Um grupo de amigos e uma viagem de veleiro paradisíaca, proporcionada pela oportunidade de entregar a embarcação a um cliente de outro país. Tudo a correr às mil maravilhas, até um misterioso embate – possivelmente contra uma baleia, afirma um dos personagens – virar o veleiro do avesso e torná-lo pouco mais do que um corpo flutuante gigante, no meio do oceano. Duas hipóteses: ficar à espera da salvação, que podia muito bem não aparecer em tempo útil, ou nadar durante pouco mais de meio-dia para norte, segundo as contas do skipper, até encontrar terra segura. Decisões tomadas, um deles fica no casco, os restantes atiram-se ao mar.
“Open Water”, versão australiana chapada de baixo orçamento e guião igualmente sofrível. Subgénero histórico da Sétima Arte, os “shark-movies” parecem ter esgotado definitivamente todas as suas artimanhas, desgastando-se em reinvenções e sequelas low-cost que descredibilizam, logo à partida, qualquer tentativa. Num ambiente isolado que devia sobreviver – para não dizer viver - das personagens e da interacção entre elas, “The Reef” foca os seus trunfos no realismo dos ataques do grande tubarão branco, evitando – e bem – efeitos especiais de segunda categoria. Mas sem qualquer empatia com as personagens, o público rapidamente cansa-se de tanta água salgada e diálogos inúteis, limitando-se a esperar pelo desfecho inevitável. Supostamente baseado numa história verídica – como é bom-tom neste tipo de narrativas -, certamente que se alguma vez tal história aconteceu, o guião real foi bem mais emocionante e interessante que o fictício. Dito isto, venha o próximo “shark-movie”, que eu não desisto.
4 comentários:
E eu ainda não desisti de esperar por um shark-movie em que o tubarão empunha uma catana e tem uma máscara de hóquei, eheheh... :P
Só não percebo como é que continuais a ver disto. É que topa-se logo pela pinta eheh
E nem às raparigonas se safam não ? :)
Edgar, manda mail ao Uwe Boll... pode ser que te faça a vontade eheh!
Álvaro, pancas minhas. É o mesmo que aquelas equipas que entram em campo e já sabem que vão perder, mas continuam a acreditar num milagre. Um abraço.
Nasp, nop, not even that! Abraço ;)
Enviar um comentário