terça-feira, maio 23, 2006

Rankings CN: Jornalistas Televisivos Portugueses

A Ética Jornalística é o conjunto de normas e procedimentos éticos que regem a actividade do jornalismo. Embora geralmente não institucionalizadas pelo Estado, estas normas são consolidadas em códigos de ética que variam de acordo com cada país. Actualmente, o jornalismo oscila entre a imagem romântica de árbitro social e porta-voz da "opinião pública" e a de empresa comercial sem escrúpulos que recorre a qualquer meio para chamar a atenção e multiplicar as suas vendas, sobretudo com a intromissão nas vidas privadas e a dimensão exagerada concedida a notícias escandalosas e policiais.

Jornalismo também pode ser definido como "a técnica de transmissão de informações a um público cujos componentes não são antecipadamente conhecidos". Este particular diferencia o Jornalismo das demais formas de comunicação. Actualmente, o termo Jornalismo faz referência a todas as formas de comunicação pública de notícias e aos devidos comentários e interpretações. O tipo de jornalismo de ética duvidosa ou contestável é chamado de imprensa marrom.

Quinto Lugar: José Rodrigues dos Santos (RTP1)
Quarto Lugar: José Alberto Carvalho (RTP1)
Terceiro Lugar: Ricardo Costa (SIC Notícias)
Segundo Lugar: Judite de Sousa (RTP1)
Primeiro Lugar: Mário Crespo (SIC Notícias)

segunda-feira, maio 22, 2006

The Last Shot (2004)

Cinema, máfia, FBI e... muita estupidez reunida em pouco mais de uma hora. Com um elenco de luxo para este tipo de comédia de produção de baixos custos, “O Último Golpe” é tudo aquilo que o espectador não pretende visionar. Ou seja, “The Last Shot” acaba onde deveria começar, tornando tudo o que foi visto numa espécie de aquecimento para o que poderia ter saído desta comédia despreocupada. E como sair do banco dos suplentes para aquecer e depois não entrar é mais frustrante que nem sequer ser convocado, que tipo de critíca posso eu aplicar a este “The Last Shot” que não uma extremamente negativa?

Divagando pelo argumento, o mesmo é facilmente reduzido a uma intriga simples: Após anos de fracassos, o argumentista Steven Schats (Broderick) conhece Joe Devine (Baldwin), um produtor que dá luz verde ao seu filme e o torna no seu realizador. Mas Devine não é quem diz que é. Ele é um agente do FBI que finge produzir o filme para derrubar a máfia. Apesar da pouco interessante premissa, com alguma inteligência aliada ao respeitável elenco, “O Último Golpe” poderia ter sido uma comédia leve diferente e aceitável. Mas não!

Num ritmo lento, mal estruturado, com momentos cómicos a puxar para o silêncio e com um extremo “under-reaction” de todo o elenco, “The Last Shot” são 93 minutos de puro tédio. Baldwin torna-se repetitivo, Broderick esta cada vez pior com o passar das primaveras, Collette, Flockhart e Liotta são matéria prima para muito mais merecedora mão-de-obra. Nesta estreia como realizador de Jeff Nathanson (argumentista de filmes como “The Terminal”, “Rush Hour 2” e “Catch Me if You Can”, e responsável pelo argumento do futuro “Indiana Jones 4”), o resultado é um autêntico desastre. Não a nível técnico, mas sim a nível do que Nathanson tão brilhantemente já tinha provado ser mestre: ao nível do argumento. Esperemos que tenha sido mesmo o “Último Golpe” de Nathanson na realização. Porte-se bem com o novo Indy e pode ser que o público o perdoe!

domingo, maio 21, 2006

Mitos (ainda...) Vivos (I)

... embora já ninguém os veja em lado nenhum!



George Wendt (Norm Peterson / Cheers)

sexta-feira, maio 19, 2006

Muita parra e pouca uva...

