Um filme para crianças em que as crianças chegam ao fim e não perceberam metade do que se passou - "
Mas o pai afinal está vivo? Onde é que andava o corpo dele? A cabeça percebi que estava dentro do Pikachu! O tempo andou para trás? Com que justificação?", perguntou-me um dos meus filhos no final. "
Não sei, também não percebi", respondi eu. Boa construção de universo alternativo - qual "
Blade Runner" onde pokemons e humanos vivem em harmonia -, estética cyberpunk que convence e CGI nas criaturas que acaba por fazer funcionar visualmente a transição para imagem real. Mas tudo o resto é tudo menos uma tentativa de se manter fiel ao universo Pokemon - a ausência das batalhas, dos treinadores e do valor da amizade -, com a personalidade e o humor deadpooliano do Ryan Reinolds constantemente a sobrepor-se sobre a figura quase institucional do Pikachu e uma narrativa tão complicada nas suas reviravoltas que confunde mais do que entretém - e o seu público-alvo queria era divertir-se. Próxima vez, por favor, deixem lá o peluche amarelo ficar pelo "pika pika". KISS - Keep It Simple, Stupid!
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