Papelão de Griffin Dunne, cinematografia ousada e excêntrica de Michael Ballhaus que brilha no escuro - todas as cenas, incluíndo as de interior, foram filmadas de noite - e realização enérgica de um génio cáustico que raramente desilude. Aventura de uma noite tão alucinante quanto absurda, humor negro fino e subtil entre boémios e aberrações, um espectáculo paranóico em que Nova Iorque ganha vida e é, ela mesmo, protagonista da crescente exasperação de um simples analista que, por uma desconhecida num
diner, saiu da sua zona de conforto. Hípercinético, como que um filme que bebeu mais café do que devia e, para ajudar à festa, ainda fumou um charro colombiano pelo meio. Quer dizer, disseram que era colombiano, não vale a pena ninguém se chatear por isso. Ah, e aquele corpinho da Linda Fiorentino?
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