E foi desta que a Netflix conseguiu destruir a "
Blockbuster" de uma vez por todas, tentando levar consigo as memórias de um tempo em que o aluguer de filmes nos seus mais variados formatos físicos era o exponente máximo de emoções e sensações para incontáveis cinéfilos. Sem coração, sem magia em torno do cheiro e do toque, do verdeiro significado do videoclube, com um elenco desastroso e uma escrita de humor que não soube aproveitar o infinito mundo de referências cinéfilas que poderia servir de base para quase tudo. Faltou a veia junkie de um qualquer Tarantino rebelde, de um verdadeiro seguidor da seita, naquela que seria uma oportunidade para honrar por uma última vez um universo que não mais voltará - como a (jovem) criadora Vanessa Ramos insiste em demonstrar no último episódio, mostrando que nem com uma explosão solar que acabe com a internet um videoclube sobrevivia. Cancelada rapidamente e com justiça, porque não há paciência para tamanha desilusão e o sentimento de que se o background tivesse sido um supermercado ou um talho, nada teria sido diferente.
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