sábado, novembro 13, 2021

Seuwingkizeu (2018)

Bipolaridade: perturbação de humor caracterizada por alternância entre estados depressivos e estados de excitação eufórica. Ou, num putativo dicionário cinéfilo: "Swing Kids". Ora num mood quase pateta similar ao de um qualquer "Kung-Fu-Zão", ora inesperadamente cruel e sombrio qual "Lista de Schindler", eis uma forma nada convencional de juntar humor e tragédia, com uma mão-cheia de actores claramente escolhidos pelo seu talento e know-how em sapateado e não pelos seus dotes de representação, numa narrativa que mistura personagens a falar duas línguas tão diferentes (coreano e inglês), mas onde tudo é entendido independentemente do idioma usado por várias personagens sempre que assim dá jeito. Campos de concentração coreanos nos anos cinquenta, verdadeiras tocas de poliglotas comunistas e anti-comunistas. Fora de brincadeiras, a história verídica tem, obviamente, interesse e carácter histórico relevante, mas tal é o desfasamento e inconsistência entre tons que raramente nos cativa ou emociona. Nem no pós-créditos, onde em vez de usarem registos fotográficos de então, metem retratos a preto-e-branco dos bastidores das filmagens. PS: Agora que falei nisso, era mesmo engraçado haver um dicionário cinéfilo em que cada termo era associado a um filme específico.

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