Depois da menos conseguida ante-estreia em Cannes, em que a reacção da generalidade das centenas de jornalistas e critícos convidados foi negativa, parece que se confirma que "The Da Vinci Code" é mesmo uma enorme desilusão, tendo em conta todo o alarido que foi feito à volta deste. Com uma média de 6.2/10 (1,176 votos) no IMDb.com e com apenas 17% no Rotten Tomatoes (39 critícas negativas em 47), resta a Ron Howard a expectativa de lucrar - e muito - com a adaptação de uma das obras literárias mais polémicas dos últimos anos, da autoria de Dan Brown.

quinta-feira, maio 18, 2006

Wedding Crashers (2005)

Cliches, cliches e mais cliches. Não bastava a presença de Owen Wilson, na única personagem que existe no seu portfolio (ou seja, a de parvalhão) e a de um realizador de currículo duvidoso, ainda tivemos que levar com o mais desinspirado dos argumentos possíveis para a levemente prometedora premissa matrimonial. Sim, a premissa divertida e a presença de Rachel McAdams ainda conseguiram criar uma leve pré-ilusão na minha retorcida mente, rapidamente desvanecida após a primeira meia-hora de fita.

O que à partida seria um semi-agradável filme de engate, rapidamente se transforma em outro básico e estúpido (mais um, minha nossa) filme de “boy-finds-girl of his life”. E a partir desse momento, a queda é monumental. Todas as piadas, momentos e gaffes são exactamente iguais às de mil e um outros filmes do género. É cliche atrás de cliche, tão batidos e rebatidos que nem beneficiam do minímo esforço do espectador para erigir o lábio superior e esboçar o minímo sorriso. O catálogo de divertimento de “Os Fura-Casamentos” é o mesmo de qualquer outra comédia com Owen Wilson ou Ben Stiller, que graças a Deus não coloca os pés neste filme, transformando o já mau em horrível.

Não é tudo mau, atenção. A química entre o elenco principal é notável, as representações passam despercebidas, sem excessos mas também sem abusos negativos, Rachel McAdams é o mais oloroso perfume no ecrã e a banda sonora recorda alguns clássicos de outros tempos, bem encaixados na acção narrativa, como foi o caso de “Don’t Cry” dos Guns & Roses. Mas será que isto é suficiente? Não, claro que não. A carga romântica imposta no filme, ainda por cima atribuída ao nada dramático Owen Wilson desloca por completo todo o efeito cómico da obra, colocando-a num patamar despropositado que não permite fugir ao típico final de qualquer outra vulgar comédia romântica.

A “Wedding Crashers” pode, então, ser facilmente exposto o problema que encrava todo o seu potencial inicial: a indefinição de criar um filme só dirigido ao público masculino, ou a ambos. A combinação de preferências pode ter agradado a alguns gregos e a alguns troianos, mas a mim, apenas alterou um rumo improvável e arriscado, num seguro e que satisfez minimamente todas as plateias. O medo de arriscar em algo ousado é notório. E como quem não arrisca não petisca...

quarta-feira, maio 17, 2006

Sondagem de Abril: Resultados

Denzel Washington é um dos mais consagrados actores do momento. De uma carreira repleta de grandes êxitos, escolhe os teus três favoritos. [72 votos no total / 24 votantes]

Man on Fire (2004) (12 votos) 17%
Philadelphia (1993) (12) 17%

Training Day (2001) (11) 15%


A votação da restante filmografia de Washington foi a seguinte:
John Q (2002) (6) 8%
Malcolm X (1992) (6) 8%
The Bone Collector (1999) (5) 7%
Remember the Titans (2000) (3) 4%
Inside Man (2006) (3) 4%
Glory (1989) (3) 4%
The Manchurian Candidate (2004) (3) 4%
The Hurricane (1999) (3) 4%
The Pelican Brief (1993) (2) 3%
Crimson Tide (1995) (2) 3%
Fallen (1998) (1) 1%

terça-feira, maio 16, 2006

Sequelas... de êxito!

