Conversão muito mais literal de uma das histórias da Biblia - e daí muito menos intelectualmente desafiante e recompensadora - que o seu mais recente "
Mother!", "
Noah" resulta muito bem enquanto espectáculo visual, mas quase nunca como thriller ou, porque não, drama. Primeiro porque quase todo o público sabe à partida os pressupostos da história contada pelo ateísta - quem diria - Aronofsky e, segundo, porque as diferenças criativas introduzidas no guião pelo realizador para potenciar a relação e os conflitos - fé, pecados, esperança, vingança, perdão - entre as personagens acabam por não funcionar como pretendido. Fica o desastre épico de aspecto convincente e uma mão-cheia de interpretações de alto calibre - o que não deve ter sido fácil com tanto ecrã verde à volta.
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