O carisma e as perucas de Garner, a audácia visual e narrativa de JJ Abrams - velhos e saudosos tempos -, a frialdade de Ron Rifkin, a habilidade e a química de todo um elenco - do calculista Victor Garber ao então promissor Bradley Cooper -, numa temporada fenomenal que constrói de forma enérgica, corajosa - o assassinato de uma personagem-chave logo no episódio de estreia - e competente todo um universo de espionagem com vários arcos pessoais e profissionais que se interligam em prol de um mistério maior - Rambaldi - e de um objectivo comum aos bons da fita: o fim da SD6. Sequências de acção de alto calibre, personagens credíveis, escrita cuidada, relações sentimentais de amor, amizade e ódio com vários níveis de profundidade e complexidade, reviravoltas constantes, enfim, toda uma teia de mentiras, disfarces e traições que colocam constantemente todas as peças do tabuleiro em cheque. Tarantino como vilão num par de episódios, sonoplastia que brilha seja qual for o mood pretendido - de jazz a música techno, tudo encaixa na perfeição -, cenários diversos - discotecas, desertos, cidades europeias - como palco para coreografias destemidas de acção e o Marshall, o Q aqui do sítio que não perde uma oportunidade para fazer a nossa heroína sorrir no meio da escuridão. Disney +, aqui vou eu a correr para a segunda.
Sem comentários:
Enviar um comentário