Recebi esta tabela no meu e-mail e achei interessante colocá-la aqui. Pelo que analisei, são as sequelas que, de acordo com o site IMDb, mantêm ainda hoje uma pontuação superior ao seu filme de precedência. Peço desculpa pela fraca actualização do blogue, mas estou a preparar algumas surpresas bastante criativas que em breve pretendo implementar no CN. Obrigado a todos pela paciência.

Clique aqui ou na tabela para a visionar em tamanho normal.

quarta-feira, maio 10, 2006

Inside Man (2006)

Quando "Inside Man" saiu e eu vi o nome de Spike Lee associado a um filme tipicamente comercial, fiquei renitente em deslocar-me ao cinema para o visionar. Mas depois de tantos e tantos aplausos da blogosfera cinéfila, e até, da imprensa especializada, lá fiquei eu repleto de prévias e saudosas espectativas, que me levaram a ir assistir com urgência ao mais recente filme de Spike Lee, dono e senhor de uma das obras mais marcantes dos últimos anos, “25th Hour”. Como se isto não bastasse, ainda sabia que no elenco ia encontrar nada mais nada menos do que Denzel Washington e Clive Owen, dois dos meus actores de eleição. Ora bem, temos então logo à partida um realizador com provas dadas, dois excelentes protagonistas, um enredo interessante e o fantasma do filme para massas e não para a mente afastado. Mas será “Inside Man” tão bom como realmente o proclamam?

A resposta é não! É a mais pura das verdades que Spike Lee consegue juntar um argumento engenhoso, um humor subtil, óptimas representações, uma montagem eficiente e um ponto de partida sem dúvida interessante em “Infiltrado”, mas tudo isso por vezes não basta quando finda o filme e pensamos cá para nós: “Ok, isto foi inesperado q.b mas e então?”. Se estilo não falta ao novo filme de Spike Lee, também não é mentira se dissermos que o argumento poderia ter dado para muito mais. Mais quebra-cabeças, mais diálogos profundos e com classe, mais invenções de realização e por aí adiante.

Agarremos por exemplo na personagem de Jodie Foster. Será que todo o conceito e importância da mesma não poderia ter dado para mais do que 5 ou 6 minutos “on-screen”? Aliás, mesmo as personagens de Denzel e Owen são extremamente mal estudadas e aprofundadas. As suas razões e motivações são pinceladas muito levemente e toda a intriga acaba por cheirar a falsidade. Se tudo isto tivesse acontecido nas mãos de algum realizador estreante ou menos dotado, era desculpável e “Inside Man” até seria um bom exercício de estudo e de esperança futura. Agora das mãos e cabeça de Spike Lee esperamos sempre muito mais, o que torna mais fácil a critíca negativa.

Aliás, o próprio Spike Lee sabe que a principal razão do seu sucesso foi sempre ter sabido mexer, de uma forma ou de outra, com o interior dos seus “súbitos”. Fosse qual fosse o assunto, Lee tocava, inquietava e deixava o espectador a pensar quando saía da sala de cinema. E com este “Inside Man”, é mais do que óbvio que Spike Lee puramente não se preocupou com isso. Não reinventou o género para um estilo mais próprio e encontrou a mediania desnecessária conservadorista, necessária entretanto para encher, mais do que é normal, os bolsos. Será que tal como tantos outros o fizeram, Lee também rendeu-se ao “monstro” do dinheiro?

Longe de ser um mau filme, “Infiltrado” também não é um filme fora do vulgar. É um filme para massas de um realizador que por norma nos habituou a algo mais restrito e pessoal. A sua (bem como a de Denzel e Clive) energia não é suficiente para adoçar a verdadeira amargura que foi esperar tanto e ter tão pouco de Spike Lee. A todo a obra falta a subtileza de outros tempos, os momentos profundos de reflexão (Edward Norton, 25th Hour anyone?) e a paixão clara pelo assunto em causa. Esperemos então pelo próximo para descalçar esta pequena pedra do sapato.

segunda-feira, maio 08, 2006

The Constant Gardener (2005)

Numa zona remota do norte do Quénia, a brilhante e fervorosa activista Tessa Quayle é encontrada brutalmente assassinada. O seu companheiro de viagem desapareceu. Tudo indica tratar-se de um crime passional. Os membros do Alto Comissariado Britânico em Nairobi partem do princípio que o seu colega Justin Quayle, o marido de Tessa, pacato diplomata sem ambições, deixará o assunto ao cuidado deles. Não podiam estar mais enganados.

