam-se na sua essência a recriações mais ou menos hormonais do "
Porky's" e companhia.
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