O surpreendente sucesso crítico e financeiro que o bastante sobrevalorizado - na minha opinião – “Cidade de Deus” obteve à alguns anos atrás, abriu as portas de Hollywood ao brasileiro Fernando Meirelles, e “O Fiel Jardineiro” é a primeira produção não-brasileira da sua autoria. Numa abordagem mais calma, mas mesmo assim, ainda bem característica, Meirelles triunfa logo de inicío ao apostar toda a sua faceta melancólica na paixão e no romance e não na intriga internacional, que aqui, apenas serve de base para uma história de amor. É ao colocar o argumento neste patamar, ao nível da quimera do coração e não do thriller meramente politíco, com queixinhas da globalização, que “The Constant Gardner” conquista o público. Meirelles sabe que o melhor cinema não se faz de politíca – faz-se de sentimentos.

A estrutura não-linear, em que o drama avança e recua, cruzando-se no tempo, encaixa bem na própria confusão que são as difusas paisagens quenianas. Aqueles poucos segundos em que, numa simples rotação da imagem passamos de um campo de golfe, frequentado por poderosos e abastados europeus/americanos, para um pobre e imundo pedaço de terra, totalmente preenchido por barracas sem quaisquer condições, é mesmo o melhor exemplo da mestria de Meirelles.

Se o galardão da Academia atribuído a Rachel Weisz parece ter sido algo exagerado – apesar da notável actuação da actriz –, a Ralph Fiennes não se poderia ter pedido mais. Na sua melhor prestação desde “Schindler’s List”, Fiennes consegue desta vez exprimir, sem muito esforço, todo o abatimento, melancolia e incapacidade pretendida por Meirelles, durante os mais variados momentos do filme. Só é de lamentar o realizador não ter efectuado o mesmo trabalho nas personagens mais secundárias, completamente caricaturadas, principalmente as que representavam a corrupção e a desgraça.

"The Constant Gardener" é uma epopeia constante de sentimentos, que nos transporta do além para a realidade cruel do mundo em pouco mais de duas horas. Sem qualquer tentativa de enganar o espectador em relação ao produto final da relação a dois, Meirelles mostra mesmo no início que a mesma não irá nunca acabar bem. Um acto corajoso que poderia desencorajar, à partida, o cinéfilo mais pesado. Mas não! O final de “O Fiel Jardineiro” é, muito por culpa dessa inevitabilidade, arrojado, enérgico e prestigioso. Se toda a denúncia humana acaba por parecer escassamente explorada ( a forma como as grandes empresas farmacêuticas usam o povo africano como cobaias para testar medicamentos, por vezes com consequências fatais ), o conto amoroso dificilmente poderia ter sido mais complexo e apaixonante. Em todas as variáveis desta obra, Meirelles consegue ver a beleza e a verdade na brutalidade. E a verdade aqui é tão primordial e revoltante como a dissolução de um amor perfeito.

terça-feira, maio 02, 2006

Rankings CN: Títulos Pornográficos Portugueses

Quinto Lugar - O Boby Engatatão
Quarto Lugar - Ai...Que Cão tão Matulão
Terceiro Lugar - A Princesa e a Puta
Segundo Lugar - Enterra a tua Biela no meu Cilindro
Primeiro Lugar - Tão Jovens e já Chupam no Estica

Como nunca vi nenhuma das obras supracitadas, abstenho-me de comentários. Fica apenas a nota de que a escolha é, obviamente, baseada nos títulos e não no seu conteúdo.